Capítulo 10

Dias depois, Taylor já estava se preparando para sua viagem. Sua família queria que alguns guardas a acompanhassem, especialmente seu pai, mas ela não concordou, pois na verdade não havia dito para onde iria realmente. Ela aceitou um carruagem, mas a deixaria no caminho, pois teria que caminhar pela montanha. Depois de se despedir da sua família, ela subiu na carruagem.

Chegando no local onde deveria descer, ela desceu se despedindo da carruagem, observando-a partindo. Ela virou-se para começar a caminhar quando seu corpo bateu em algo extremamente duro, fazendo-a cair de costas.

- Me permite ajudar você?

Levantando o olhar, ela pôde ver novamente Luciel em sua frente com a mão estendida. Ela não queria pegar sua mão, mas acabou cedendo, pois a queda tinha sido muito forte.

- Está me seguindo? O que faz aqui? - ela questionou.

- A mesma coisa que você.

- Mentiroso\, sei que está me seguindo.

- Se você sabe\, então por que pergunta?

- Você...

Taylor parou quando ouviram um grande estrondo e o céu começou a escurecer de repente.

- Isso é tudo que me faltava.

Ela queria caminhar para chegar a uma casa que estava próxima, mas sua perna estava torcida.

- Você está bem?

- Sim\, se não fosse por alguém\, estaria bem.

Ela começou a caminhar devagar, sentindo as gotas de chuva caindo sobre ela. Mas talvez levasse um dia para chegar onde queria. Sem aviso prévio, Luciel passou na frente dela e a carregou em suas costas.

- Me solta\, o que você está fazendo\, perseguidor?

- Tudo bem.

Ele estava prestes a soltá-la quando Taylor se agarrou a ele.

- Seu idiota\, o que ia fazer?

A garota já tinha a orelha de Luciel em sua mão, puxando-o.

- Tudo bem\, tudo bem\, não vou te soltar\, mas me solta.

- É melhor mesmo\, gatinho.

Ela soltou, se afirmando e segurando o pescoço de Luciel. Ele caminhou até chegarem em uma casa que estava próxima. Eles bateram na porta e um casal de idosos saiu. Eles explicaram sua situação e o casal permitiu que ambos ficassem para passar a noite em sua casa e amanhã continuarem a viagem. O problema era que havia apenas um quarto.

- Vocês formam um belo casal\, parabéns.

Taylor estava prestes a responder que não eram nada, quando Luciel a segurou pela cintura, sorrindo.

- Obrigado.

- Boa noite\, divirtam-se\, apenas não façam travessuras.

Sem mais, ambos os casais se retiraram, deixando Taylor envergonhada com o que foi dito. Imediatamente, ela empurrou Luciel para longe e fechou a porta.

- Você vai dormir no chão.

- O quê? Mas não há nada.

- Se aguente. Quem disse que você era um perseguidor?

Taylor deitou na cama, cobrindo todo o rosto, mas se assustou quando Luciel saltou sobre a cama e deitou ao seu lado.

- Não\, você não vai dormir comigo.

- Desculpe\, beleza\, mas esta noite vamos dormir juntos\, queira você ou não.

O rosto de Taylor ficou vermelho ao olhar Luciel com os olhos arregalados. Ela reagiu ao ouvir uma risada do rapaz.

- Não seja pervertida\, o que está pensando?

- N-nada.

Ela havia interpretado completamente errado as palavras de Luciel, tudo por culpa de sua mente pervertida.

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