1.

...Isabella Beckhan ...

      Só Deus sabia o quanto eu estava esperando pelo final de semana. Muitas pessoas poderiam pensar que eu estava ansiosa para ir à alguma festa ou fazer algo super divertido, mas não. Eu apenas estava exausta da semana de trabalho que tive e queria dormir por todos os cantos do meu apartamento. E assim eu fiz durante boa parte do meu sábado, até meu celular começar a tocar insistentemente.

   Resmungo e estico meu braço para pegar o aparelho.

— Alô? — atendo sem ver quem era.

— Isaaaa! — reconheci a voz de Bianca em um tom empolgado.

— Bia! Que animação é essa? Ganhou na loteria?

— Não, mas você ganhou.

— Como assim? — pergunto confusa.

— O que está fazendo?

— Estava dormindo. — me sento no sofá e passo a mão no cabelo na tentativa de arrumar alguns fios.

— Acabo de melhorar seu dia. Cheguei a pouco no aeroporto. Então, se você me ama, poderia levantar sua bunda gorda do sofá e vim nos buscar aqui?

— Bianca do céu, como assim você está em São Paulo?! — digo surpresa. — Por que não me avisou que viria com antecedência?

— Queria te fazer uma surpresa batendo na sua porta, mas perdi seu endereço. — fala parecendo decepcionada.

— Que ótima amiga. — rio ao perceber que Bianca continua atrapalhada. — Vou tentar chegar em meia hora, ok?

— Tabom, estamos te esperando. Beijos.

    Assim que finalizei a ligação, corri para o quarto e coloquei um moletom por cima da blusa do meu pijama e vesti uma legging, calçando o primeiro tênis que vi pela frente. Peguei a chave do carro, meu celular e sai do meu apartamento.

    No meio do caminho até o aeroporto me lembrei de algo que Bia disse "Estamos te esperando". Como assim, estamos? Com quem ela estaria? Namorado? Não, ela me contaria se tivesse arranjado um. Seus pais odiavam viajar de avião, então era pouco provável.

Seria alguma amiga? Não...Por que ela viria com uma amiga me visitar? Quem poderia ser...ah, não, o Nathan? Não, não podia ser ele.

Eu não saberia nem como reagir caso o visse. Ta que aquele sentimento que eu sentia nem existe mais, mas seria a primeira vez que eu o veria sem sentir nada.

    Faltando poucos minutos para que eu chegasse no aeroporto, liguei para Bia e pedi que eles ficassem do lado de fora, para que fosse mais fácil de encontrá-los.

Mesmo depois de 6 anos sem vê-la foi questão de segundos para que eu reconhecesse a cabeleira castanha de Bianca no meio daquele monte de gente indo pra lá e pra cá.

Encostei o carro e desci, correndo para lhe abraçar.

— Que saudade! Jamais ouse ficar tanto tempo sem vir me ver. — falei, em meio a um abraço apertado.

— Digo o mesmo a você.

   Quando nos separamos, pude enfim confirmar minha suspeita. Era ele. Depois de anos ele havia mudado tanto e ao mesmo tempo não havia mudado nada. Continuava lindo, só que agora mais amadurecido, másculo.

— Oi, Isabella. — ele sorriu pra mim.

— Na...than, oi. — merda, caguejei.

Eu não sabia se deveria abraçá-lo, comprimentá-lo com um aperto de mão ou se só simplesmente dar-lhe um "oi" era suficiente. Ele também parecia um pouco em dúvida, mas mesmo assim se aproximou e me deu um sutil e breve abraço que me permitiu sentir seu perfume amadeirado.

— Você está ainda mais bonita pessoalmente! Não acha Nathan? — Bianca indagou ao irmão e eu morri de vergonha, e isso deve ter ficado claro no meu rosto.

— É...está sim. — o moreno diz após me olhar de cima a baixo.

— Obrigada! — agradeci ainda envergonhada. — Vamos pra casa?

— Bom, eu vou ficar em um hotel, por enquanto. Não quero incomodar. — Nathan explica e eu nego imediatamente.

— Claro que não, eu moro sozinha, tem espaço para vocês dois.

— Eu falei para ele que você não se importaria. — Bianca disse de uma forma entediada para o irmão.

— De forma alguma. — confirmo. — Não tem necessidade de você ficar em um hotel e gastar dinheiro.

— Viu? — Bianca da uma cutucada no ombro do irmão. — Agora podemos ir? Estou cansada da viagem.

— Vamos!

    Nathan acaba concordando em ficar no meu apartamento e seguimos para o carro, guardamos a bagagem e entramos.

   Durante o caminho eles vieram me contando o porquê da viagem e o que pretendiam. Disseram que até então vieram para fazer uma visita as pessoas que haviam "deixado" aqui em São Paulo e que caso encontrassem um lugar legal para morar ficariam por mais um tempo. Isso de certa forma me animou, seria ótimo ter minha melhor amiga por perto novamente.

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Comments

Daisy Conceicao

Daisy Conceicao

poderia colocar fotos

2024-09-03

0

maria luciete

maria luciete

Aproveitando o frio da noite e começando a ler essa estória - 09/05/24

2024-05-10

6

Maria Benta

Maria Benta

iniciando às 23:09

2024-04-10

1

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