capítulo 5

P.V.O PAULO

O padre João ainda tenta me convencer de me mudar para a casa grande. Não sei mais oque fazer, todos ficam me olhando e esperando eu decidi. Tô farto disso!

Paulo: me desculpe padre, mas desse homem eu não quero nenhum centavo. - essa é minha resposta.

João: não se precipite Paulo, nem faça nada por impulso, pense nas coisas com calma

Paulo: NÃO... NÃO! EU NAO TENHO NADA PRA PENSAR. EU NUNCA PRECISEI DE UM PAI, MUITO MENOS DE DINHEIRO. EU SEMPRE TIVE VALOR PELO MEU ESFORÇO.

João: eu sei, eu sei disso. Por isso sempre me sentir muito orgulhoso de você. Mas pense que seu Víctor, quis ser justo com você, com seu único filho, no seu último momento de vida. - explica

Paulo: justo?! Justo! Ele ainda teve a audácia de dizer quando estava pra morrer, que se os meus pais estivessem vivos estariam muito orgulhosos de mim. ISSO É SER JUSTO?

João: acredite filho, no final o seu pai estava muito arrependido.

Paulo: Mas se arrependeu muito tarde, não acha? O Que eu teria desejado de um pai, era o amor, um carinho, um abraço, e isso eu nunca tive... e Também nunca vou ter.

João: não diga isso filho, lembre-se: você deve ao seu avô que te criou desde que era menino. - ele sorri

Paulo: faz muitos anos que meu avô faleceu, padre. Ele sabia a verdade? Que eu era filho do Víctor casillas Almonte? - ele hesita

João: não sei... seu avô sofreu muito com a morte de sua mãe.

Ucker: Esse homem abusou da minha mãe? Se aproveitou do fato de que ela era só uma empregada? - um silêncio paira sobre aquele lugar. - ele fez né...

P.V.O ANA

Estamos na sala de jantar. O silêncio é ensurdecedor, brinco com a comida enquanto minha mãe me olha. Sei que arruinei seus planos... e era tudo o que eu queria. Ela me comandou a muito tempo e eu não vou deixar que isso aconteça mais. Enquanto Angelique, minha tia mais nova (29 Anos. 7 anos mais velha que eu, mas sempre me entendeu) se senta, minha mãe começa a fala

Blanca: o seu pai adoraria que você fosse viajar, e eu acho que é o melhor - minha tia me olha, voltando sua atenção pra minha mãe - pra onde você gostaria de ir? - olho para tia Angel novamente, sei que ela está pensando o mesmo que eu.

Ana: bom, eu não gostaria de sair de água Azul - dou um sorriso agradecendo meu pai. Ele olha para minha mãe sério.

Blanca: por quê? Você não vai mais se casar com o luiz, e isso quer dizer que nada te impede de querer viajar. - seu olhar é um pouco assustador

Ana: A saúde do meu pai, você sabe que ela tá muito abalada.

Fernando: não se preocupe filha, eu estou bem, estou bem!

Angelique : sabe Ana, você deveria ir a Paris. Se não me engano uma prima nossa mora nessa cidade tão linda. Garanto que ela iria adorar te receber. Além disso, querida... os parisienses não lindos, é capaz de por lá você se apaixonar.- sorri enquanto comemos. minha mãe encara ela com raiva.

Fernando: não há nenhuma pressa pra isso, Angelique - sei que ela não falou por mal.

Angelique: tá bom, não se estresse Fernando, eu só estava explicando a minha sobrinha. - sei que o estresse que ele tem se chama "Blanca Rivens"

Fernando: desculpe Angelique, Mas é que ela acabou de romper com o noivo. Aproveite sua liberdade Ana. Me prometa que não vai começar uma relação neste momento. Isso vai acontecer com o tempo, por isso não se apresse. - as palavras dele quase me fazem chorar.

Blanca: não se preocupe Fernando, se tivesse alguém na vida de nossa filha , nos já estaríamos sabendo não é Ana? - faço que sim com a cabeça - ou será que você está guardando mais algumas surpresas? - vitor entra na sala. Seu rosto está um pouco inchado. Meu pai se surpreende com isso e levanta.

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