Capítulo 3

Paloma ainda permanecia de cabeça baixa com as mãos dentro dos cabelos negros, não entendia como era possível o controle da empresa havia escapado por entre seus dedos e ela não soube de nada, não pode fazer absolutamente nada.

---- Paloma!? Ela olhou para Elenita que estava parada de frente para a mesa que tinha um olhar de pena no rosto. ---- Trouxe um cházinho para você se alcalmar! Falou empurrando a xícara para a frente dela.

---- Não me olha assim Elenita, sabe que o que eu mais detesto são esses olhares de pena! se levantou pondo as mão na cintura. ---- Eu não entendo, como algo assim pode ter acontecido bem diante dos meus olhos e eu não vi absolutamente nada! Ela soltou um suspiro.

---- Acha que isso pôde ter alguma coisa haver com o desfalque e o desaparecimento do seu tio Henrique? Perguntou sentindo lástima pela amiga.

---- Eu não sei, na verdade eu não sei de mais nada, nem sei se ainda acredito que meu tio é inocente! Falou chorosa e a secretária e amiga deu a volta na mesa e a abraçou.

---- Calma amiga, não fica assim vai ficar tudo bem, não se preocupa! Paloma encostou a cabeça no peito da amiga e se deixou abraçar por ela.

O bairro de Salamanca ficava vizinho ao centro de Madri, com suas grandes avenidas do século 19, repletas de restaurantes finos e lojas de grifes, especialmente na "Milha Dourada". Os moradores mais sofisticados frequentam o Platea Madrid, um requintado mercado de comida gourmet instalado em um antigo teatro. Há obras de arte e relíquias da pré-história da Península Ibérica no Museu Arqueológico Nacional, e o Museu Lázaro Galdiano abriga obras de Goya e Bosch. E para Paloma que era adepta a hábitos noturnos da aristocracia como frequentar restaurantes caros, ir ao teatro, entre outras atitudes que o bairro oferecia, era mais do que perfeito.

----- Bem vinda de volta menina, preparo seu jantar? A babá lhe perguntou assim que ela abriu a porta do apartamento tirando os saltos e colocando a bolsa e as chaves sobre a mesa olhou para a babá de forma desanimada.

---- Não naná, estou sem fome, mais tarde seu eu quiser preparo alguma coisa gracias! Hiolanda era sua babá desde que foi morar com o tio, ela praticamente a criou por isso Paloma a considerava como uma segunda mãe e quando descidiu sair da casa do tio a babá foi a primeira que descidiu levar consigo.

O apartamento era amplo, confortável, sua decoração era neutra, no chão o porcelanato creme, nas paredes tons de areia e cinza, havia poucos móveis apenas o suficiente, um sofá de veludo marrom, três poltronas em veludo branco, uma mesa de centro de madeira, sobre o grande tapete da sala, um painel espelhado ao fundo, um conjunto de cinco lustres, ao lado a sala de jantar que consistia apenas na mesma, a cozinha no andar de cima os quartos, o dela era o principal e havia mais dois em que ficavam os empregados.

Ao chegar no quarto Paloma simplesmente se jogou na cama, não estava conseguindo entender como sua vida havia dado um giro de 360° graus de uma hora para outra, tudo havia começado há cerca de uma semana quando seu tio desapareceu, ele não atendia o celular, não respondia as mensagens, não havia levado seus documentos porém no dia em que desapareceu havia quatro passagens para quatro países diferentes e ninguém sabia se ele havia embarcado em um daqueles vôos realmente.

Logo em seguida veio a notícia do desfalque que estava deixando tudos os acionistas da empresa agitados e aflitos e agora isso, esse sujeito que havia chagado do nada e agora já era dono de mais da metade da empresa que havia sido fundada por seu avô.

Paloma acabou dormindo alí mesmo sem siquer perceber, acordando só na manhã seguinte. ela ficou completamente chocada ao perceber que havia adormecendo sem tomar banho, escovar os dentes e sem jantar, por isso levantou-se da cama de imediato se dirigindo ao banheiro, colocou a banheira para encher se dirigindo ao closet afim de escolher sua roupa. Opitou por uma calça de alfaiataria de seda preta de cintura alta e uma blusa de musseline branca com forração em seda, babados nas mangas e gloa alta.

Voltando para o banheiro tirou a roupa, prendeu os cabelos em um coque e entrou na banheira relaxando quando sua pele entrou em contato com a água quente, fechando os olhos seus pensamentos vagaram até o homem que desde a manhã do dia anterior estava lhe causando bastante estresse, antes Dean se chamava, Damian não tinha muitas lembranças sobre ele pois a última vez que o viu tinha dez ou onze anos, apenas sabia que era um rapaz tímido, inteligente, reservado e bastante estudioso, o pai dele e seu avô eram muito amigos, estavam sempre juntos porém um dia a família desapareceu e nunca soube o porque.

Voltando ao presente Paloma se ergeu pegando a toalha se enrrolou na mesma, parou de frente para a pia e escovou os dentes, então voltou para o quarto vestiu a roupa, caminhou até a penteadeira sentando-se se no acento de frente para a mesma calçou os scarpins pertos, se virando de frente para o espelho, passou o corretivo e a base no rosto, apenas para esconder as manchinhas que o excesso de melanina criara depois das espinhas e pequenos machucados.

Passou um delineador e o rímel, um pouco de blash bronze e um batom rosado nos lábios, dividiu o cabelo ao meio fazendo um rabo de cavalo, colocou um par de brincos redondos, então se levantou foi até o closet pegou uma bolsa de mão de couro preto com alças em metade dourado e saiu do quarto.

Ao descer as escadas se deparou com a babá pondo a mesa do café da manhã, ela sorriu se aproximando dela e lhe deu um beijo na maçã do rosto.

---- Bom dia naná! A babá sorriu.

---- Bom dia minha menina, dormiu sem jantar não foi? A frase tinha uma amorosa repreensão.

---- Me desculpe naná eu acabei dormindo sem perceber! Se desculpou com se tivesse cometido um erro.

----- Você fica cada dia mais parecida com o seu pai sabia, eu olho para você e vejo o Júlio na minha frente, seus olhos, o nariz o formato do rosto, são idênticos aos do meu menino! A babá falou emocionada, ela havia visto o nascimento e crescimento dos três herdeiros da família Castilho, por isso a morte do pai de Paloma havia sido um duro golpe para ela.

---- Eu estou com fome naná, por favor me sirva um café! Pediu se sentando para desviar a atenção da babá daquele assunto triste.

Na verdade para Paloma, aquele tambem era um assunto doloroso apesar de não ter muitas lembranças dos pais, lembrava- se da forma amorosa como eles a tratavam, como eram carinhosos, sua mãe sempre lhe contava histórias antes de dormir e seu pai sempre brincava com ela quando voltava para casa, pelo menos em suas lembranças eles era felizes.

Paloma levou a xícara de café aos lábios, saboreando o gosto da mistura de café, canela, leite e um toque de açúcar, ela depositou a xícara sobre o pires outra vez pegando uma torrada e espalhando geleia cremoso de morango por cima, não havia percebido que estava com tanta fome, até começar a comer, ela pegou uma mini torta de frutas vermelhas se levantando da mesa, se despediu da babá, transferiu as coisas de uma bolsa para outra e saiu do apartamento indo em direção ao elevador.

Quando as portas se abriram na garagem do prédio ela caminhou até o local onde havia estacionado o carro, ela entrou no carro e deu partida no carro e saiu do prédio, repetindo o trajeto que fazia todos os dias, a empresa ficava no centro da cidade por isso só leva cerca de 10 minutos para chegar na empresa.

Ao para o carro ela jogou a chave para o motorista depois de comprimenta-lo, subiu as escadas da entrada e ao chegar no hall da empresa encontrou a secretária e melhor amiga em seu aguardo.

---- Bom dia senhorita castilho, lhe passo a agenda? Perguntou começando a caminhar lada a lado com ela.

---- Por favor! Pediu se diminuir o ritmo.

---- A senhorita só têm um único compromisso hoje e é uma reunião daqui a duas horas! Ela parou na frente do elevador e olhou para a secretária atônita.

---- O único compromisso que tenho hoje é uma reunião? Perguntou e a secretária confirmou sem explicar o motivo.

Quando chegou a sua sala Paloma ainda estava meio atônita com a notícia de que não teria praticamente trabalho nenhum durante todo o dia, ligando o computador ela deu um giro em suas redes sociais, tinha diversos seguidores embora não fosse tá ativa, distraiu-se observando a vida alheia se asustando quando a porta de sua sala foi aberta com certa violência.

---- Vovô, qual é o problema? Questionou asustada com a atitude do ancião.

---- Pelo visto ainda não leu o jornal de hoje! Declarou e ela negou então ele jogou um exemplar do jornal El país sobre a mesa, então ela o abriu.

“A notícia da aposentadoria do renomado empresário Eduardo Castilho, não passou de uma tentativa falha de esconder a grave crise financeira enfrentada pela por essa gigante do transporte, na tentativa de evitar a falência mais da metade das ações da empresa formam vendidas para uma empresa estrangeira de tecnologia”.

---- Como uma coisa dessas pode ter acontecido bem debaixo dos nossos narizines? Perguntou irritado. ---- 55 Paloma, 55 % das ações da empresa que eu mesmo fundei e dediquei mais de 30 anos da minha vida foi para as mãos de um completo estranho! Ele gritou muito agitado.

---- Se acalma vovô, agora o que nos resta é pensar em uma forma de recuperar a empresa...Ele a interrompeu.

---- Recuperar a empresa? Você não percebeu Paloma, se esse homem têm 55% significa que o seu adorado tio vendeu as ações dele e você ainda é ingênua o suficiente para entender que eles nos traiu ou ainda acha que ele é inocente? Gritou transtornado.

---- Com licença, só vim avisar que está quase na hora da reunião! Ela confirmou e a secretária se retirou.

---- Vamos vovô! Indicou o caminho até o elevador, eles entram descendo dois andares, assim que as portas do elevador se abriram eles caminharam em direção a sala de reuniões.

Ao entrarem na sala eles perceberam que todos os acionistas e membros da junta direitora já estavam presentes, bem como o homem que Paloma havia conhecido no dia anterior.

---- Bom já que estamos todos aqui, gostaria de me apresentar, eu me chamo Dean Mauricie Mitchell e como todos vocês já devem saber, eu agora possuo 55% das ações desta empresa, portanto sou o novo sócio majoritário e como sócio majoritário nada mais justo do que ocupar o cargo de presidente da empresa não acham? Paloma não entendia o porque mas aquelas palavras eram um desafio claro a seu avô.

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