Capítulo 4

**Becketing

Não houve necessidade, eu ainda não estou morta. – sorri da maneira que ela falou.

- Eu sei vó, mas é por causa que não quero que a senhora fique pegando peso. – Bonito a preocupação que ele tem com sua vó.

- Dona Iolanda já estou indo para casa, qualquer dia venho lhe visitar. Fica com Deus viu. - aproximei dela, e dei uma. Beijo em sua testa. - benção dona Iolanda.

- Está cedo menina, beba um café comigo.

- Não quero incomodar.

- Você não incomoda, jamais. - disse puxando uma cadeira para mim sentar.

- Então tá bom, irei apenas tomar um café e já vou indo. Se não meu pai irá ficar furioso, e não quero estressa-lo. - disse sentando na cadeira, e me ajeitando na mesma.

- Esse aqui é meu neto Castle, havia esquecido de apresentar. – disse dona Iolanda olhando para seu neto.

- Olá. – falei tímida.

- Olá tudo bem? - perguntou ele.

- Tudo ótimo! – evitei o máximo para não olhá-lo de frente.

- O nome dela é Becketing. - disse dona Iolanda.

- Nome diferente. - disse ele.

- Antes da minha

mãe morrer, ela pediu que meu pai colocasse esse nome, em homenagem a minha vó.

- Sinto muito! – Eu sinto muito mais ... ela faz tanta falta.

- Vamos deixar de assunto triste e vamos comer bolo com café. - disse dona Iolanda colocando o bolo, e café em cima da mesa.

Seus olhos transmite paz, a forma que ele me olha me deixa sem jeito. Que pena que ele e nem ninguém irá olhar para mim. Sou apenas uma jovem sem graça no meio de tantas jovens lindas e diferentes.

- Você tem que idade Becketing? - perguntou Castle colocando um pedaço de bolo na boca.

- 16. - disse bebendo o delicioso café de Dona Iolanda.

- Você aparenta ter mais idade, o seu comportamento e diferenciado. - Todos dizem isso. As lutas da vida nos fazem nós amadurecermos mais rápidos do que imaginamos. A vida me fez assim. - disse terminando o meu pedaço de bolo.

Castle olhou para mim seriamente. Ué será que disse algo errado? Será fui grossa, aí meu Deus!

- Tão jovem e já passou por tantas coisas. - disse ele olhando dentro dos meus olhos.

Esses olhos eu conheço, mas de onde? Eu sei que os já vi.

- Infelizmente sim! Minha vida nunca foi fácil.

- Você tem que aproveitar sua vida Beca. Você é jovem linda, o mundo está a sua espera. - disse dona Iolanda, me oferecendo um pedaço de bolo.

- Acho que nem sei como dona Iolanda, mas irei tentar. Obrigada por tudo, foi ótimo o café, agora vou ter que ir para casa. – falei levantando da cadeira, e limpando os farelos de bolo que deixei cair.

- A filha venha sempre. – falou ela gentilmente.

- Obrigada, tchau Castle prazer em conhecê-lo. - disse estendendo a mão para cumprimentá-lo. Ele com muita educação me cumprimentou e eu fui saindo.

Em passos lentos fico refletindo, tenho que mudar o rumo da minha história, estou cansada de ficar deprimida de não ter amigos. Agora vou ser diferente.

Chegando em casa vejo meu pai jogado no chão dormindo. Entrei bem devagar para não fazer barulho e fui para o meu quarto.

Ajoelhei-me e comecei a orar.

- bem sei que sou falha e não dou valor a ti meu senhor, mais peço que me dê força para mim enfrentar meu pai, e conseguir ser feliz. Abençoe meu pai, e que ele venha me amar, como eu o amo.

Outro dia ...

Levantei-me com a preguiça maior do mundo. Isso já não é novidade. Olhei-me no espelho, que cabelos mais bagunçados, que rosto mais amassado, acho que um trator passou por cima de mim e eu não percebi. Dúvida não é bom, durmo igual uma pedra.

Tomei um longo banho, desci correndo para comprar pão e preparar o café, antes que meu pai acorde. Se não provavelmente irei levar uma surra.

Voltei com os pães para casa, vejo meu pai sentado no sofá com a televisão ligada. Não acredito que ele já acordou.

- benção pai. - Fui andando para a cozinha e colocando os pães em cima da mesa.

- Porque demorou para comprar pães? - Enquanto ele fala, faço as coisas correndo para que ele não fique mais estressado.

- O padeiro estava terminando de fazer os pães, papai. Vim o mais rápido que pude. - disse com meus olhos marejados.

- S.r. Wilson, fez-me uma proposta.

Quem é S.r. Wilson? E o que eu tenho a ver com ele, fiquei confusa agora.

- Sim, papai qual? - perguntei com medo da resposta.

- Ele quer se casar com você. Ele é um homem bilionário, e eu tenho certeza que ele vai te fazer feliz. E isso seria um alívio para mim, livra-me de você. E ainda ficar podre de rico. - A risada empolgante do meu pai, parte o meu coração. Nunca o vi tão feliz! Mas ele só está feliz porque quer se livrar de mim.

Me casar por dinheiro? Essa era o que me faltava.

- Ele vai preparar o casamento ainda esse mês. Você tem que ver a mansão que ele mora. Ele é um homem bom, disse que vai te dar tudo que você queira. Viu como eu sou um pai bom. – sua expressão e de felicidade, como ele pode ser feliz com a desgraçada de sua própria filha?

- Você quer me vender? Sei que o senhor não gosta de mim, mas pai não faça isso comigo. Me espanque me mate se for possível, mas não faça me casar com alguém que não amo, e que não seja evangélico. – disse colocando os pães sobre a mesa.

- Cale a boca! Você vai se casar e pronto. Aí de você se reclamar mais. – Á ferida outra vez foi aberta e sangra como nunca, preferia ficar de coma, morrer do que vender por dinheiro, isso é sujo, nenhuma jovem gostaria de estar com alguém que não ama.

As lágrimas não foi o suficiente para lavar a dor que está no meu coração. O que vai ser de mim agora? Meu Deus será que eu nunca vou ser feliz.

Sair correndo para meu quarto em prantos. Ajoelhei-me de frente a minha cama, levantei minha cabeça para o teto**.

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Comments

Andreia Gregorio

Andreia Gregorio

Tadinha...e esse pai miseravel!😡🤬😡🤬😔

2024-01-10

0

User59630002

User59630002

Da um aperto no coração 😞 coitada da Becketing!

2022-05-19

0

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