Capítulo 11

De manhã, ambos acordaram e os idosos ofereceram comida, que eles aceitaram. Quando parou de chover, continuaram sua jornada. Embora discutissem constantemente pelo caminho, Luciel flertava com Taylor, que tentava ignorá-lo, mas isso sempre acabava de outra forma. O vilão não deveria estar atrás da protagonista, mas agora estava atrás dela, embora Taylor tentasse pensar que em breve isso tudo acabaria e Luciel cansaria de algum modo.

Três dias se passaram até eles chegarem à floresta. Taylor já estava se internando e, se as pessoas estivessem certas, sentir um arrepio ao entrar naquela floresta. Mas Taylor não iria desistir, ela tinha que conseguir aquela erva medicinal. Ela foi tirada de seus pensamentos quando sentiu alguém puxando seu braço, era Luciel.

- Você está louca? Não vê por onde está andando?

- Me solta\, idiota.

Ela tentou se afastar, mas Luciel não a soltava.

- Antes de te soltar\, olhe para o chão.

Taylor olhou para o chão e viu uma cobra bem grande, imediatamente recuou.

- Você vê? Eu salvo sua vida e só recebo insultos\, que injusto.

Luciel fez um bico, olhando para Taylor com olhos de cachorrinho.

- Obrigada\, acho\, gatinho.

Fazendo uma cara de confusão ao ouvir as palavras de Taylor, Luciel franzia a testa.

- Eu não sou um gatinho.

- Para mim\, você é um gati-nho.

Taylor sorriu zombeteira, soltando o braço do garoto e afastando-se da cobra.

- Tem certeza? Porque agora que me lembro\, quando fazíamos aquilo\, você não era um gatinho\, era...

- Cale a boca\, pervertida.

Taylor ficou vermelha. Continuaram a caminhada, Luciel não conseguia ver o rosto corado de Taylor, pois ela estava à frente.

Chegaram até uma montanha, onde teriam que subir para encontrar a planta medicinal. Luciel ajudava Taylor a subir, mas o rapaz ficou parado por um momento.

- Ah\, seu pervertido\, o que está olhando debaixo da minha roupa?

- Qual é\, eu já vi tudo\, não acho que seja um problema ver de novo.

- Você é um pervertido.

- Não\, querida\, somos pervertidos.

- Idiota.

Felizmente, ela conseguiu subir e agora era a vez de Luciel.

- Tomara que você fique aí para ser devorado pelos tigres.

Taylor colocou a língua para fora e virou-se para sair, mas ficou paralisada ao ver um grande animal à sua frente, com a boca aberta, pronto para comê-la. Era um tigre, um tigre enormemente grande.

- Isso é o que acontece por desejar mal a alguém.

Taylor engoliu em seco, olhando para o animal, mas não podia morrer ali, porque esse seria o fim de sua segunda chance, e ela não permitiria. Felizmente, ela havia trazido uma espada e agiu rapidamente, sacando-a e começando a atacar. Por mais forte que fosse, o tigre não poderia derrotá-la facilmente. Ela lançou ataque atrás de ataque contra o animal, até finalmente feri-lo. Quando achou que estava a salvo, o animal a atacou por surpresa. Taylor caiu, levantou a cabeça e viu o tigre em cima dela.

"Estou ferrada, não posso acreditar que vou morrer aqui."

Ela pensou, fechando os olhos, pois já não tinha sua espada e duvidava que um soco pudesse vencer aquela fera. Mas o tempo passou e o impacto não veio.

- Não vai abrir os olhos?

Ela abriu os olhos e viu Luciel em sua frente, e o animal caído no chão, inconsciente.

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