trocar de roupa

Nathaly

Quando fui me deitar, tive a impressão que Mark me olhou estranho.

Mas simplesmente me deitei no colchão e dormir, estava bem cansada.

Acordei com Mark saindo do banheiro de muletas.

Me levantei e fui ajudá-lo, já pegando do braço dele.

- Nathaly não precisa, eu tô bem, só fui ao banheiro

- não... mas não mãe custa te ajudar.

Ele puxa o braço e vai em direção ao closet dele

Eu fico ali meio nervosa, pois como ele vai pegar roupas e se segurar nas bengalas?

Fico ali meio impaciente, mas não quero encomodá-lo porque ele não quer minha ajuda para coisas básicas.

Poucos minutos depois dele entrar ali, escuto um barulho de coisas caindo e também ele xingando.

- merdä... cabide filho da pūtä... / Mark esbraveja.

Eu corro e quando chego tem um cabide enorme e cheio de roupa em cima dele.

- ah Mark... viu! Eu podia ter ajudado!

- cala a boca Nathaly e me ajuda porrä / ele fala bravo

Ajudo ele a se levantar e ele vai em direção ao quarto, visivelmente bufando.

Ele não levou roupa nenhuma, então eu mesma pego uma para ele. Escolho uma camiseta branca com dizer de uma marca cara, bem pequena escrita no canto e uma bermudinha azul marinho fina, como hoje não temos que sair, pego uma roupa boa pra ele ficar a vontade.

Faço isso bem rápido e volto para o quarto, Mark tá sentando numa cadeira como uma expressão irritada, mas acho que triste também.

Vou até ele e Mark fica me olhando

- o que você tá pensando? / ele pergunta me encarando

- temos duas opções, me deixa te ajudar a tomar banho e trocar de roupa, ou posso apenas ajudar você a se trocar!

- nenhuma delas, eu me viro e também logo minha mãe chega! / ele falo igual uma criança fazendo birra.

- sua mãe mandou mensagem, não vai conseguir vir. E ela me avisou também que seu amigos vem aqui hoje te ver, quer mesmo aparecer fedido na frente deles?

Ele me olha como se tivesse pensando a respeito.

- tá me ajude a trocar a roupa então... / Mark fala se sentindo derrotado, tadinho kkk

Eu ajudo ele a ficar em pé. Mark larga as muletas e se apoia em meu ombro, ele é bem pesado, mas dou conta.

Seguro ele pela cintura e o ajudo a colocar a blusa, depois tiro sua bermuda e ele fica só de cueca. Mark senta e eu coloco por seus pés a bermuda limpa e ele fica em pé novamente para eu puxar para a cima.

Ficamos com nossos corpos colados, ele com as mãos em meus ombros e eu com as mãos em sua cintura.

Ele me olha novamente com aquele olhar... parece desejo? não... um homem como ele nunca veria nada em mim.

Mark sobe a mão do meu ombro e toca em meu cabelo.

- você devia usar ele sempre solto, fica mais bonita... mais jovem também / ele fala baixo e rouco

- é... obrigada, vou lembrar disso...

O celular dele toca e nossos olhares se separam e tudo mais que podesse estar acontecendo, melhor assim, eu estava ficando confusa.

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