Capítulo 2

Um novo começo

Após cruzar o portal, cheguei a um lugar desconhecido para mim, parece que já é noite.

Há muito barulho, acho que esta é a terra dos humanos. Percorri o lugar com a minha vista e só vejo floresta, portanto, decido avançar, e ao cabo de um momento cheguei a um lugar que parece uma rua.

"Senhorita, o que faz sozinha a esta hora aqui, perdida?". Pergunta-me alguém com uma voz amável, por ver que eu andava dando volta por todo o lado.

Virei para ver de quem se trata, e vejo uma terna avozinha.

"Bem, é que... digamos que estou um pouco perdida" digo com vergonha.

"Oh, já vejo, vê-se que não és daqui, e pelo teu cheiro sei que não és humana", diz a amável senhora.

"Eh... eu... bem, a coisa é..." tentei dizer e a senhora não me deixou terminar o que ia dizer.

"Filha, posso ser velha, mas não cega, além disso, sou uma velha bruxa e posso ver que estás fraca e precisas de curar muitas feridas", diz ela e tal coisa me pega de surpresa.

"Não, senhora, é melhor que eu vá..." disse e sinto como o meu corpo se contrai pelas feridas que ainda não saram de todo, e o meu corpo cai no chão frio, e pouco a pouco a escuridão me envolve.

**

Não sei quanto tempo tenho desmaiada que sinto o meu corpo dormente, e ao abrir os olhos vejo a mesma senhora.

"Moça, está acordada..." Essas foram as palavras que me terminaram de despertar.

"Senhora, onde estou?" pergunto.

"Estás na minha casa."

"Quando cheguei aqui?"

"Já levas uma semana inconsciente e eu tenho estado a cuidar de ti, não faças tantas perguntas, pareces detetive."

O que ouço me deixa surpreendida, como posso dormir por tanto tempo, digo eu só me deixei levar pela escuridão e pensei que só duraria horas assim, mas bom, já passou, já valeu.

"Senhora, devo ir e seguir o meu caminho."

"Menina, não te estou pedindo que te vás, mais bem, aqui só vivo eu e como vês, estou mais sozinha que um gato abandonado, não gostarias de viver em casa desta pobre velhinha e fazer-lhe companhia?" diz a senhora com o rosto triste.

Eu de verdade que não sei como enfrentar a isto, quem vai rejeitar uma pessoa que te cuidou sem dar nada em troca? acho que ninguém.

"Está bem, senhora, mas só por um tempo."

"Bom, sei que estou velha, mas o meu nome é Carmen, um gosto em conhecer-te."

"O meu nome é Jazmín Salvatierra, um gosto, senhora."

"Menina, podes me chamar avó assim é mais cómodo para as duas, que dizes?" diz ela com um sorriso.

"Bem avó, tenho fome, pode me dar algo para comer?" Digo envergonhada, pois não vá ela pensar que me estou aproveitando da sua amabilidade.

"Claro, filha, posso te dar toda a comida que quiser", responde com alegria.

Carmen sai da habitação e ao pouco rato chega com uma bandeja cheia de pratos deliciosos, entre eles um prato de morangos recém cortados, sei pelo color.

Eu tomo a bandeja e ela me ajuda a levantar da cama e sentar numa cadeira com uma pequena mesa, e sem mais começo a comer como se nunca tivesse comido.

"Avó, está muito rica a comida." Digo tomando mais confiança, pois esta senhora nota-se que é uma boa pessoa, e como não tenho família, lhe chamarei avó, e assim sei que tenho alguém importante para mim.

"Obrigada, filha, depois de comer descansa, para que te recuperes mais rápido, que te tenho que falar sobre algumas coisas aqui contigo", diz Carmen.

Carmen deixa Jazmín na habitação e segue fazendo os labores da casa.

Ao dia seguinte Jazmín se despertou com um rico aroma que provem da cozinha, e decide levantar-se e ver o que faz Carmen.

"Bom dia, avó."

"Filha, já estás levantada?"

"Sim, te ajudo em algo?"

"Não, já terminei, melhor senta-te que já vamos tomar o pequeno-almoço", diz Carmen, e lhe passa um prato com panquecas recém feitos com marmelada de ananás.

"Avó, estas são as melhores panquecas que provei na minha vida", diz ela logo da primeira mordida.

"Alegro-me que gostes, filha."

O pequeno-almoço foi muito alegre, pois Carmen para ser da sua idade é alguém muito simpática e cheia de energia.

"Bom avó, o que é isso que me queres dizer?"

"Primeiro que quero que saibas, que aqui no mundo dos humanos, tens que ocultar quem és, se não queres que venham os cientistas loucos e façam experimentos contigo", diz ela e isso faz que sinta medo.

"Está bem, avó."

"Bom e a outra é que tens que aprender a viver como uma humana normal, sem usar magia bom às vezes usarla, só se a situação o amerita, eu te ensinarei, como ocultar o teu cheiro e como usar os teus poderes de bruxa branca, e te treinarei para ser mais forte", diz Carmen como se estivesse falando do clima e à jovem não lhe restou outra que aceitar tudo, pois ela nestes momentos é débil, e precisa ser forte, para que ninguém lhe faça dano.

"Sim avó, quando quiseres começamos com o treino."

"Bom vamos nos trocar então hoje mesmo começamos", diz isto ambas se vão trocar.

Jazmín não sabe, como na habitação onde ela estava, há roupa do seu tamanho e muitas coisas que não tinha prestado atenção.

**

O tempo passou voando e Jazmín tens já um mês treinando dia e noite, e ao parecer as suas habilidades como loba e bruxa branca eram muito surpreendentes, tanto assim que conseguiu ocultar o seu cheiro como loba e aprendeu a usar magia de cura de feridas, mas claro que isso é só o começo de uma grande aventura.

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Comments

Letícia Lindolfo

Letícia Lindolfo

está interessante.

2025-07-03

0

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