a casa era enorme. nunca tinha visto casa mais bonita. como alguém teria tanto dinheiro a ponto de manter uma casa dessas? eu estava nervoso. nunca quis esse título. na verdade meu pai uma vez me disse que tínhamos parentes distantes na nobreza mas nunca pensei que seria um duque, e ainda por cima o ducado de Beaufort. ele era um título antigo e poderoso de Londres. era muita responsabilidade para alguém e ainda mais um Zé ninguém que viveu sua vida inteira na América. eu não queria esse título. ele iria me amarrar em Londres. eu não estava disposto a ficar aqui mais que o nescessário. na verdade eu já tinha dito ao advogado Flits que eu não iria assinar papel algum. mas ele insistiu em pelo menos eu da uma olhada na casa. vê o que eu estava abrindo mão. ela era surpreendente. eu tinha que admitir. você não vê uma mansão dessas em New York.
de todos os ângulos era um palácio. era muito tentador. mas eu não podia ficar ali por muito tempo. eu tinha minha vida e não iria desistir do meu sonho por um ducado que eu nunca desejei.
estava admirando os jardins quando sentir uma presença atrás de mim. me virei e dei de cara com uma criada. ela parecia ser jovem e estava segurando ....uma pá?
- posso ajudá-lo mister?
- hã...na verdade estou só olhando.
- me perdoe mister mas essa é uma propriedade privada do duque de Beaufort. o senhor está invadindo.
- sim eu sei. é....como posso dizer...
- Emily! Emily!
a criada olhou para trás e ficou nervosa. alguém estava chamando e pela voz parecia com raiva.
- onde está essa maldita pá, Emily? onde está você afinal de contas? porque demônios demora tanto!???
nossa! nunca tinha visto alguém falar tantos impropérios em uma única fala.
- já estou indo mylady! senhor por favor se retire, se não vou ter que chamar os guardas.
olhei por trás da criada chamada Emily e a única coisa que vi foi um traseiro apontado para o céu. a mulher em questão estava de joelhos a uma distância de uns vinte passos.
nada mal o traseiro, mas não estava lá pra vê isso.
- senhorita eu sou Cristopher Jonhson, eu estou aqui....
- Emily! maldição! essa raiz irá sair na base do ódio!
- Jesus, ela nunca tem paciência para nada!
Emily sussurrou alto o suficiente apenas para eu escutar, devia está falando da lady em questão. muito provavelmente a filha do falecido duque.
de longe ouvimos ambos um grito, e aquele traseiro simplesmente caiu sentada com bastante força no chão.
- consegui! raiz maldita! eu venci! agora você irá queimar no fogo do inferno!
de longe ouvia-se uma risada maquiavélica ao ponto da histeria. a mulher era louca!
nessa hora ela olhou em nossa direção. apesar de está com um vestido simples e sujo de terra, os cabelos totalmente revoltosos por baixo do chapéu de palha e com uma macha de terra na bochecha era sem dúvida a mulher mais bonita e atraente que eu já tinha visto. não conseguia vê seus olhos pela distância mas isso não importava. suas bochechas estavam rosadas e sua cara de felicidade a deixava cheia de vida.
- Emily sua inútil! se eu estivesse esperando por você até agora essa raiz maldita teria ganhando!
mas apenas até ela abrir a boca e falar impropérios que toda sua beleza virava água.
ela se levantou com a raiz na mão e veio em nossa direção.
- você está parada coqueteano com a pá na mão! apesar dessa casa não ser mais minha eu ainda pago seu salário!
ela era arrogante, mal educada e prepotente. sempre odiei patrões que humilhavam seus funcionários. e pelo visto ela era dessas nobres mimadas e mesquinhas com os criados.
- me perdoe lady Any. eu não estava coqueteano. estava apenas ajudando esse moço que se perdeu.
ela se aproximou o suficiente para eu poder finalmente vê seus olhos. era cor âmbar. cor de mel. eram lindos!
- não estava coqueteano? porque não?
aquilo me pegou desprevenido. eu rir da ironia do momento.
-o moço é de boa aparência e parece ter todos os dentes.
ela me achava bonito? não, ela disse boa aparência, mas não era a mesma coisa?
- me perdoe lady Any.
a criada fez uma mesura ficou toda amuada.
- agora não importa mais. e o senhor, quem é? porque está invadindo as minhas terras? não abrimos pra visitação!
ela falava com tanta altivez e prepotência que minha vontade foi responder : suas terras? senhor Flits me dê esses papéis que eu assino agora.! pronto são minhas terras agora!
mas eu não ia fazer isso.
- estou apenas olhando. o senhor Flits disse que era uma linda mansão e ele tinha razão.
ela abriu os dois olhos surpresa. ao falar no nome do senhor Flits fez ela entender no mesmo momento quem era a minha pessoa.
- hmmm....
ela olhou pra Emily e falou muito a contra gosto.
- Emily limpe essa raiz. ela vai servir pra aquecer minha lareira por essa noite. agora!
a criada pegou a raiz, que era realmente grande e saiu. nesse momento olhei pra suas mãos e estavam sujas de terra, e suas unhas estavam pretas. uma dama não fazia esse tipo de trabalho. jamais se mostravam nessas condições para ninguém.
-hmmm então o senhor....hummmm...o senhor é....?
- encantado em conhecê-la lady Any. sou Cristopher Jonhson, seu criado.
fiz uma reverência por educação. ela continuou me olhando de surpresa seu rosto ia para raiva, depois triste, e depois surpresa de novo. seu rosto era bem expressivo. ela era muito bonita. como alguém pode nascer tão linda e tão arrogante e orgulhoso uma única vez?
- prazer senhor Jonhson. muito gosto. sou Any Collins.
- lady Any, muito gosto.
- não sou mais uma lady.
ela retrucou de forma seca. é claro que eu esperava um certo ódio, talvez até uns insultos. mas mesmo assim me deixou mal. não queria ser o objeto do ódio dela.
-hmmm... vejo que ainda não conversou com o senhor Flits.
- ele ficou de vim amanhã . como também ficou de me avisar sobrar sua chegada. não esperávamos o senhor até pelo menos semana que vem.
- sim. seria minha visita oficial.
- então essa é o que? uma visita espiã?
ela era uma mulher orgulhosa e ao mesmo tempo sem rédeas na língua. ela era altiva. foi educada pra isso. afinal ela era filha de um Duque. não precisava se preocupar com o que as outras pessoas iriam pensar dela, porque ela tinha status, dinheiro, posição social e títulos.
- bem, não seria educado da minha parte deixá-lo conversando debaixo do sol. além do que, minha cútis já sofreu demais com esse jardim maldito. me acompanhe por favor, senhor Jonhson.
então eu segui ela pelo jardim. me forçando para não olhar seu traseiro sujo de terra. mas infelizmente meu esforço foi em vão.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
Jaqueline Santos
que interessante
2022-08-20
2
Débora Alexandre
bonita história
2022-08-05
1