Megan, uma bailarina etérea, flutuava em um mar de expectativa. O dia mais esperado havia chegado. Ela se sentia como uma estrela prestes a nascer.
Ela se encontrou diante de três jurados, sentados em tronos de madeira escura, adornados com detalhes em ouro e pedras preciosas. Seus olhos pareciam sugar a alma de Megan.
A música começou, e Megan dançou. Seus movimentos eram graciosos, seu corpo se contorcendo em uma dança elegante. A luz do palco a envolvia, tornando-a quase divina.
Mas, aos poucos, o esforço começou a se manifestar. Suas pernas tremiam, seus pés começaram a doer. Gotas de suor escorriam por seu rosto. A dor se espalhava por seu corpo.
E então, os candelabros começaram a tremer. As sombras nas paredes pareciam se mover. O ar ficou pesado, cheio de expectativa.
Seus pés começaram a sangrar, primeiro em pequenas gotas, depois em rivuletes vermelhos. Megan continuou dançando.
Os jurados assistiam hipnotizados, seus olhos brilhando com uma luz sinistra. Um deles moveu sua mão discretamente debaixo da mesa, acariciando sua parte íntima.
Ela continuou dançando, até se desfazer em dor, gritando como um animal. Seu corpo se contorce. O cansaço abateu. O ápice da sanidade sangra pelos seus olhos. Os jurados assistem, apreciando apresentação, a arte intimista da bailarina. Megan solta um grito endurecedor. E cai no chão.
As luzes se apagam.
Dois jurados, o homem e a mulher, saem de seus lugares. O terceiro jurado permanece sentado, fazendo movimentos rápidos com suas mãos debaixo da mesa.
Os dois jurados se aproximam do corpo de Megan, agora inerte. A mulher beija os lábios frios do cadáver. O homem acaricia seus pés. O homem cantarola uma canção de ninar. A mulher o acompanha, enquanto acaricia os cabelos e o rosto da moça. O homem se aproveita do corpo
Sangue começa a escorrer dos olhos e cabeça do homem e da mulher, enquanto eles abusam do corpo de Megan. Ambos sangram por todo o corpo, até a cabeça de ambos explodirem.
Jurado na mesa chega ao ápice do seu prazer perverso. Ambos os jurados, cobertos de sangue. Perdem a vida, seus corpos mortos se juntam aos da bailarina
O terceiro jurado enquanto estava sentado se levanta. Vai para o palco e observa os seus corpos e a inundação de sangue pelo palco.
— Campo de sangue, campo de sangue. Mil rotas e uma trilha. Tão jovem, tão querida. Ah, ah vida. Liberdade é prazer, e sinto gosto tão doce da sua juventude minha jovem. Você .e deu prazer, o prazer tão doce e pleno. Oh querida, o seu cheiro é tão bom. Eu quero mais, quero muito mais. Você me deu prazer — O terceiro jurado agacha, e segura o corpo morto de Megan, com outros dois cadáveres com as suas cabeças explodidas. O jurado ergue os braços para cima, e estrala os dedos.
Tudo se apaga.
Os três jurados estão sentados novamente, impassíveis. Porém, são novos jurados.
"Próximo!", ecoa uma voz.
A espera pelo próximo participante começa.
A noite é eterna.
E a dança, fatal.
A escuridão envolve tudo.
O silêncio é ensurdecedor.
Mas, em algum lugar, uma nova bailarina se prepara.