Caminhos se cruzam

**Visão número dois**

— Essa noite foi incrível.

— Não dei permissão para falar.

— ...

— Pode se retirar do meu quarto.

— Sim, senhor.

Essas mulheres acham que quero algo sério, mas nenhuma delas realmente me interessa de verdade. Quero uma mulher diferente, uma que não seja igual a essas putas. _penso._

Enquanto eu refletia, tomei uma ducha para começar o dia. Como herdei a máfia do meu pai, tenho que começar cedo.

Após o banho, coloquei um terno preto. Completei o visual com uma gravata vinho e um sapato social preto de sola vermelha. Depois de me arrumar, fui tomar café. Minhas empregadas fazem exatamente o que gosto todas as manhãs: café expresso com pão de queijo. Sim, é um café simples, mas muito saboroso.

Depois de comer, peguei meu carro — um Bugatti La Voiture Noire — e fui para o escritório.

— Bom dia, senhor.

— Bom dia.

— Vamos? Já estão todos te aguardando.

— Ótimo, odeio atrasos.

Caminhei em direção à sala de reuniões e, ao me aproximar, escutei gritos:

— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FEZ ISSO!

— EU FIZ PORQUE FOI PRECISO!

— SEM A PERMISSÃO DO CHEFE?

— EU NÃO TÔ NEM AÍ PARA ELE!

— VOCÊ TÁ ENTENDENDO QUE ESTAMOS FUDIDOS?

— FODA-SE, EU NÃO ME IMPORTO COM ESSE CARALHO!

Imediatamente, abri a porta e entrei na sala.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

— CHEFE!

— SENHOR!

— ANDA, ME EXPLIQUEM!

— Senhor, esse imbecil matou um segurança da máfia rival e agora querem falar com o senhor.

— SENHOR, EU POSSO EXPLICAR!

— CALA A BOCA!

Chamei dois seguranças e mandei que levassem o idiota para uma das salas secretas.

— Pronto, a primeira parte já foi resolvida.

— Senhor, perdoe-me. Se eu soubesse, teria impedido.

— Quieto. Explique o que aconteceu durante a reunião.

— Sim, senhor.

Tivemos a reunião e ele me explicou por que aquele imbecil agiu daquele jeito. Falamos sobre dinheiro, empresas e tudo o que envolvia minha máfia. Quando todos os funcionários saíram, exceto Charles — meu assistente e uma das poucas pessoas em quem confio —, abordamos um assunto que me incomoda.

— Senhor, agora que falamos dos assuntos principais e todos já se foram, me diga: o senhor já encontrou sua noiva?

— Ainda não, Charles.

— O senhor precisa encontrar alguém.

— Eu sei, mas não quero qualquer uma.

— Entendo, senhor, mas espero que encontre logo.

— Eu também.

Depois que terminamos os últimos assuntos, fui para a sala onde meus seguranças tinham deixado o homem.

— Senhor!

— Oi, Patrick.

— Senhor, por favor, me perdoa!

— CALA A BOCA.

— VOCÊ ESTÁ SATISFEITO? AGORA TENHO QUE IR ATÉ A MÁFIA RIVAL RESOLVER O PROBLEMA QUE VOCÊ CRIOU.

— FOI PRECISO!

— EU NÃO DEIXEI VOCÊ FALAR! NÃO SE ARREPENDE?

— NÃO. Eu não me arrependo de porra nenhuma.

— PUTA QUE PARIU! VOCÊ SÓ FAZ E DIZ MERDA!

— SE PENSA ASSIM, ME MATA LOGO.

— É isso que você quer? Ok, então. _Puxei minha arma._ Vou fazer como deseja.

— NÃO! ESP...

Antes que ele pudesse terminar, atirei em seu peito.

— Seguranças, deem um jeito no corpo.

Saí dali e fui jantar no meu restaurante cinco estrelas favorito. Como sempre, uma mulher se aproximou.

— Oi, senhor. No que posso ajudar?

— Boa noite. Quero lagosta grelhada e vinho branco Moscato Giallo Santa Augusta.

— Só isso, senhor...?

— Sim, isso é tudo por enquanto.

— Ah, mas e se...

— Não, não quero você.

— O senhor não pode falar assim!

— Fique quieta. Você é apenas uma atendente. Sirva logo o que pedi.

— Ok.

Ela saiu furiosa.

Depois de quarenta minutos, minha comida chegou. Após comer, decidi caminhar para colocar a cabeça no lugar.

— Senhor?

— Sim, Charles.

— Deseja que um carro o acompanhe?

— Sim, por favor.

— Sim, senhor.

Enquanto caminhava, passei por um hotel e vi uma mulher sentada na calçada. Fiquei encantado com ela. Ela era morena, com cabelos cacheados e olhos cor de avelã. Sua cintura era fina, e suas coxas e quadris pareciam grandes e largos. Devia ter cerca de 1,60 m de altura.

Percebi que ela não estava bem. Quando me aproximei, ela desmaiou, e eu a segurei.

— A senhora está bem?

Quase desmaiada, ela respondeu:

— Não... meu marido...

— Seu marido? O que ele fez com você?

— Ele... ele me bateu.

— Pode me dizer seu nome?

— Elisa...

Ela não conseguiu dizer mais nada e apagou em meus braços. Chamei meus seguranças e a levei até o carro. Coloquei-a no banco e seguimos para minha casa.

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Comments

Marcia Rosanova

Marcia Rosanova

2:45...sábado ultimo do mês de junho!!!!2% de bateria...já já vai desligar....

2023-07-01

9

Silvana Luiza Dos Santos

Silvana Luiza Dos Santos

oiê autora começando agora a lê é já tô amando a sua história

2023-05-29

1

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