Capítulo 4

A tensão na sala de reuniões da empresa era quese palpável, por alguns instantes ninguém ousou dizer absolutamente nada, Paloma olhou para o avô notando que ele estava vermelho e parecia estar prestes a explodir.

---- Isso eu não vou permitir de jeito nenhum! Ele gritou batendo na mesa. ---- Há 32 anos eu fundei essa empresa com minhas próprias mãos, deu meu sangue, suor e lágrimas por ela e não vou permitir que a tirem de mim! Ele gritou irritado e Dean sorriu cínico.

---- Fundou sozinho, é claro! Ironizou se levantando da cadeira. ---- Na verdade não dou a mínima importância para o que você acha, permite ou não permite, a única coisa que me importa é que de agora em diante eu sou o novo dono desta empresa e ao contrário de você não usei métodos duvidosos para assumir o controle dela! Paloma prendeu a respiração sabia que seu avô não iria suportar a afronta.

---- O que está insinuando? Perguntou irritado e Dean sorriu cínico.

---- Não estou insinuando, estou afirmando afinal essa empresa foi funda por você e por seu sócio, sócio esse que foi enganado e traído, ou será que já se esqueceu do seu ex melhor amigo e ex sócio Pedro Sanchez? Perguntou sorrindo satisfeito ao ver todo o sangue fugir da face do homem. ---- Qual o problema don Eduardo? Por acaso está com medo? pois se não está sugiro que fiquei por de agora em diante eu vou assumir o lugar que é de direito do meu pai! Eduardo engoliu em seco sentindo todo o ar lhe fugir dos pulmões e o coração palpitar.

---- Vovô o senhor está bem? Paloma se levantou da cadeira ao perceber que o avô não estava bem. ---- Vovô o que o senhor tem? vovô? Ela perguntava em pânico ao ver o avô o pálido, suando frio, com os olhos arregalados e tentando afrouxar a gravata. ---- Alguém chama uma ambulância! Gritou ajudando o avô a se livrar da gravata e abriu alguns botões da camisa. ---- Vovô! Ela gritou em despero quando o avô perdeu a consciência.

Vinte minutos depois ela estava deixando a sala de reuniões junto com a equipe de paramédicos que carregavam seu avô em uma maca, sem se afastar do avô um minuto siquer ela pegou o elevador junto com os paramédicos, saiu do levador cruzando o hall de entrada e foi junto com o avô na ambulância em direção ao Hospital Gregorio Marañón, durante todo o trajeto ela continuou segurando a mão do avô e orando baixinho.

Assim que a ambulância parou na entrada do hospital os paramédicos tiraram a maca passando a correr para o interior do hospital com Paloma os acompanhando até o momento em que foi barrada por uma enfermeira.

---- Sinto muito senhorita, mas terá que esperar aqui! Falou antes de fechar as portas.

Paloma se sentou em uma das cadeiras do corredor colocando as mãos na cabeça chorando, sua vida estava indo ladeira abaixo em um trem desgovernado e não tinha como recuperar o controle disso, seu avô e seu tio eram suas únicas fontes de apoio e agora um estava desaparecido e o outro deitado em uma cama de hospital.

---- A senhorita é parente de Eduardo Castilho? Perguntou uma médica acompanhada de uma enfermeira que tinha uma prancheta em mãos.

---- Sou neta dele, como está o meu avô? Perguntou aflita.

---- Por favor leia esses documentos e assine, são os termos de autorização para a cirurgia cardíaca, vamos presicar colocar uma ponte de safena, para isso precisamos da autorização de um familiar! Explicou e a enfermeira estendeu a prancheta e Paloma assinou os documentos sem pensar duas vezes ou seiquer examina-los.

---- Por favor doutora, salva o meu avô! Pediu aflita.

---- Faremos o possível senhorita, fique tranquila! Pediu a médica. ---- Vamos! As duas voltaram pela mesma porta que saíram.

---- Prima! Alguma notícia? Paloma foi abraçada pela mulher de estátura alta, de pele morena , longos cabelos castanhos, de nariz pontudo, sobrancelhas grossas bem desenhadas, lábios cheios e olhos castanhos.

---- Ele infartou Denise, vão ter que colocar uma ponte de safena! Explicou se desvencilhando do abraço enquanto limpava as lagrimas.

----- Vai dar tudo certo, o vovô não é fácil de se derrubar você vai ver! Ela alisou o rosto de Paloma.

Denise era um ano mais nova que Paloma era filha de Martín e não tinha nada em comum com o pai, aos 25 anos, era casada e não queria ter nada haver com os negócios da família, assim como Paloma a mãe de Denise também era negra, porém Denise era o que se chama de negra de pele clara, porém para Paloma isso não fazia a menor diferença, ao contrário fazia ela não se sentir a única estranha da família, Denise tinha uma irmã mais velha Fernanda, porém ela e Paloma nunca se deram muito bem, principalmente porque Paloma era a menina dos olhos do tio e do avô.

Fernanda era a neta mais velha da família Castilho e era uma versão feminina do pai, ambsiosa, orgulhosa, arrogante, queria sempre ser o centro das atenções porém acabava se demostarndo uma pessoa tão inútil quanto o pai a beleza física era o seu único atributo.

---- O que você fez com o meu avô sua sonsa? Ela tentou avançar em direção a Paloma mais foi impedida pela irmã.

---- Fernanda pelo amor de Deus isso é um hospital, se controla! Denise a reeprendeu. --- Meu Deus eu não entendo como é possível que na sua idade ainda continue agindo como uma criança! Fernanda cruzou os braços e mais uma vez Paloma lamentou, Fernanda era uma mulher tão bonita mas sem o mínimo de noção e senso do ridículo. A única coisa em que as irmãs tinha em comum era a cor da pele, olhos e cabelo além disso éramos diferentes em tudo.

---- A Madre Teresa de Calcutá já vai defender a órfazinha! Debochou fazendo bico.

---- Já chega Fernanda, será possível que você é tão demente que ainda não entendeu a seriedade da situação, o nosso avô neste momento está em uma mesa de cirurgia tendo seu peito aberto enquanto você sua sem noção, egoísta está aqui fazendo pouco caso de tudo isso, então ou você fica quieta ou eu juro que vou esquecer que estamos em um hospital e vou te enfiar a mão e arrancar essa expressão da tua cara! Paloma ameaçou entre dentes.

---- Uau mulher selvagem, gosto disso! Debochou Dean comentou com uma expressão cinica no rosto.

---- O que faz aqui, não acha que já fez estrago o suficiente? Perguntou e ele sorriu.

---- Não, muito pelo contrário minha doce Paloma, estou apenas começando! Ela se irritou com a forma como ele a chamou.

---- Sua uma ova, é melhor sair daqui antes que eu chame a segurança! Ameaçou irritada.

---- O que é isso Paloma, isso é jeito de tratar um convidado? Fernanda se adiantou em defender o homem.

Ela sorriu sedutora e segurou o braço do homem, se insinuando sem a menor vergonha, surpreendendo a irmã e fazendo a prima se irrtar.

---- Eu não sou obrigada a ficar aqui vendo isso! Paloma fez menção de sair do local, porém Dean se soltou de Fernanda e a segurou pelo braço.

---- Você e eu temos muito o que conversar! O olhar dele foi tão intenso que Paloma se sentiu bastante incomodada.

De repente o celular dela tocou dentro da bolsa chamando sua atenção, ela se desvencilhou do aparto dele e saiu pelo corredor enquanto abria a bolsa em busca do celular.

*Paloma Castilho, quem fala?

Senhorita Castilho aqui é Jorge Galhardo!

Oh, investigador Galhardo posso ajudar alguma coisa?

Na verdade sim, gostaria que vinhesse até a delegacia prestar depoimento!

Agora?

Era o mais indicado!

Olha investigador Galhardo sei que está fazendo o seu trabalho, mas minha condição familiar não é muito boa no momento, meu avô está passando por uma cirurgia cardíaca e eu não estou em condições de ajudar em nada no momento, será que poderíamos deixar o meu depoimento para o outro dia?

Claro, não se preocupe, espero que o seu avô melhore logo!

Gracias*!

Ela respirou fundo após encerrar a chamada, continuando sua caminhada até um local mais afastado das alas dos pacientes e consultórios, era como um pequeno jardim de inverno, havia uma pequena fonte, com o chão de pedras, bancos de cimento e vários canteiros como tipos de flores variados, havia também uma treliça de madeira com videiras jade entrelaçadas sobre ele, sem dúvida aquele lugar foi pensando para animar os pacientes que estava em tratamento.

Paloma se sentou no banco tirando os saltos e colocando os pés sobre o banco abraçando os próprios joelhos, como uma criança com medo do escuro, estava tratando de ser forte, mas parecia que a vida não tinha intenção alguma de colaborar com ela.

---- Ti extraño mucho mamá! As lágrimas começaram a cair sem nenhuma permissão, enquanto ela tentava em vão para-las.

Não longe dali Dean Mitchell observava a cena sentindo um incômodo no peito. Se lembrava de Paloma quando era mais novo, ela era uma criança tímida, quieta, frágil, uma criança que tinha acabado de perder os pais e foi obrigada a se mudar para outra cidade, outro país, outro continente, para conviver com uma família que até então não conhecia, teve que se adaptar a um novo país, novo clima, uma nova lingua, uma nova cultura.

Admirara a força e determinação daquele pequeno ser humano, porém o avô dela era cruel, destruiu tudo o que mais amava e teria que pagar por isso da forma mais dolorosa possível, investigou todo o passado de Eduardo Castilho, em busca de algo que lhe service de ferramenta para sua vingança e descobriu as duas coisas mais valiosas para ele; O dinheiro e sua querida neta Paloma, seu alvo principal.

Já haviam se passado mais de cinco horas e Paloma ainda não tinha notícias de seu avô que ainda estava em cirurgia, sabia que o procedimento era delicado, porém nunca imaginou que fosse demorar tanto, pelos menos a falta de notícias significava que nada de ruim havia acontecido.

De repente a porta do centro cirúrgico se abriu e a médica que realizava a cirurgia de seu avô, saiu tirando a máscara do rosto e a touca que cobrira os cabelos e Paloma se levantou, assim como as primas e a amiga.

---- Como está meu avô doutora? A aflição dela era quase palpável.

---- A cirugia foi um sucesso porém, as próximas 48 horas serão crucial para a recuperação do paciente, durante esse tempo ele vai ficar em isolamento, por isso não será necessário que fiquem aqui, sugiro que vão para casa e descansem! Orientou a médica e Paloma fez uma breve oração para agradecer pela vida do avô.

Obedecendo as orientações da medica as mulheres saíram do hospital e por mais que Denise insistisse em levar Paloma para casa ela se recusou achando que havia dividido o mesmo espaço com a prima Fernanda, por tempo demais.

Denise Castilho

Fernanda Castilho

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