(08:15)
Claire saiu mais cedo para resolver seus compromissos e Max foi para a faculdade, tomei meu banho, me arrumei e fui direto para a cozinha.
Look da Hayley
Hayley
Foi divertido ter Claire e Max, aqui em casa pude matar a saudade que estava sentindo. Mas algo que eles disseram realmente me intrigou e me fez pensar: Será que é só amizade? Estava distraída que não percebi que tinha alguém perto de mim, era ELE!
Hayley: O-oi - gaguejei
Giovanni: Tá tudo bem? - perguntou.
NÃO! Não estava tudo bem, queria poder dizer isso a ele sem parecer maluca! Ou pior: desesperada. Minha cabeça estava um caos! Sabia perfeitamente que isso só se resolveria jogando limpo com ele, mas não podia me expôr dessa forma.
Peguei minha taça de vinho matinal, caminhei até a sala e suspirei. Depois de um tempo, Giovanni veio atrás de mim.
Giovanni: Você tá estranha, aconteceu alguma coisa? O que está escondendo? - me olhou nos olhos.
Hayley: É... é que.. você, eu. Droga! - me senti encurralada, minha vontade era de sumir.
Giovanni: Fale! - pediu.
Hayley: Não dá mais, Giovanni! - gritei
Giovanni: O que não dá mais? - perguntou preocupado.
Hayley: Nós! - disse.
Giovanni: Pensei que não existisse um 'nós' você... - o interrompi.
Hayley: Não dá, Giovanni! - rosnei.,
Giovanni: Seja clara, Hayley! - disse num tom sério.
Hayley: Preciso que se afaste de mim! - falei o olhando nos olhos.
Giovanni: Tudo bem, estou indo embora! - sorriu fraco.
Percebo que ele está subindo as escadas e vai direto ao quarto de hóspedes pegar seus pertences, desce as escadas em silêncio.
Hayley: Não vai falar nada? - perguntei.
Giovanni: Não tem o que falar, você não me quer perto de você. Vou para minha casa. - atravessou o corredor.
Hayley: O que quer de mim? - disse com lágrimas nos olhos.
Giovanni: Um motivo, Hayley! - parou de andar e me respondeu.
Hayley: Eu... nã..- dessa vez ele me interrompeu.
Giovanni: Sabe qual é o verdadeiro problema? - riu irônico
Neguei, esperando que ele me dissesse o tal 'problema'.
Giovanni: Você gosta de pisar em mim, brincar comigo. - falou com raiva.
Hayley: COMO PODE ME ACUSAR DE ALGO TÃO BAIXO? - gritei.
Giovanni: É a verdade! Enquanto eu estou a sua mercê, eu presto. - cruzou os braços.
Hayley: Nunca fiz isso. - fechei a cara.
Giovanni: Você faz sim, Hayley! - concluiu.
Hayley: Giovanni, seja claro! - disse tentando me acalmar.
Giovanni: Não devia ter vindo para cá! - mexeu no celular.
Hayley: Fala olhando nos meus olhos. - pedi, já com raiva.
Giovanni: Estou cansado de ser tratado assim por você! - se virou e andou na minha direção.
Hayley: E-eu.. t-te. te trato bem. - gaguejei.
Giovanni: Você me esnoba! E hoje vem com essa conversa de que não aguenta mais 'nós' ? Sem nem mesmo ter me dado a abertura para falar desse assunto? - concluiu, visivelmente irritado.
Percebi que ele estava muito chateado, mas infelizmente essa conversa aconteceria uma hora ou outra.
Giovanni: PARECE QUE ESTOU SEMPRE ERRADO! ERRADO POR ME IMPORTA DEMAIS E QUERER O SEU BEM! - gritou com raiva.
Hayley: Nunca disse isso, não quer conversar sobre isso em outro momento? - me coloquei na frente da porta.
Giovanni: O seu mal é esse, fugir dos problemas! - passou a mão na barba.
Hayley: Estamos irritados um com o outro e... - me interrompeu.
Giovanni: Hayley, sai da frente. - rosnou.
Hayley: Você não é assim, o que está acontecendo? - o olhei assustada.
Giovanni: Paciência tem limite, resolvi tomar vergonha na minha cara. - falou sério.
Hayley: Como assim? O que eu te fiz? - perguntei extremamente confusa.
Giovanni: A pergunta certa é o que você não fez!
Hayley: O que eu não fiz?
Giovanni: Não levou a sério nada do que eu te disse. - revelou.
Hayley: O que por exemplo?
(08:54)
Giovanni: Que para mim não foi apenas uma noite.
Comecei a lembrar das duas noites, a primeira que foi quando perdi a virgindade com ele. E a segunda vez que transamos e fomos flagrados por aquela mulherzinha.
Giovanni: Você duvidou da minha honestidade. - disse magoado.
Hayley: E eu sinto por isso, já resolvi está história contigo.
Giovanni: Não sou um estranho. - cruzou os braços
Hayley: Giovanni... eu - fui interrompida
Giovanni: Tchau Hayley, estou vendo que essa conversa não vai chegar a lugar nenhum! - disse e caminhou novamente até a porta, me tirou da frente.
Hayley: Me desculpe por não te ouvir! - tentei impedi-lo novamente.
Giovanni: Agora não faz diferença! - disse seco
Hayley: Não queria que se magoasse por minha causa!
Giovanni: Esquece isso, foi um erro!
Fiquei pensativa por uns instantes para absorver todas as informações.
Giovanni: Nunca foi sobre os meus sentimentos por você, e sim a forma como você me trata!
Hayley: Como assim?!
Giovanni: Está sempre de mal humor e deboche comigo, não posso falar nada que vira motivo para você me atacar! Acha que sou algum moleque? - perguntou ofendido
Hayley: Eu.. não pensei que... - fui interrompida novamente.
Giovanni: Que eu perceberia o seu jogo sujo comigo, de provocação e sedução? Agora quem não quer ficar mais perto de você sou eu, estou oficialmente voltando para Itália! - disse magoado, abriu a porta e saiu.
Corri atrás dele, ele atravessou a rua e estava prestes a entrar no Uber, corri até ele desesperada e com lágrimas nos olhos.
Hayley: Não vai embora, por favor! - implorei.
Giovanni: É a melhor opção no momento. - disse abrindo a porta do carro e entrando.
Hayley: GIOVANNI! - gritei chorando, enquanto tentava correr atrás do carro.
Claro que eu sabia perfeitamente que não era possível alcançá-lo correndo mas algo em mim me disse para fazê-lo.
(9:20)
Entrei em casa corri pro meu quarto e tranquei a porta, porquê fiz isso com ele? Por que não o ouvi antes? Agora ele se foi...
(12:30)
Itália, Roma
Giovanni
Como era bom estar de volta a minha terra natal: Itália! Que saudade da comida, dos lugares, da minha família. Estou muito feliz por estar aqui e triste ao mesmo tempo, pela briga que tive com Hayley. Sei que peguei um pouco pesado com ela, só que ela jogou comigo e com os meus sentimentos. Tenho que esquecê-la.
Passarei um mês fora para tratar dos negócios daqui e voltarei para Londres, no início do próximo mês. Espero que até lá, Hayley e eu possamos trabalhar em harmonia. Decidi não contar a ninguém, sobre a data da minha volta para não levantar suspeitas.
Xxx: Boa tarde, chefe! - disse Carla
Giovanni: Sim? - perguntei.
Carla: Aqui estão os relatórios financeiros dos últimos 6 meses, mais alguma coisa? - colocou em cima de mesa e me olhou com malícia.
Giovanni: Na verdade... não! Pode sair. - disse folheando os papeis em minha frente.
Pude ouvir ela sair batendo os pés com força no chão. Analisei melhor os dados de entrada e saída as contas batem, fiquei ainda mais confuso. Pois tinha certeza de que tinham sabotado aqui tbm.
Resolvi ficar de olho aberto, com todos os meus funcionários. Já era quase a hora do almoço. Pedi que entregassem minha comida aqui mesmo para não perder tempo.
Enquanto almoçava, recebi uma ligação do meu pai:
Ligação On:
Georgio: Por que não disse que voltaria para a Itália?
Giovanni: Precisei vir com urgência, resolver algumas pendências por aqui.
Georgio: Você me disse que não sairia de Londres, até saber o paradeiro de Christopher e o que planeja.
Giovanni: Mudei de ideia, pai!
Georgio: Sei...
Giovanni: Aqui está tudo, em ordem.
Georgio: Aconteceu alguma coisa?
Giovanni: Pai, não aconteceu nada!
Georgio: Você não é impulsivo assim!
Giovanni: E você não ligava muito pros meus sentimentos, então te pergunto: Por que se importa?
Georgio: Sou seu pai! É da minha responsabilidade fazer o que for preciso para te manter seguro.
Giovanni: No mundo que vivemos a segurança é o perigo disfarçado!
Georgio: Espero que saiba o que está fazendo!
Giovanni: Posso me cuidar sozinho - disse e desliguei.
Ligação Off:
Precisava colocar minha cabeça em ordem. Não deixaria mais ninguém me controlar. A partir de hoje, vou seguir minha intuição.
(21:00)
Resolvi ir para casa descansar, pois amanhã será mais puxado. Terei uma reunião com investidores, e vou supervisionar o próximo envio de armamentos e drog@s.
Cheguei em casa, jantei, tomei um banho e fui me deitar pensando nas palavras do meu pai e lembrei de Hayley gritando meu nome, implorando para que não fosse embora.
Perdi o sono, queria estar ali com ela, ver seu sorriso, abraçá-la... chega Giovanni! Balancei a cabeça e encarei a realidade: Hayley se sente culpada, mas não arrependida!
Londres, Inglaterra
(20:00)
Georgio Mazzini, 49 anos
Bernard Williams, 49 anos
Sabia que algo estava errado com meu filho, ele não era assim. Estava me angustiando não entender o porquê de ir embora daqui com tanta pressa. Acabei de chegar na casa de Bernard, e ele não parecia nada bem. Com todas essas situações acontecendo esqueceu de se cuidar e tomar os remédios.
Bernard: Olá velho amigo! - disse com a voz um pouco fraca.
Georgio: Velho é você, estou na flor da idade! - zombei dele.
Começamos uma conversa agradável sobre a vida, viagens, planos para o futuro e negócios.Tínhamos acabado de jantar, e Amelia nos trouxe café com profiteroles.
Georgio: Qual foi o prejuízo pelo desvio de dinheiro que a traidora fez? - tomei um gole de café.
Bernard: 250 milhões de dólares, estou com uma baita dívida nas mãos! - passou a mão pelos cabelos.
Não imaginava que fôsse uma quantia tão alta.
Georgio: Dinheiro nunca foi um problema, o que houve? - estranhei.
Em todo esse tempo que convivi com Bernard, sabia que tinha uma vida financeira saudável, por isso viviam muito bem. Anos atrás me confidenciou ter uma bela quantia em dinheiro guardada. Logo ele me explicou que sua conta estava zerada.
Georgio: Sei que Hayley e Giovanni suspeitam de Christopher desde a última carta que receberam, mas não temos provas concretas que ligue tudo isso a ele. Sabe que pode sempre contar com a minha ajuda não é? - o olhei preocupado.
Bernard me explicou como estava se virando para arcar com as contas das empresas e com as despesas pessoais: Estava usando o dinheiro que estava guardado no cofre, mas que já estava quase no fim.
Bernard: Por isso pedi viesse aqui.. chegou mais uma carta essa manhã. - me deu o envelope.
Georgio: O que será que esse moleque aprontou agora... Não acredito nisso - comecei a ler e a frase que lia, ficava com mais raiva.
Como alguém podia fazer tanta maldade com a própria família?
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Atualizado até capítulo 78
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