estava ficando difícil. passei a semana fazendo uma lista das solteiras mais elegíveis de toda a Londres e ele não tinha gostado de nenhuma! assim fica difícil.
- algum progresso?
- não. qual o problema com Letícia Smith? jovem, saudável, rica e educada. dizem que toca piano feito um anjo. por que ele não gostou dela???? tem lady Margareth, loira, olhos azuis, jovem, pequena, a beleza da temporada. a mais cobiçada e ele não gostou dela!!!!
estava ficando sem opções.
- tentei lhe apresentar. a senhorita Benetton. jovem inteligente. dizem que é uma jovem lutadora pelos direitos das mulheres. estudada e fluente em várias línguas.por que ele não gostou dela??? pensei que esse seria o tipo ideal dele...qual o problema dele!
eu estava desesperada. ele não gostava de nenhuma...!!
- calma Any. você ainda não percebeu o jogo dele?
- do que está falando Eleonor?
- não tem como comprar o amor de alguém. ele está jogando com você. ele nunca vai gostar de nenhuma das suas candidatas simplesmente porque não. isso foi uma missão impossível que ele lhe deu. tipo as doses tarefas de Hércules, mas nesse caso você não é um semideus.
Eleonor estava certa. como fazer alguém se apaixonar? precisava de um plano.
- já sei!
-sabe?
- sim. preciso saber do que ele gosta. preciso entrar na mente dele. desse jeito posso encontrar uma mulher ideal. e sim Eleonor. pode-se comprar o amor. tudo tem um preço.
- Any, minha querida, nota-se que você nunca amou a alguém.
- claro que eu amo. A mim.
eu ri com confiança para Eleonor. já se passava uma semana desde a missão impossível. e ele não tinha se apaixonado. ainda....
mandei um recado para o senhor Jonhson para um chá. precisava conhecê-lo mais de perto.
as cinco em ponto ele chegou.
- Olá senhor Jonhson.
- lady Any.
- aceita tomar o chá no jardim.? lá é fabuloso.
- sim, como não?
fomos até os jardins. Eleonor já estava lá nos esperando.
- já conheceu a viúva do meu pai, lady Eleonor.
- muito prazer em rerve- lá. vossa graça.
- é um prazer senhor Jonhson. sente- se.
ele sentou e eu fiz questão de sentar de frente pra ele. não podia negar que o senhor Jonhson era um homem bonito. muito atraente. fazia o tipo da.maioria das mulheres. alto bonito, e atlético.
- hum rum....senhor Jonhson, o chamei porque precisamos conversar sobre suas preferências.
sei que o senhor tem uma certa aversão pela nobreza. poderia me explicar porquê?
- como sempre, muito direta lady Any. algo difícil de se ver na nobreza. gosto disso.
Eleonor notou algo diferente na mesa. o senhor Jonhson havia feito um cumprimento a Any, mas ela não havia notado. geralmente Any adora ser bajulada.
- não respondeu a minha pergunta, senhor Jonhson.
- sim. respondi. as pessoas nobres são falsas, esnobes, vulgares e egoístas. sem falar em seletivas, frias e materialistas. vivemos em uma sociedade de castas que exclui os desafortunados e bani da sociedades pecados cometidos por pessoas, quando os "banidores" cometem pecados piores. ou seja, uma sociedade nobre hipócrita.
Any ficou petrificada olhando para ele. obviamente ele estava falando da casta seletiva da própria Any. logo estava falando que ela era tudo isso também. Eleonor se preparou para a enchurrada de desaforos e maldições que Any iria soltar. ela viu Any respirar fundo. aquilo iria ser constrangedor.
- muito bem senhor Jonhson. o Sr. já deixou claro sua total falta de respeito pela nobreza desse país. como também tem a fiel ideia de que todo aquele que não é nobre é fiel, digno e honrado. o senhor está certíssimo. longe de mim descordar da sua santa sabedoria. mas vamos ao que interessa. qual o seu tipo de dama? e seja específico. cor de cabelo, cor dos olhos, tom de pele, altura...personalidades, calma, calada, agitada, coquete. enfim. diga-me tudo.
Eleonor não esperava por isso. Any estava sendo uma perfeita dama. não brigou, não gritou nem soltou nenhuma maldição! ou ela devia está muito desesperada ou não queria provar o ponto do Sr. Johnson.
- eu não tenho um tipo específico lady Any.
- todos temos Sr. Johnson. incluindo o Sr.
- não. não tenho.
- insisto. todos temos algo de atraente para achar em alguém, apenas me diga o seu.
- já disse. não tenho.
os ânimos estavam começando a ficar pesados. Eleonor não saberia muito bem o que dizer nesse momento. nunca tinha visto Any tão controlada e alguém batendo de frente com Any de forma tão firme.
- Any. essas coisas acontecem de forma natural. em sua maioria. se o Sr. Johnson não tem, é porque ele não tem.
- Eleonor, não seja condescendente com ele.
não era um bom momento. estavam travando uma guerra silenciosa de olhares.
- não tenho.
- não há nada que ache bonito em uma mulher?
- acho que é sentido comum uma mulher silenciosa. não um gosto ou tipo.
Any ficou vermelha na mesma hora. aquilo atingiu ela em cheio. agora sim, ela iria soltar as amarras do inferno que estavam segurando ela até agora. Eleonor viu Any respirar fundo.
- o Sr. não está me ajudando de propósito? o Sr. está burlando de mim?
Any se levantou da cadeira e estava preste a xingar o homem com todos os impropérios que ela conhecia.
- aprecio sua forma direta de falar. sua total falta de vergonha em falar o que pensa. me dá a sensação que posso confiar na senhorita.
de alguma forma Eleonor viu pela primeira vez Any se acalmar de forma instantânea. sua expressão mudou e ela voltou a sentar-se. aquele cena nunca vista antes por Eleonor a chocou.
- a mulher em questão nao sou eu. não precisa me elogiar.
- apenas aceite o cumprimento de bom grado.
- não me diga o que eu preciso fazer.
Any resmungou fazendo bico. parecia uma criança mimada que nao tinha uma resposta ao mesmo nível. aquela conversa absurda estava fazendo formar uma nuvem de pensamentos na cabeça de Eleonor. era. a primeira vez que ela vê alguém controlar Any de uma forma simples e sutil. o Sr. Johnson conseguiu algo que nem o falecido duque conseguia. controlar Any.
- vejo que a senhorita está de fato se empenhando para realizar o meu desejo.
- mas é claro. o legado do meu pai depende disso.
- confesso que não tenho sido de grande ajuda. acredito que posso aceitar um ou outro convite para bailes, se milady desejar.
o sorriso largo apareceu no rosto de Any e ela bateu palmas de forma animada.
- excelente! excelente! seria de grande ajuda! fabuloso.!! Eleonor ele finalmente aceitou!!
nesse momento Eleonor não estava muito interessada na felicidade de Any. já tinha visto ela sorrir várias vezes. ela estava concentrada no rosto do Sr. Johnson. no sorriso que apareceu imediatamente ao sorriso de Any e no seu olhar fixo sobre ela. sua expressão estava iluminada de uma forma que Eleonor só tinha visto no seu próprio marido quando disse pela primeira vez o quanto a amava.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Gigi Lucas
uau, adorei essa descrição!
2022-09-14
5
Gigi Lucas
"sim, respondi" foi ótimo kkkk
eu adoro ele
2022-09-14
1
Gigi Lucas
ai, flor. Não é bem assim que funciona. Não é equimensurável
2022-09-14
1