3 meses depois... (Setembro)
Já se passaram três meses. Minha vida mudou completamente, daqui a uma semana eu faço 17 anos.
Estou fazendo acompanhamento médico, eu e meu bebê estamos muito saudáveis. Já consigo ver a barriguinha crescendo e fiz o primeiro ultrassom esse mês.
Estou muito feliz com tudo. Comecei a estudar no ensino médio da faculdade no horário noturno, porque o horário da manhã fica livre, caso eu comece a trabalhar. A Emma está tentando encontrar um emprego pra mim, já que ela mora aqui a mais tempo e as pessoas conhecem ela, mas mesmo assim é difícil, principalmente por causa da minha idade.
Mas eu estou pensando positivo e torcendo para tudo dar certo.
Por enquanto, na parte da manhã eu arrumo casa e faço comida, quando as meninas chegam da aula já está tudo arrumadinho.
Angel chega no horário do almoço mesmo, já a Emma chega em horários variados, por causa de trabalhos, aulas extras e outras coisas de faculdade.
A angel conseguiu um trabalho de meio período em uma biblioteca, o que é perfeito pra ela, assim ela consegue estudar e trabalhar ao mesmo tempo, ela é um ano mais velha que eu e entrou na escola atrasada, por isso somos do mesmo ano.
Termino de fazer o almoço e sento um pouquinho pegando o ultrassom do meu bebê, fico olhando e imaginando como meu bebê deve ser lindo.
Escuto um barulho de chave na porta e eu já sei que é a Angel chegando.
—oi barrigudinha, cheguei— ela vem até mim e a primeira coisa que faz é carinhar a minha barriga.
—oi Angel— dou um sorriso.
Ela deixa a mochila no chão e se joga no sofá.
—dia difícil?— pergunto sentando em uma poltrona que tem na sala.
—sim, de manhã tem uma menina que é insuportável— ela diz com a cabeça enfiada na almofada. Seguro para não rir.
—deixa eu adivinhar, vocês brigaram e foram pra diretoria?—
—como você sabia?— ela me pergunta, como se eu não a conhecesse a anos.
—Angel, eu te conheço— começo a rir —você sempre briga e vai pra diretoria— digo ainda rindo.
—você é uma péssima amiga— ela faz joinha com o dedo e eu caio na gargalhada.
—vai colocar comida pra você, o almoço já está pronto—
—pensando bem, você é uma ótima amiga— ela levanta e vai até a cozinha e eu fico rindo.
Também coloco comida pra mim e almoçamos juntas, enquanto ela me contava como foi o seu dia na escola.
[...]
Depois de algumas horas Emma chega.
—oii meninas— ela chega sorrindo.
—oi Emma— eu e a Angel falamos ao mesmo tempo e começamos a rir.
—calma gente, eu sei que vocês me amam, mas por favor, uma de cada vez—
Todas nós rimos.
—como foram as aulas?— perguntei comendo um pedaço de bolo. Estou louca por doce.
—maravilhosas e horríveis ao mesmo tempo— ela faz beicinho e deita no sofá ao meu lado.
—isso é bem intenso—
—nem me fale— ela bufa e do nada senta rápido.
—o que aconteceu??— pergunto assustada.
—eu acho que vou conseguir um emprego pra você—
—meu deus, é sério?— digo já batendo palma de felicidade.
—sim— ela diz toda animada.
Por ela eu não trabalhava, mas eu não quero que ela gaste o dinheiro que o pai dela manda pra ela comigo, eu quero ter o meu próprio dinheirinho e ajudar ela nas contas aqui do apartamento. Então ela me apoia, assim como a Angel.
—não brinca e qual trabalho que é?— Angel pergunta também animada.
—é de garçonete em uma cafeteria, é meio horário e você vai receber um salário mínimo—
—é perfeito— levanto e dou pulinhos de animação. —você acha que eles vão me aceitar, mesmo eu sendo menor de idade e estando grávida?—
—eu tenho certeza disso, eu posso marcar pra você fazer uma entrevista com a dona, ela é muito fofa e eu converso com ela desde que me mudei pra cá. Então provavelmente ela vai priorizar você—
—estou muito feliz por você Chloe— Angel diz com um sorriso enorme no rosto e eu retribuo.
Ficamos assistindo filme por algumas horas e depois fui pra escola, não teve nada de mais, a mesma coisa de sempre. Quando cheguei em casa as meninas já estavam dormindo, então eu tomei um banho e fui dormir também, amanhã será um longo dia.
[...]
Acordo, faço as minhas obrigações e depois fico assistindo tv, esperando a Emma chegar e me falar se conseguiu marcar uma entrevista pra mim.
Carinho a minha barriga o tempo todo, e de vez em quando converso com o meu bebê.
A porta abre de uma vez e eu quase engasgo com a minha própria saliva de susto.
Emma entra rápido e vem até mim.
—se arruma rápido— ela já diz me puxando para levantar.
—o que aconteceu?— pergunto assustada, ela chegou muito cedo.
—consegui uma entrevista pra você com a dona da cafeteria, e se der tudo certo, você já começa a trabalhar hoje—
—ai meu deus— corro pro meu quarto e procuro uma roupa bem apresentável. Encontro uma e já visto, de um jeito que não aperte a minha barriga.
Me arrumo em menos de 15 minutos.
—ok, você está linda. Agora vamos que eu vou te mostrar onde é a cafeteria, não é muito longe, são dois quarteirões de distância, bem perto da universidade—
—ta bom— dou mais uma arruma no cabelo e nós saímos.
Andamos até lá e realmente é perto.
—aí meu deus, eu não sei o que eu faço— digo começando a entrar em Pânico.
—apenas seja você mesma e responda as perguntas que ela fizer com sinceridade— Emma da um beijo na minha testa —boa sorte e eu preciso voltar pra universidade— ela diz praticamente correndo em direção a faculdade.
—obrigada— grito, mas ela já está longe demais.
Olho pra cafeteria e é muito bonita, tem uma pegada mais rústica, o que dá impressão de ser mais aconchegante.
Respiro fundo, carinho a minha barriga e vou em direção a porta.
Se tudo der certo, amanhã já terei um emprego e vou começar a juntar dinheiro para comprar as coisinhas do meu bebê.
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Atualizado até capítulo 46
Comments
Marilene Barros
estou amando está história é linda
2023-07-14
0
Margarida Maria
o que bom vai aparecer um emprego você merece história esta animada VAMOS adiante
2022-05-22
1
Lienir Rodrigues
corajosa ela
2022-04-19
2