Capítulo 5

Observo com os meus olhos Andrew, entrar na tenda. Logo me vejo novamente sozinha, em meio a neve branca que insistia cair no chão.

Olho para minha mão, e vejo o biscoito que Andrew me deu e ao invés de comer, fiquei observado. Meus pensamentos começam a ficar distantes, logo me vem a memória o rosto do Andrew, seus olhos seu sorriso e a nossa infância.

Os minutos se passam, e não tinha nem devorado a metade do biscoito. Olho em direção a entrada da tenda, e vejo Suzana e Estela saindo. Suzana se aproxima de mim e me olhar com um olhar matador, ela me encara por um bom tempo, depois ela olha para trás e vê a minha tia Verônica trocando um olhar sério com ela.

Suzana olha para mim novamente, mas acaba me ignorando e seguido seu caminho de volta para Reizer. Assim que elas se afastam, olho em direção a tenda e vejo minha tia. Ela me retribui com um olhar fixo que me passava confiança, que dizia: " Pode ir, vai ficar tudo bem agora, ela não vai mais te machucar"

Fixo meus olhos para frente, e me transformo em minha forma de loba. Em seguida saio em disparadas, atrás da minha madrasta e da irmã.

No dia seguinte. O acordei com batidas na porta do meu quarto. Ao abri os meus olhos, percebi que o sol invadia todo o quarto através da janela.

– Chrystal!!! – Alguém batia na porta.

Ao olhar para cima da minha mesinha de cabeceira, vi no relógio que já eram quase 10:00 da manhã.

"Droga ainda tá cedo"

Puxo o lençol para cima de mim, e tento ignorar a pessoa que bate na minha porta. Mas com aquele barulho irritante, era impossível dormir.

Levanto da cama e fico sentada a beira do colchão fofinho, alongo meus braços e bocejo. Levanto e vou até a porta, onde encontro a Suzana com a cara de poucos amigos.

– Por que não abriu aporta?!

– Estava dormindo Suzana.

– Dormindo?! A essas hora?! – lança um olhar matador – Mas que loba preguiçosa, você é uma inútil mesmo. Não sei como a Verônica pode defender alguém como você!

– Estou cansada por que não estou acostumada com o horário daqui. Não sou preguiçosa! Não igual a sua filha – Olho para a porta ao lado e vejo trancada ainda – Por que não acordou a Estela primeiro, antes de mim?

– A casa é minha! não devo satisfação para você! Aqui você só estar de favor, só porquê a Verônica pediu, mas por mim teria colocado você para fora a muito tempo!

– Escuta aqui essa casa é minha também, eu sou herdeira do meu pai.

– Corrigindo... – ela sorrir – Você era. já que ele te tirou do testamento, antes de morrer queridinha. Você não tem nada aqui, agora tudo é meu, apenas meus – Suzana anda em direção ao pé da escada, mas ela não desce – Eu já ia esquecendo.... A Aurora está lá fora. Quer falar com você – Ela olha em direção a escada e olha para os degraus – Não sei como alguém como ela pode ser amiga de alguém como você sabe... Talvez a mãe a obrigou, afinal quem daria atenção para uma Ômega? Você é uma vergonha, até seu pai admitiu isso quando riscou seu nome do testamento – Suzana gargalha enquanto desce as escadas.

" Sua cobra!!!"

Fecho a porta, e vou para o banheiro onde faço minha higiene pessoal. Depois começo a me trocar para falar com a Aurora.

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