Finalmente ele a conheceu

Ele nos lançou um sorriso bem safado e enigmático, ele está sentado de forma bem confortável, ele sorrir por que sabe que a Marta e eu estamos falando dele, e o mesmo levanta se do sofá, puxa o blazer pra baixo o arrumando, passa as mãos na camisa para ter certeza que não está amassada e vem em nossa direção.

Como duas crianças assustadas, nos viramos de costas pra ele, o mesmo passa por nós e vai até André, ele ainda estava de costa pra nós, esperando a recepcionista que estava chegando ao balcão, e se virou pra vê de quem se tratava a pessoa que chamou seu nome.

- André. - disse o homem que acaba de passar por nós duas, pelo visto ele o conhece.

- Sim! - disse André se virando, e ao mesmo tempo abre um enorme sorriso ao vê quem é a pessoa.

Eles se abraçaram e deram leves tapas nas costas rindo, estavam muito felizes por se encontrarem, não sei de onde eles se conhecem, nem mesmo se essa é a primeira vez que André vem ao Brasil, o jeito como se cumprimentaram é de quem é amigo há muito tempo. Santo Deus! Não pode ser, não me diga que ele é..... Não, não pode ser.

- Como foi a viagem? - pergunta André.

- Cansativo! Nada que uma boa noite de sono não resolva.

- Verdade. Bom, deixe-me apresentá los; meninas esse é o Carlos Maldonado. - minha cara de tacho caiu no chão na mesma hora. - Essa é a Marta Silverstone. - ele a cumprimenta com um beijo rápido na mão.

- Daiane você já conhece.

- De uma certa forma sim. - pegou minha mão e levou até a boca para um beijo, ele olhava nos meus olhos, desse jeito vou acabar apaixonada por esse homem, que Deus me proteja. - É incrivelmente mais bonita

pessoalmente.

- Obrigado pelo elogio, senhor Maldonado.

- Por favor, nada de senhor Maldonado, não sou tão velho assim, apenas poucos anos a mais que você.

- E como devo chamar? - pergunto toda derretida, tomara que ele não tenha percebido.

- Apenas Carlos.

- Como queira..... Carlos.

- Assim está melhor. - disse me lançando um sorriso, por um segundo parecia que só existia nós dois, a magia acaba na mesma hora.

- Carlos, me dê um segundinho, vou pegar minha chave. - disse lhe dando um tapa no ombro e indo a recepção.

- Estão muito cansadas?

- Um pouco! - disse Marta toda sorridente.

- Cansadas, famintas e loucas por um banho. Não paramos pra comer no caminho.

- Eu também não comi nada, estava esperando por vocês, depois que tomarmos banho podemos jantar, o que acham disso? - ele pergunta colocando as mãos nos bolsos e ainda com o mesmo sorriso lindo no rosto.

- Por mim tudo bem. - digo tímida.

- Por mim também. - disse Marta.

- Ótimo! Assim teremos um tempinho pra nos conhecer melhor. - ele disse me olhando, era evidente que ele estava se referindo a nós dois.

Não sei porquê mas estou sentindo um calafrio no estômago, ele está me deixando nervosa, sinto meu coração acelerar, minha respiração ficar ofegante e estou trêmula. Ainda sim não consigo desviar meu olhar

do dele, ele tem um olhar hipnotizante e uma covinha no queixo que o deixa ainda mais charmoso.

André se juntou a nós pegando suas malas, Carlos pegou uma das minhas malas, me ajudando a levar para o quarto. Nossos quartos era no mesmo andar, só a dois quartos a mais de distância, até chegarmos

no quarto me mantive em silêncio, não sabia o certo o que falar, Marta mim olhava com um olhar peculiar, e bem sugestivo, com certeza mim dei bem, porque o André podia ser bonito, mas Carlos era bem mais.

Minha cabeça dava voltas, nunca o vi antes em toda a minha vida, então porquê tenho a impressão que já o conheço a muito anos? É

como se já tivesse visto de algum lugar só não sei onde, com certeza é só uma intuição, muito forte, mas só uma intuição. Entramos no quarto e pra minha surpresa era muito bonita, bem de frente a praia e ao mar.

Coloquei a mala no chão e fui até a janela no sétimo andar, dava pra vê como é grande o resort, com várias cabanas de palhas, cada uma havia vendedores de bebidas e comidas. E uma coisa me impressionou

ainda mais, tinha uma festa na praia, e logo adiante uma tenda com músicas eletrônicas, eu acho que se aqui não é o paraíso, certamente é o céu.

- Gostou da vista? - pergunta Carlos, ele estava tão próximo que não o vi se aproximar, me assusto com sua pergunta. - Desculpe eu te assustei.

- Tudo bem. - digo colocando a mão no peito, e começo a rir, ele também riu do susto que eu tive.

- Não precisa ficar assustada comigo, quero que fique a vontade, temos tempo pra nos conhecer melhor.

- Não estou. Eu estava admirando o lugar, e me distrair com essa visão maravilhosa do lugar, não foi por sua causa, fique despreocupado quanto a isso.

- Que bom. Por que eu realmente quero conhecer você, e quero que também me conheça, assim deixaremos de ser dois estranhos, você concorda comigo?

- Claro!

- Amanhã desfizemos as malas, e mais uma coisa: sua amiga vai ficar nos acompanhando a todo lugar que formos?

- Não. Ela só quer ficar por perto, caso precise de ajuda.

- Entendi! Ela pensa que sou um homem perigoso, ou até mesmo um maníaco. - ele disse rindo, já sabia o que ela havia dito na visita do André.

- Exatamente isso. - confirmou sua suposição sem rir.

- Eu tinha muitos planos e ideias para essas férias, mas desde que vi seu perfil, a única coisa que eu quero é conhecer você melhor.

- E por quê isso? - pergunto com uma certa curiosidade.

- Não sei. Talvez porque você seja diferente das outras, não está fazendo isso por escolha de profissão. - respondeu olhando para o

mesmo lugar da tenda que meus olhos estavam paralisados. - Gosta desse tipo de música eletrônica?

- Sim! - respondo abrindo um enorme sorriso, e me viro para olhá-lo. - E você?

- Não muito. Se quiser eu a levo lá, depois do jantar.

- Não precisa. - digo sério, ele acabou de afirmar que não gosta de balada, não tem porque ir até lá só pra me agradar.

- Se você gosta de balada, deve ser porque é divertido, talvez as poucas vezes que fui a companhia não foi tão boa assim.

- Eu gosto de dançar, deixa tudo mais leve, mas estou cansada, não será divertido.

- Podemos só passar e dar uma olhada antes de voltarmos. - insistiu ele, eu estava louca pra ir, mas não ia admitir.

- Tudo bem. - digo satisfeita por ele insistir.

- Pode se banhar primeiro, preciso fazer umas ligações antes.

- Não demoro. - digo e pego minha mala, pra pegar minha bolsinha com minhas coisas pessoais.

- Pode trancar a porta do banheiro, se não estiver se sentindo segura comigo.

- É sério? - perguntou sarcasticamente rindo da situação. - Acha mesmo que estou com medo de você? Você não me conhece, e uma das coisas que não tem no meu arquivo é que fiz aulas de defesa pessoal. - digo

toda orgulhosa.

- Nesse caso, sou eu que devo tomar cuidado com você. - ele disse rindo alto.

- Estou aqui pra sua diversão e a minha, vou aproveitar essas semanas o máximo que puder, antes das aulas retornarem.

- Então não está mesmo com medo de mim?

- Não!

- Deveria.

- Por quê? - incentivo ele a falar, o clima está quente entre nós, estou adorando provocá-lo.

- Eu posso exigir que cumpra com nosso acordo, ainda essa noite.

Aquelas palavras baixas e roucas saindo da boca dele, cheio de sedução e excitação, me fizeram arrepiar, e um frio desceu do estômago até meu útero, eu estava excitada com esse homem que ainda era um desconhecido pra mim.

- Eu cumpriria com muito prazer...... Carlos. - sussurrei seu nome, e seu corpo todo estremeceu, fechou e abriu os olhos em seguida, suspirou profundamente enquanto olhava em meus olhos, me lançou um sorriso

de meia boca que me fez derreter toda.

- Então vamos nos dar muito bem, senhorita Martini.

Foi engraçado ele me chamar só pelo sobrenome, dou um sorriso e vou em direção ao banheiro, o deixo sozinho no quarto fazendo suas ligações, uma delas foi para sua noiva.

- Oi Karina !

- Oi amor. Como foi a viagem? - ela pergunta toda melosa.

- Foi cansativa! Vou jantar e depois descansar, quando tiver tempo li ligo novamente ou mando mensagem.

- Está bem. Não esqueça de mim benzinho.

- Não esquecerei.

- Vou morrer de saudades de você, tome cuidado quero você de volta inteirinho só pra mim.

- Se eu não chegar inteiro, promete costurar os membros que faltam? -

ele disse rindo da brincadeira.

- Prometo!

- Ótimo. Se eu demorar a dar notícias é por que estou muito ocupado, não se preocupe com nada.

- Não demore voltar, temos que terminar os preparativos do casamento, embora você prefira um casamento só entre os familiares e os mais próximos, temos que decidir onde passaremos a lua de mel.

- Ah! O casamento. Decidimos isso quando eu voltar. - ele não estava nada entusiasmado com esse casamento.

- Não demore meu amor, durma bem.

- Você também. Boa noite!

Desligou o aparelho e colocou a mão na testa, estava pensativo, o casamento era um assunto que ele tentava não falar. Mais cedo ou mais tarde terá que falar sobre isso, o casamento não estava longe de acontecer, e muitos de seus amigos colocava indecisões em sua cabeça, lhe aconselhava a não ir adiante com o casamento, agora não sabe o que fazer, mas não podia voltar atrás.

Minutos depois saio do banho enrolada na toalha, e o vejo pegando sua roupa de cima da cama, ele se vira e me olha dos pés a cabeça, sorrir e sai em direção ao banho. Tiro uma roupa na qual comprei com o dinheiro que ele me enviou, optei por um cropped preto, com decote entre os seios deixando a barriga amostra e o piercing, a saia preta

justa na altura da coxa com uma abertura enorme na lateral.

Espero que ele goste da roupa e não achei muito vulgar, comprei especialmente para ser vista com ele, me visto e faço uma maquilhagem rápida, nada muito chamativo, calço meu salto alto e passo meu perfume favorito. Estava colocando minha jóias quando me viro e capturei seu olhar intenso sobre mim.

Fico indecisa se ele gostou, mas não dei muita importância a isso, estava fascinada como estava vestido, ele usava uma calça preta social e uma camisa de mangas longas, alguns botões abertos e bem colada no corpo, ele estava enxugando os cabelos com a toalha, nossos olhos cruzaram e ele parou de enxugar o cabelo assim que nos olhamos,

meus olhos estavam percorrendo meu corpo, podia sentir seu olhar queimando meu corpo.

- Se não lhe agrada a roupa, posso trocar por outra. - digo preocupada por ele não gostar.

- E por quê faria isso? Você está muito bonita, até demais. - disse sorrindo.

- Tem certeza? Se estiver muito chamativo posso trocar, não tem problema.

- Está perfeita. Mas algo me diz que terei problemas com os outros homens, vão te cobiçar.

- Deixe eles Cobiçar, porque tudo isso é só pra você. - digo indicando meu corpo da cabeça aos pés.

- Serei um homem muito invejado.

Invejada serei eu com esse homem ao meu lado, será que ele já se viu no espelho, e percebeu o quanto está sexy? O meu lado diabinha está louca pra pular em cima dele, mas não o farei, não quero que ele pense

que sou muito atirada. Mas isso não significa que eu não vou tirar uma casquinha dele, eu vou aproveitar essas férias pra valer, ele que me aguarde.

Descemos pra jantar com a Marta e o André, ele agiu na frente das pessoas como se fossemos um casal, saímos do elevador com os braços cruzados um no outro. Encontramos os dois na mesa à nossa

espera, pelo o riso eles estavam se dando bem, ou ela quer tirar a má impressão de brava.

O jantar foi tranquilo, Carlos contava algumas aventuras deles quando criança, seu riso é lindo e contagiante, ficamos alguns minutos nos encarando. Pediu a conta e chamou a Marta e o André, para irmos até a

tenda da balada, e é claro que eles toparam na hora. Carlos pede para André ficar de olho em nós duas e pegar bebidas, logo ele volta com nossa bebida em mãos.

Eu não consigo ficar parada, saio da mesa acompanhada de Marta, começamos a dançar, eles nos olham atentos, André levanta-se e vem dançar com nós duas na pista de dança. Vou até Carlos estendo a mão

para ele e o chamo pra dançar comigo, ele sorri e pega minha mão, eu o conduzo pra pista de dança, um pouco mais adentro e afastado de André e Marta.

Começamos a dançar entre as pessoas, ele não tirava os olhos de mim o tempo todo, começo a dançar pra provocá-lo, fico de costa pra ele roçando meu corpo no dele, sinto seus braços envolverem minha

cintura e apertar meu corpo contra o dele.

Ele está gostando da dança sensual, sinto sua barba rala passar pelo o meu pescoço, eu me arrepiei toda, ele respira meu perfume e sorri.

Me afasto dele pra ficar de frente com ele, envolvo meus braços em seu pescoço e colo meu corpo no dele, olho dentro de seus olhos e vejo todo o desejo entre nós, uma onda de calor invade meu corpo, eu desejo esse homem.

O que eu não esperava era que ele me desejava também, e fui surpreendida com sua atitude ávida, ele aperta meu corpo contra o dele, e uma das mãos coloca em minha nuca por baixo dos cabelos, mantendo nossos rostos próximos, o show de luzes e música deixa todos agitados na pista de dança, mas nós dois estamos concentrados

naquele momento.

Ele baixa o olhar para meus lábios e mordeu seu lábio inferior de leve, uma atitude tão sexy, que me deixa fora de si, quando percebo já estou o beijando. Seus beijos são intensos e famintos, não pensei que ele fosse tão

intenso assim, ele força a entrada dos meus lábios com a língua, eu não resisto e o abro dando-lhe passagem para invadir minha boca.

Sinto sua língua invadir minha boca, e logo o sinto morder meu lóbulo da orelha, meu corpo todo estremece, e em seguida sinto uma leve mordida no pescoço, um calafrio vai até meu útero, estou excitada, se ele quer

brincar com fogo, será queimado porque meu diabinho interior estar a solta.

Me agarro em seus cabelos e depois cravo as unhas em seus ombros, mais uma vez nos olhamos e sorrimos, essa noite promete muitas coisas, disso temos plena certeza. Ele acaricia meu rosto e diz.

- Vamos embora, quero ter você só pra mim essa noite.

- Pensei que não fosse dizer isso nunca. Será que André e Marta não sentiram nossa falta?

- Duvido que não. - disse ele, mais adiante vejo os dois se divertindo, melhor dizer, vejo ela o seduzindo, a muito tempo não há vejo se divertir tanto.

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Comments

Andreia Oliver

Andreia Oliver

ta ficando interessante muito bom

2022-06-17

4

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