Dois dias depois
14 de abril
Naquela manhã de segunda-feira fazia muito frio mais Dianna chegou cedo ao escritório, sorrindo começou a trabalhar. Era presidente da Industries Instones e adorava o que fazia, tinha força de vontade e determinação, desde que começou a dirigir a empresa do seu pai ela manteve-a em plena prosperidade, mas não era fácil encarar tudo que estava passando como um nada. Enquanto viajava em seus pensamentos alguém bateu na porta, ela despertou e disse:
- Entre.
- Bom dia Dindin! Beatris aqueceu uma mão na outra. Está frio hoje.
- Bom dia tia, como você está?
- É sobre isso que vim lhe falar, eu tenho alguns exames hoje à tarde e depois do almoço não votarei.
- Tudo bem, deixe a Martonelli em seu lugar.
- E você já marcou o casamento? Ela sorriu.
- Ainda não, David tem mais uma audiência do Hugo, depois disso vamos marcar sim, apesar de tudo, eu estou muito feliz.
- Bom, eu preciso trabalhar, aqui estão alguns contratos finalizados, preciso que você assine, mas tarde volto para pegar. Dianna observou Beatris se distanciar e fechar a porta, queria contar a ela o que aconteceu, falar do medo que sentia do Quércio aparecer novamente, mas não ia preocupa-la, depois voltou a trabalhar.
O resto do dia foi tranquilo para todos no escritório, Dianna voltou do almoço quase 15 horas, almoçou com David no Aigle Culte, e ele a fazia se sentir como uma verdadeira princesa, seu jeito doce e carinhoso a fazia esquecer de todo sofrimento que tinha vivido nos últimos dias. Duas horas mais tarde ela estava totalmente exausta, mas tinha que terminar seu trabalho, não queria acumular serviço para o dia seguinte. Mesmo depois que todos saíram ela continuou trabalhando estava decidida a terminar e logo David estaria lá para acompanha-la. Era quase 19 horas quando pegou as pastas para guarda-las, foi ate o deposito e quando retornou se deparou com Quércio, ele estava sujo e bêbado, aproximou-se dela e prendeu-a contra parede, ela começou a tremer e perguntou:
- O que faz aqui?
- Cala a boca vagabunda. Pensa que não sei, você me trocou por ele, por aquele cafajeste. Agora você vai ficar comigo para sempre e ninguém vai nos separar, ninguém vai tirar você de mim, vamos morrer juntos. Ele a segurou pelos cabelos e saiu puxando-a, mas ela começou a empurra-lo tentando sair dos seus braços.
- Me salte, está mim machucando, solte-me. Quércio tirou uma arma da cintura e com violência bateu nela abrindo o ferimento, ela sentiu o sangue escorre, sua cabeça começou a girar e suas vistas escureceram, desmaiou mergulhando num mundo obscuro e frio, seus pensamentos estavam inertes. Quando ela despertou, abriu os olhos devagarzinho e mal conseguia descobrir onde estava, observou ao redor, viu uma pequena porta de emergência e percebeu que estava na cobertura do prédio, tentou levantar, procurou por Quércio, não o viu e tentou fugir, mal conseguia caminhar direito, saiu cambaleando, quando empurrou a porta pensou, estou livre. Caminhou pelo corredor um pouco escuro a procura do elevador e avistou um telefone, correu para alcança-lo, suas mãos estava tremulas.
- Alô, alguém está ai, por favor alguém me ajude. As lágrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto, não conseguia pensar em nada e quase desmaiou novamente quando sentiu Quércio puxa-lhe os cabelos quase arrancando a cabeça do corpo.
- Não vai fugir de mim queridinha, não tem como fugir.
- Por favor Quércio pare, está me machucando, não precisa fazer isso. Eu faço tudo que você quiser. Ele riu ironicamente depois olhou para ela com ódio.
- Tarde demais. Realmente era tarde demais ele tinha engatilhado a pistola que segurava e encostou na cabeça dela, era uma nove milímetro semi automática, prateada. Ela estava em estado de choque, chorava sem parar e apartir daquele momento teve certeza que morreria, ninguém apareceu para salva-la, ela fechou os olhos e esperou que a bala lhe atravessasse a cabeça. Mas antes que Quércio atirasse dois seguranças apareceram e gritaram fazendo-o parar, ele atirou contra os seguranças, Dianna jogou-se no chão enquanto as balas passavam de um lado para outro, o barulho era estridente, ela tapou os ouvidos com as mãos quando sentiu Quércio puxa-lhe o braço. Enquanto isso David apareceu ofegante e mal conseguia falar.
- Vocês enlouqueceram, parem de atirar, podem mata-la. Ele olhou ao redor da escuridão onde havia um feixe de luz. Dianna onde está você? Quércio respondeu:
- Desgraçado! Vai vê-la morrer. De longe David pode observar que ele estava com a pistola encostado na cabeça dela e próximo demais da beira do prédio, se ele não pensasse rápido uma tragédia poderia acontecer. Mas antes que imaginasse alguma coisa Quércio se jogou do prédio e Dianna desapareceu com ele.
A Industries Snstones ficava no ultimo andar de um prédio novo, construído a menos de cinco ano, vizinho a um consultório médico, uma rua estreita, mas bastante movimentada. As pessoas andavam apressadas, eram quase 20 horas e todos queriam chegar em casa. De repente, como a neve fina que cai silenciosamente do céu o corpo de um homem espatifou na calçada, logo uma poça de sangue se formou em volta de sua cabeça, alguns curiosos ficaram em frente ao corpo imóvel de Quércio, enquanto outras pessoas espantadas observavam de longe. Enquanto isso na pequena cobertura do prédio David correu para alcançar Dianna que estava prestes a cai, ele a segurou com os dois braços, trouxe para perto de se e a abraçou, mas ela não se conteve em pé e desmaiou novamente.
Duas horas mais tarde
Ela estava no hospital quando Beatris apareceu, beijou-lhe e disse:
- Minha querida como está? Eu tenho uma grande surpresa para você. Ela sorriu. Vai te deixar muito feliz.
- O quê?
- Existem coisas na vida que simplesmente tem que acontecer, mas nunca esqueça que amo você. Enquanto conversavam Istela e Pedronne apareceram acompanhados com David. Beatris beijou-a novamente e despedindo-se saiu da sala.
Lá fora Beatris aproximou-se devagar, o carro estava estacionado numa esquina escura, ela abriu a porta traseira, entrou e sentou-se, recebeu um comprimento harmonioso e perguntou:
- Posso contar pra ela?
- Sim, porque ainda não fez isso?
- Eu pensei em falar, mas Istela e Pedronne chegaram.
- Hum, vá vê-la novamente e traga-a ate aqui. Ela balançou a cabeça e sorriu. Saiu depressa do carro e entrou no hospital novamente, no quarto David conversava com ela.
- David posso falar com Dianna à sós?
- Sim, claro, volto mais tarde. Dianna ficou parada olhando-a, esperando que ela falasse alguma coisa, ela sentou-se na cama sorrindo.
- Dindin você confia em mim?
- Tia, está me assustando. Ela continuou sorrindo.
- Confia?
- Sim, claro.
- Então venha comigo, prometo que não vai se arrepender. Beatris segurou-lhe o braço e saíram corredor à fora. Na rua elas correram ate a esquina onde estava estacionado um Audi preto, aproximaram-se e a porta traseira se abriu, Dianna parou depois olhou para Beatris que eufórica sorria.
- Vai Dindin entra, está chovendo. Ela entrou e ficou pasma olhando para Donville.
- Papai... E começou a chorar, ele carinhosamente a teve nos braços e chorou também.
Fim do Livro 1
Continua Livro 2
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Comments
Amanda
Agora é esperar pra lê o livro 2
2023-01-07
1
Walkyria Planas de Almeida
esperando a continuaçāo da história
2022-04-26
1
Fws
muito bom né. Ansiosa pelo livro
2022-02-02
2