Minha Psicóloga

Minha Psicóloga

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...josh pov's...

Tomo outro remédio pela terceira vez no dia e me jogo na cama fechando os meus olhos. Minha vida desde quando meu pai morreu pelas mãos de minha mãe e a mesma ir internada por problemas mentais acabavam comigo mesmo depois de 2 anos do acontecido,eu me sentia fraco por não ter feito nada para ajudá-los,por não perceber que minha mãe estava doente e que precisava da minha ajuda.

Eu era um inútil

Todas as vezes que eu parava para observar um porta-retrato de todos nós três juntos eu me perguntava

Como tudo se desmoronou na frente dos meus olhos?

Eu era tão imbecil e imprestável a ponto de não perceber mesmo oque acontecido diante dos meus olhos?

Meu pai era incrível,45 anos,dono de uma lanchonete mais famosa da nossa cidade e o meu melhor amigo,sempre foi presente em todos os momentos da minha vida,desde os triste aos felizes,andávamos sempre juntos jogando ou conversando sobre tudo.

Minha mãe era totalmente o oposto,mesmo tendo alguns momentos de fotos e sorrisos ela era distante,se preocupava em ser a melhor médica do hospital em que trabalhava e quase nunca dormia em casa fazem um dos seus plantões de 24 horas ou 48 horas.

Sempre foi assim a minha vida inteira,mais eu os amava com todo o meu coração e os queria aqui,mesmo minha mãe indo para o trabalho toda vez e não ligando pra gente.

Me perguntava por qual motivo ela adoeceu,e ao ponto de matar seu próprio marido?oque tinha acontecido para que ela chegasse a tal ponto?

Eu não conseguia entender.

Só oque eu sabia era que tudo aquilo havia acabado de todas as formas comigo,sozinho,sem amigos,sem meus pais e com a depressão.

Eu realmente era um de um inútil.

••

Me sento no sofá sem a menor vontade de trabalhar,eu era dono da lanchonete em que meu pai era dono,mais eu não ligava mais para nada,parecia que nada mais importava naquele momento.

Repórter: as ruas de Los Angeles estão cada vez mais perigosa - diz séria com um microfone na mão olhando para a câmera - um homem é visto estrup - mudo de canal na mesma hora,tudo bem que era um jornal e era feito para falar sobre oque acontece no mundo mais porra era sempre aquilo? Sempre tragédias e tragédias?minha vida já era uma merda então eu não precisava ouvir mais desgraça que acontecia pelo mundo.

Aquilo era um pesadelo sem fim.

Me jogo para trás me deitando no sofá e olho para o teto,parecia que eu via tudo em preto em branco,era como se nada mais tivesse cor, quase como se estivessemos na época em que as imagens não tinham cor alguma. Nada tinha sentido,nem de viver tinha mais.

Pai morto,mãe louca e sem companhia nem para falar um a.

Suspiro tristemente e cruzo os meus braços ainda olhando para o teto branco,era uma porra aquela situação,ainda mais quando eu tinha que passar por ela sozinho,sem receber uma abraço de alguém e ouvir aquela pessoa te dizer que tudo ficará bem e que independente de tudo ela estaria ao meu lado

Mais eu não tenho mais ninguém,era apenas eu por mim mesmo.

Pra muitas pessoas a melhor companhia e amigo era nós mesmo mais pra mim aquela frase não tinha valor algum quando eu já estava afundado.

Muitas pessoas achavam que era algum drama ou um disfarçe que eu fazia para receber atenção e porra como podem achar isso depois de tudo que eu passei?

Ver minha família se desmoronando bem na sua frente e perdendo pessoas que amam era horrível,era uma dor imensa.

Eu odiava e amava minha mãe ao mesmo tempo, odiava a mesma por ter arrancado de mim o meu melhor amigo a sangue frio mesmo sem consciência dos seus atos e por ter se auto prejudicado assim e acabado tanto com sua vida quanto a minha e de meu pai,e a amo por que apesar de tudo ela ainda era minha mãe.

Eu queria entender seu lado mais era difícil pra caralho tudo aquilo.

Mais do que adianta ela me dizer do porque tudo aquilo? de qualquer forma o vazio no peito pela saudade do meu velho nunca iria embora.

Eu queria só um abraço e de poder chorar sem que ninguém se incomode com o barulho dos meus soluços e súplicas perguntando do porque a vida tinha feito algo assim comigo.

O amor era algo imaginário,que você acha que está acontecendo ali naquele momento,mais ele é o culpado por todas as desgraça que acontece,pois ele nunca existiu mais sempre arruma um único momento de afeto para iludir as pessoas,ele acaba com você aos poucos e o pior é que descobrirmos sempre tarde demais.

Eu nunca acreditei de fato no amor, exceto pelos meus pais,mais nunca de fato cheguei a amar alguém porque aquilo tudo era um passatempo destruidor.

E espero nunca amar alguém...

Me assusto com uma batida na porta de entrada me tirando do meu tempo de desabafo comigo mesmo e me levanto calçando os meus chinelos. Vou até a porta e franzio o cenho ao ver que não tinha nenhum ser humano por ali,esse prédio as vezes me dava medo.

Será que era um fantasma querendo me levar de uma vez? Se for por favor me leve.....

Olho para a baixo e vejo um cartaz branco,curioso o pego e fecho a porta novamente,não sabia quem havia o colocado ali mais naquele momento não me importava muito.

Suspiro ainda o segurando e me sento no sofá olhando para frente,oque quer que fale naquele cartaz estava me deixando nervoso e ansioso,como se eu precisasse ver e não ver ao mesmo tempo.

O dobro sem ler e o coloco na mesinha da sala,suspiro olhando para ele e me levanto indo até o banheiro.

••

Me jogo em minha cama com a respiração ofegante,estava tendo crise de ansiedade e mais uma vez estava tendo que passar por ela sozinho. Aperto o travesseiro tentando não me machucar na tentativa de calma e grunhi de raiva lembrando das imagens do meu pai morto no chão da sala a 2 anos atrás.

Flashback on

Acordo com gritos escandalosos no andar debaixo mais ignoro,com certeza era minha mãe brigando com meu pai porque ele não ajudava na casa,era sempre assim,minha mãe reclamava que meu pai não ajudava em casa mais ela em si não fazia nada,mais era algo normal sempre foi assim.

Me levanto indo ao banheiro e lavo meu rosto e escovo meus dentes,meu pai começa a gritar mais de novo eu reviro os olhos terminando de escovar meus dentes. Os gritos se prolongaram por longos e demorados minutos até tudo ficar em um total silêncio

derrepente alguém bate na minha porta e eu dou de ombros secando minhas mãos e minha boca.

Caminho até a porta devagar e dou um pulo para trás quando vejo minha mãe me olhar com um sorriso em meio as lágrimas enquanto suas mãos e seu vestido preto estavam manchados de sangue

Paula: seu pai querido - diz e sorri,olho para suas roupas sujas de sangue e os gritos de minutos atrás de meu pai ecoam pela minha cabeça.

Oque você fez? - pergunto com a voz trêmula e a mesma ri e olha para o teto - onde está o meu pai? - pergunto mais firme e ela apenas aponta para as escadas,vou até ela correndo e desço rapidamente indo até a sala. Minha respiração se torna rápida assim que vejo meu pai jogado no chão,cheio de sangue.

Oque você fez mãe?

Droga,droga - grito indo até ele e me ajoelho em seu lado,coloco sua cabeça em meu colo sujando minhas mãos de sangue - pai - o chaqualho - pai fala comigo pai - imploro sentindo lágrimas descerem de meus olhos - pai por favor acorda - imploro o sacudindo mais nenhum movimento é dado - por favor - imploro ainda o chaqualhando - por favor - grito mais nada acontece,os risos de minha mãe são dados lá em cima enquanto eu olhava para frente totalmente perdido.

Flashback off

Se eu não tivesse ignorado os gritos de meu pai na primeira vez que eu escutei nada daquilo teria acontecido,eu fui o culpado,eu fui o culpado,eu fui.

Minha mãe estava ficando louca mais nem eu sabia o motivo para ela ter adoecido,mais devia ter corrido atrás para saber se não nada disso teria acontecido,eu teria a ajudado a tempo de ter perdido meu pai.

Eu não sabia o motivo da briga deles que levou a morte de meu pai,e também não estava afim de saber,aquilo me machucava ainda mais toda vez que eu parava pra pensar naquilo.

Tento respirar embusca de estabilidade e depois de muito sacrifico consigo,me ajeito em minha cama deixando apenas as lágrimas molharem meu rosto enquanto fechava meus olhos.

••

Preparo meu café antes de sair para trabalhar e me viro para trás olhando para a sala,o cartaz que havia recebido ontem ainda estava dobrado ali,eu não havia o lido e sinto que não era a hora de abri-lo,era estranho mais sentia que alguma hora seria certo para abri-lo.

Isso é realmente estranho

Suspiro decidindo deixar aquilo de lado e a cafeteira apita indicando que meu café estava pronto,pego o copo e assompro um pouco meu café o esfriando e dou um gole logo em seguida, não sentia muita fome de manhã então apenas bebia alguns goles do meu café e já estava satisfeito.

Assim que me dou por satisfeito,deixo o copo na pia e vou até a sala pegando minha carteira,meu celular e as chaves do meu carro.

Já atrasado saio de casa e vou até meu carro abrindo a porta do mesmo,entro deixando minhas coisas no banco ao lado e ligo o carro saindo dali rumo ao meu trabalho,como dono da lanchonete do meu pai eu gerenciava tudo,ou seja,eu ficava com a parte mais burocratica e chata do lugar.

Depois de 20 minutos no trânsito,chego em frente a lanchonete,suspiro querendo minha casa e pego minhas coisas saindo do carro o trancando. Aceno para alguns funcionários e vou até o elevador apertando para o 6 andar.

Entro no mesmo assim que ele o abre e fico parado vendo a porta se fechar e logo o elevador subir. Abaixo a cabeça lembrando de quando vinha com meu pai aqui, conversavamos sobre tudo mais do que trabalhávamos.

Assim que saio do elevador vou até minha sala,uma das principais e entro fechando a porta. Franzio o cenho ao ver edina,minha secretária, sentada sobre minha mesa, passando as mãos em suas pernas em um ato malicioso.

Edina? - ela sorri,com o cenho franzido fecho a porta e cruzo os braços - oque faz na minha sala? - pergunto sério e ela desce da mesa lentamente vindo até mim.

Edina: vim para te ver antes de me sufocar em contas naquele computador - choraminga e eu suspiro me afastando dela que me olha confusa.

Sai da minha sala e vá ao seu trabalho por favor - peço de costas viradas para ela.

Edina: mais eu achei que - me viro novamente para ela mais sério ainda.

Vá para seu trabalho senhorita edina - falo mais firme e a mesma bufa me olhando feio,ela firma seus olhos em mim e vira as costas saindo da sala batendo porta - se quebrar algo será descontado do seu salário - resmungo e vou até mim mesa me sentando em minha cadeira.

[....]

Suspiro cansado enquanto entro em meu apartamento e fecho a porta jogando meus pertences no sofá,me sento no mesmo passando as mãos pelo rosto e meu olhar cai várias e várias vezes naquele cartaz.

Eu deveria o ver....

Mais não vou

Me levanto do sofá e subo as escadas indo até meu quarto,sorrio fraco ao ver aquele maldito porta retrato em família e abaixo a cabeça.

Fico assim por um tempo até decidir tomar meu banho. Vou até meu closet pegando uma peça de roupa e uma toalha limpa e vou até o banheiro fechando a porta.

Penduro a roupa e a toalha no suporte na parede e me olho no espelho observando minha própria fase.

"Eu estou tão orgulhoso de você meu filho,meu pequeno beauchamp"

Meus olhos começam a se mostrarem molhados pelas novas lágrimas do dia e eu fecho os meus olhos.

Aperto a lateral da pia com a raiva me apossando enquanto mais e mais lágrimas desciam de meus olhos.

"Voce é meu menininho josh,pode sempre contar com o papai pra tudo"

Aperto a pia com mais força e levanto a cabeça para cima.

"Que tal um passeio? vamos nos divertir junto"

Grito de raiva dando um soco na pia causando um barulho e começo a chorar sentindo meu peito apertar.

"Que letrinha é essa filho"

"É a letra A papai"

"Muito bem meu garotinho esperto,por causa disso você ganha um chocolatinho"

Me sento no chão abraçando meus joelhos e choro mais alto não me importando com mais nada.

"Vamos cantar a músiquinha do garotinho desobediente porque o senhor foi muito desobediente papai"

A lâmina no chão em baixo da pia aparece em meu campo de visão e eu enxugo minhas lágrimas me inclinando para pegá-la

A pego em minhas mãos sentindo a ânsia por usá-la afim de diminuir minha dor e a aproximo perto de meus braços.

O primeiro corte é fingado em meu braço me arrancando um suspiro, lágrimas ainda caiem de meus olhos.

Outro corte um pouco mais forte que o outro na lateral no meu pulso é dado por mim e eu não me mexo,eu não sentia mais a dor,ela já era mais do que familiar por mim.

Outro corte

Mais um corte

Um mais forte e meu braço já estava fraco,deixo a lâmina cair no chão e encosto minha cabeça na parede fechando os olhos apenas sentindo o sangue escorrer dos meus braços.

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Comments

Thay Silva

Thay Silva

boa noite

2022-07-16

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