Capítulo 5

**Becketing

Senhor tem de misericórdia de mim. Não permita que me casar com alguém que não amo. A única coisa que tenho, e minha pureza, e eu não quero perdê-la com alguém que nem conheço. Essa é minha última apelação. - A dor e de rasgar o peito, tenho vontade de apenas morrer.

Acho que essa é minha única solução. Morrer!

Peguei um caderno e comecei escrever tudo que passei durante todos os meus anos de vida, cada detalhe.

A noite ...

Sair pela madrugada e fui à casa de dona Iolanda, joguei o caderno dentro de seu terreno. Voltei para casa, com muito cuidado, fui até a cozinha vi uma faca de ponta fina e amolada peguei a mesma e fui até o meu quarto.

- Senhor sei que não sou digna do teu amor, menos ainda dá salvação. Sei que não há mais solução para minha dor. Espero que dona Iolanda faça o que pedir na caderno, que mostre as autoridades, e ao mundo se for preciso. O que vivi não foi vida, e sim desespero e tristeza. Bem sei que tentei ser forte e positiva, mas em meio a essa notícia não vejo mais solução. Me deixe-me partir, e essa dor suma de meu peito. Nunca me sentir tão fraca como estou agora. Agora sei o porquê dessas pessoas que tentam se matar, elas não suportam a dor, porque sabem que não vão passar. Vivo um inferno em vida. Tu sabes de tudo, e sei que não sou digna do teu amor. Perdoa-me senhor Jesus por não cumprir a sua palavra, e por mais uma vez te sacrificar. Infelizmente eu não consigo mais. Perdoa-me, fiquei comigo por esses últimos Instantes.

Olhei a faca ao meu lado e não pensei duas vezes, atingi a mesma em meu peito. Sentir uma dor muito forte. Não conseguir resistir o grito de dor, que saiu automaticamente de meus lábios. Sentir o gosto de sangue outra vez em minha boca, sentir meu corpo se desfalecer, aos poucos. A dor foi se intensificando, tudo ficou escuro... Só ouvir bem distante alguém gritar meu nome. Sei que é meu pai. Tento certeza que agora ele está feliz. E mais uma vez perdoa me senhor, e a escuridão tomou conta de mim.

Iolanda

Escutei um barulho no meu quintal, olhei pela janela para ver quem era, quando e deparo com Becketing, a moça jovem que peguei afeição. Fiquei reparando o que ela fazia, quando vejo ela jogando um caderno na minha área. Após ela sair de lá fui até minha área, e peguei o caderno.

Vi que havia várias páginas escritas, e meio molhada. Fiquei curiosa para ler o que havia ali.

Fui até minha sala, liguei o abajur pus meus óculos, e comecei a leitura.

A cada página que lia, meu coração doía, a tristeza e a do que me deu da moça amável era de me matar. Como pode ter um pai tão ruim como aquele? A moça não merece tamanha judiação.

Ouvir meu neto descendo as escadas. Ele parou em minha frente e olhou-me com olhar de preocupação.

— O que houve vó? Por que está chorando? - Se aproximou de mim e sentou-se no sofá.

— A moça a Becketing, ela se matou, ela escreveu tudo aqui no caderno e jogou na área. Eu vi filho ela jogando o caderno agora. Ela foi muito humilhada, o pai dela a espanca, e agora ele quer que ela se case com um homem rico só para se livrar dela. Praticamente quer vende-la. Ela pediu que eu o denunciasse, porque ela não tem coragem.

— Vó estou pasmado, mas será que ela se matou mesmo? Com certeza ela ainda está viva, vamos na casa dela e vamos denunciar o infeliz do pai dela. Vou ligar para a polícia agora, e vou ir na casa dela e vamos ajudá-la tirá-la de lá.

— Sim meu neto. Vamos antes que seja tarde.

Fui devagar porque já estou com a idade alterada. Com poucos minutos andando chego na casa de Becketing, vejo dois carros de emergência, é vários enfermeiros levando Becketing na maca. De longe vejo que o sangue lavou todo o seu corpo.

As lágrimas são instantâneas.

— Pobre moça, tão jovem e já está sofrendo tanto na vida. O que ela fez para merecer tanta desgraça? - Meu neto permaneceu ao meu lado a todo tempo. Vi nítido em seus olhos que ele realmente se compadeceu da pobre moça.

Isso é uma fatalidade! Tantas pessoas ruins no mundo, e pessoas boas sofrendo atoa.

— Vamos na delegacia agora vó, temos que denunciar esse monstro.

— Vamos filho. - fui andando até o carro de emergência. Olhei para os enfermeiros que ali estavam fazendo de tudo para manter a moça viva. Colocaram tubos, e soro em sua veia. Seu corpo pequeno e branco, já não era mais o mesmo, agora está coberto por sangue, e já não está mais branca e sim roxa. Em seu peito ainda está enfincado a faca, que com certeza ela a enfiou ali. Se eu tivesse ido antes, talvez poderia tela ajudado. No entanto foi tarde demais.

— O senhor, tenha de misericórdia! Ela era conhecedora dá tua palavra, permita que ela viva. De mais uma chance a ela. Prometo ajudá-la, no que for necessário, mas não deixe ela partir.

— Vó calma, vai dá tudo certo. - sentir um beijo confortante na minha testa, aliviou um pouco a dor que está em meu coração. Sinto que essa moça tem uma ligação muito forte comigo, vejo dentro de mim que preciso ajudá-la.

— Vó vamos para delegacia.

Fomos andando até em casa, Castle tirou o carro da garagem e depois fomos até a delegacia mais próxima.

Entramos lá e logo após vimos alguns policiais na frente da DP. Fomos até eles.

Relatei tudo que aconteceu, logo após o policial foi averiguar tudo o que eu disse. Dei o caderno que a moça havia jogado em meu quintal, e após isso disse que eles deveriam fazer corpo de delito nela, eles concordaram, e disse que qualquer notícia nos avisaram.

— Vó será que ela vai sobreviver? - disse Castle, com a cabeça baixa.

— Só Deus sabe filho! Gostaria tanto que vocês dois ficassem juntos. - disse para ver sua relação.

— A vó você sabe, não quero ninguém agora. E ela é especial, não quero machucá-la.

— Para de ser burro Castle, e simples, é só não machucá-la.

— Eu sou falho, a qualquer momento posso falhar.

— Deixe de desculpa!

— Vó o que eu faço então?

— Vá atrás dela, faça de tudo para conquistá-la, quando ela melhorar.

— E isso que vou fazer, claro após ela se recuperar, tenho fé que ela, vai sair bem dessa.

Castle

As palavras da minha vó ficam ecoando na minha cabeça. Será que devo ir atrás de Becketing, ou devo esquece-la e deixá-la de lado. Estou muito confuso, não estou sabendo distinguir esse sentimento. Nunca me sentir tão atraído e preocupado com alguém como estou me sentindo agora.

Mas tem outro problema, estou com outra garota e também não posso machucá-la outra vez. Vim para o Brasil, mas prometi voltar para continuar com Susan. Seria muito mal da minha parte, enganar as duas. O que eu faço? Devo desistir de Susan? Ou devo desistir de Becketing? Mas que merda! Para que fui conhecer essa menina. Vi ela apenas uma vez e já estou tão atordoado por ela, isso não é normal.

Já decide, a melhor coisa a se fazer é ficar distante de Becketing, ela é uma menina muito problemática, e não quero ficar com alguém assim. Sei parece ser egoísta e tal, mas antes de conhece-la, não tinha nenhum problema, agora tenho. Cada coisa.

Vou dormir que ganho mais.

Subi as escadas, e fui para o meu quarto, o lugar que nunca deveria ter saído esta noite. As imagens de Becketing, não sai da minha cabeça. Ver os enfermeiros tirando ela da casa dela toda ensanguentada, e com uma faca enfiada em seu peito. Ai que tristeza.

— Mais que merda! Não consigo tirar essa garota da minha cabeça. O que está acontecendo comigo. Castle seu idiota, se liga, você não tem nada a ver com a vida dela.

Calma celebro, esqueça de tudo e foque na Susan, somente nela. Susan sim, uma menina que você já conhece. Que é linda esbelta, alegre, amável, carinhosa, que nunca me trouxe problemas, essa que você deve focar.

Depois de um bom tempo pensando em Susan, o sono começou tomar posse do meu corpo.

Outro dia ...

— Castle, Castle, Castle. — sinto alguém me mexendo insistentemente. Tenho absoluta certeza que é minha amada vó.

— Que foi vó? — falei grossa mente com ela porque estou azul de sono.

— Filho, vamos na delegacia, os policiais ligaram disseram para nos falarmos com eles. E depois vamos ver Becketing. — Minha vó olhou para mim, com os olhos, marejados e com a feição preocupada.

Que bosta minha vó sabe como me convencer**.

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