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ESTRELA

Fui caminhando devagar até a estação do metrô, poderia ter chamado um táxi ou ligado para Vicente vir me buscar mais neste momento queria estar sozinha.

Andar me alivia o estresse, consigo voltar ao normal após uma noite de trabalho.

Porque meu pensamento sempre me leva a ele?!

Não entendo como a gentileza de um estranho pode me afetar tanto, eu mau conhecia o Lucas.

Uma moça passa por mim com um saco cheio de pão de queijo.

Uma lembrança invade minha mente:

— Bom dia Lucas.

— Bom dia Erika. Dormiu bem?

— Nossa! E ainda me pergunta. Naquela cama confortável dormi igual um bebê. Tome fiz o café de agradecimento, tomara que goste.

Fico feliz ao ver o brilho de satisfação nos olhos dele.

Lucas é um homem bonito e gentil, se não tomar cuidado eu poderia facilmente me apaixonar por ele.

— Então????

— Olha Erika, estou com vergonha do sanduíche simples que te fiz ontem. O seu está dez vezes melhor, uma delícia.

Animada bato palmas.

— Já que gostou, então guarde espaço para os pãozinhos de queijo que estão no forno.

Encerro as lembranças...

Ele sabia o que eu era, mas a sua gentileza e simpatia

não deixaram eu me sentir uma mulher desprezível.

Não quero ficar me torturando.

Aquela vida nunca foi pra mim: um lar, um homem que me ama, uma vida honesta.

Tudo foi um momento que passou.

Paro diante da plataforma aguardando a chegada do metrô.

Lucas foi o único homem que não pediu meu corpo mas ganhou meu coração. Seu respeito comigo mesmo sabendo que eu era mulher da vida me fez querer sonhar alto, imaginando um futuro diferente.

Ele me tratou como uma dama.

Irônico não!? Eu fui tratada com respeito.

Deve ter sido por isso que eu cheguei a imaginar eu e ele... ah! Esquece!!

Erika se foi, agora é Estrela.

E Estrela não tem sentimentos bobos.

É isso oque eles são sentimentos bobos.

O vagão chega e eu entro nele, me sentando perto da janela e assim as portas se fecham.

O metrô estava praticamente vazio, não era o horário de pico.

Eu via como algumas pessoas me olhavam; pra elas era como se tivesse uma faixa na minha testa escrito “PUT@”. Ainda assim, eu me perguntava: “Quem são essas pessoas para me julgar? Elas são perfeitas?”.

LUCAS KING

Mais um dia de trabalho e logo hoje o meu carro amanheceu com o pneu furado. Para evitar chegar atrasado decidi pegar o metrô.

O bom de se morar no centro é que tenho todas as comodidades na palma da mão.

Não sou habitual de transportes públicos. O máximo que já peguei foi um táxi após a balada de tanta bebedeira.

Mais hoje resolvi testar minhas habilidades humanas.

Um King pode ne?

Desço até a a estação.

Vejo a sinalização indicando que uma locomotiva se aproxima, olho no telão o destino dela ainda não é o meu. Ela para e desce algumas pessoas e outras entram. Eu permaneço parado esperando a próxima.

Quando as portas sinalazam que vão fechar olho para a minha maleta e depois para o vidro da frente do vagão, ele começa a se mover lentamente.

Ao olhar uma das janelas vejo uma pessoa familiar, meu corpo congela. Nossos olhares se cruzam em fração de segundos, e noto que realmente é familiar, o metrô anda mais rápido eu começo a correr para ver melhor mas logo a locomotiva passou pelo túnel simplesmente indo embora.

Será que era ela?

Era a Erika?

Não... minha mente está cansada e estou vendo coisas.

Logo o segundo vagão chega e esse sim me levará ao meu destino.

ESTRELA / ERIKA

Meu coração está acelerado.

O homem que eu vi do lado de fora na plataforma era parecido com o Lucas.

O jeito que o rapaz me olhou, o brilho em seus olhos, estava um pouco distante e a locomotiva estava em movimento, será que foi coisa da minha cabeça.

Parecia tanto com ele.

O anúncio do alto falante indica que cheguei ao meu destino, então me levanto e espero o vagão parar.

Saio dali pensativa.

Chego em casa poucos minutos.

- Olha a dama, se divertiu?! A noite foi boa?

- Não estou com humor para suas brincadeiras Vicente.

Passo por ele.

- Nossa estrela pensei que ia estar de bom humor depois de uma noite quente.

Continuo andando sem olhar pra trás, ignorando-o.

Cheguei em meu quarto exausta, jogando a bolsa na cadeira e o sapato de lado. Por último me jogando na cama.

Penso na visão que tive.

- Era tão real. Parecia tanto com ele.

Coloquei as mãos no rosto tentando tirar a imagem da minha mente.

- Esqueci! Não era ele.

Me levanto e vou direto para o banheiro.

Ali jogo a peça de roupa da noite no cesto e me jogo debaixo do chuveiro quente, deixando meu corpo tenso relaxar.

___________________

Para aqueles que não sabem como tudo se iniciou leiam a história Sr King Henrique.

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Comments

saiva Martins

saiva Martins

meus deus auto-estima dela e pouco

2023-06-07

6

Eliziene

Eliziene

muito bom

2023-06-02

0

Altemis Alves

Altemis Alves

Eu li do King Henrique e estou gostando do King Lucas

2023-04-10

1

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