gostam de passar vergonha? seus imbecis

-abaixe essa espada Mag. a luta acabou.

- precisamos avisar a Lorena! capitão!!!

- sua garota estúpida, acredita que já não foi feito? realmente acredita que seu pai deixaria por isso mesmo?

Mag abaixou a cabeça claramente cansada. tinha sido uma luta cansativa e dolorosa. por mais estúpido que Dylan poderia ser ele batia com força e seu queixo amanhã iria está roxo. ela respirou fundo mais umas duas vezes e largou a espada. ela sabia que aquele soco de Dylan não se comparava com que estava por vim.

- levantem seu idiotas. gostam de passar vergonha? seus imbecis. levantem agora!

ambos levantaram, desengonçados e sujos de lama. pegaram cada um nos braços de Mag e arrastaram ela até o salão de refeições.

a cena era confusa. dois soldados sujos de lama , um com olho roxo e o outro com o braço sangrando e Mag no meio com a sobrancelha sangrando e um vermelhidão no queixou. estava claro que ela estava ali porque ela quis e não porque estava com dois soldados ao seu lado.

aquela cena só irritou ainda mais o Duque. como aquela menina ousava???

ele se levantou fazendo barulho ao arrastar a pesada cadeira em um salão silencioso. andou lentamente até onde ela estava e com toda raiva e humilhação sentida por aquela cena esbofeteou o rosto dela. Mag que, mesmo já esperando pelo golpe, caiu com força no chão. em uma luta por não perder a consciência e segurando o choro ficou imóvel esperando a vontade de pular cima do duque e soca-lo com toda sua força, passar.

- levantasse!

falou com voz baixa e profunda, o Duque. Mag tentou levantar com um mínimo de orgulho possível.

- que tipo de estúpida você é? já lhe proibi de está no campo de treinamento. por que diabos continua indo para lá? gosta de me desafiar? ou gosta do Gruydo? você deve adora-lo, não e? sua garota idiota!

Mag estava tremendo. ela odiava Gruydo, o açougueiro. se alguém tinha coragem de matar bois com as próprias mãos tinha mais do que coragem de espancar uma mulher. e ele batia com força. ele era o trunfo do duque, que sempre o usava para castigar a filha. um brutamonte de uma metrô e noventa com cento e setenta quilos de pura ignorância. o duque de La'Croer jamais sujaria as mãos com sua filha.

- agora você fica calada?

gritou o duque para todo salão, que estava em silêncio escutar. mais uma humilhação para lady Margareth que ela não iria esquecer.

-capitao. leve essa estúpida para o Gruydo. diga a ele que não tenha pena. quero você longe dos campos.

- meu pai.

chamou Edgar, o segundo irmão.

- perdoe minha intromissão, mas não seria o caso de casá-la? Margareth já passou da idade de casar. Lorena casou com dezesseis anos. se o senhor casá-la ela não será mais problema do senhor, meu pai.

- não seja estúpido Edgar, quem iria querer casar com uma aberração? ela já afugentou quatro pretendentes.

- agora quem está sendo idiota é você Nik. o problema se resolve facilmente. basta encontrar um homem com cunhões, não uns merdinhas iguais os que você arrumou para ela.

- silêncio os dois!

o duque estava sem a menor paciência para escutar uma discussão tosca dos filhos. mas Edgar tinha razão. já estava na hora de tomar as rédeas do futuro daquela peste!

- Edgar, deixo a você a responsabilidade de encontrar um marido com "cunhões" para sua irmã. sem importar a idade.

- aceito com muita honrar meu pai.

nesse momento Edgar se levantou e fez uma mesura. depois disso caminhou de forma felina até seu pai, falou baixinho para somente o duque ouvir.

- meu pai, sugiro mandar o Gruydo não lhe tocar o rosto. ela já tem hematomas suficientes. Será difícil casar uma mulher deformada.

seu pai fungou contrariado. de todos os seus filhos Edgar sempre foi o mais inteligente. ele sempre via coisas que a maioria deixava passar, incluindo o duque. as vezes era útil, outras vezes apenas irritava seu pai. o duque não gostava de saber que seu filho era mais inteligente que ele próprio.

- capitão Locke, não deixe o Gruydo tocar-lhe o rosto - apontou para Margareth- apenas em lugares onde o vestido possa cobrir.

- sim vossa graça.

Margareth odiava os irmãos. mas quem mais ela odiava era Edgar. ele era o pior. frio e calculista. ela sempre teve medo dele.

os soldados pegaram Margareth pelos braços e levaram ela para fora do salão. o silêncio reinava no ambiente mas ninguém jamais diria que a punição dela era muito pesada, e obviamente ninguém diria também, que o duque era muito duro com a própria filha, apesar de todos acharem isso.

- ao senhor não importa o meu castigo? realmente não tem a menor empatia por essa jovem preste a levar uma surra de criar bicho? Veja bem capitão, o senhor estaria disposto a apostar quantas moedas de ouro que eu não irei pedir clemência?

a resposta do capitão Locke foi o silêncio.

- vamos lá capitão. o senhor não é tímido. Dylan seu babaca, não me empurre. eu sei o caminho, não é minha primeira vez no açougue.

- a culpa é sua lady Mag.

- " a culpa é sua lady Mag" - Mag repetiu imitando a voz de Dylan- sempre é, não é mesmo?

- silêncio.

falou gravemente o capitão Locke.

- entre lady Margareth.

- não vai aposta nem uma moeda de prata? sério? nadinha?

- eu aposto que vc pede perdão no segundo soco!

debochou Twuin.

- calado idiota. - gritou o capitão socando o braço ferido do soldado.

- lady Margareth por favor, apenas obedeça seu pai. sua vida será mais fácil se o fizer.

- capitão Locke, o senhor é um bom homem, apenas escolheu o homem errado para ser fiel.

o capitão Locke olhou bem no fundo dos seus olhos. ele gostava daquela menina atrevida. lhe doía o peito em saber que sofreria um castigo pesado demais para ela. mas ele não poderia fazer nada. como ela disse, ele tinha escolhido o homem errado para ser leal.

ele deu as costas par ela e saiu do quartinho fechando a porta. Margareth ficou esperando aflita a chegada do Gruydo. o quarto era um pouco escuro mas já estava acostumada com a escuridão do ambiente. tinha um odor terrível pois era ali que Gruydo guardava o resto da carcaça que não era vendida. um lugar fétido e putréfico.

Mag ouviu passos e a porta abriu lentamente. seu sangue gelou. seu castigo ia ser doloroso, lentamente doloroso. olhando pra cima ela avistou a pessoa na porta. só que não era Gruydo. era... Edgar?

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