A história se desenrolou em uma pequena cidade marcada por sombras e sussurros, onde um grupo de adolescentes alimentava uma paixão insaciável por explorar os mistérios de edifícios mal assombrados. Cada um deles trazia consigo um talento peculiar que tornava suas aventuras ainda mais inquietantes.
Konli, o fotógrafo audacioso do grupo, era conhecido por sua ousadia imprudente. Sempre desafiando os limites do que era seguro, ele capturava a essência dos lugares esquecidos com sua lente, revelando histórias enterradas nas sombras. Contudo, suas fotos frequentemente traziam algo mais... ecos de almas perdidas que pareciam se manifestar nos cliques.
Mily, a mente brilhante do grupo, possuía uma curiosidade insaciável por história e arquitetura. Seu fascínio pelos segredos obscuros muitas vezes a levava a mergulhar em livros antigos e relatos de terror. Sua melhor amiga, Sarah, uma jovem cientista fascinada por fenômenos inexplicáveis, frequentemente ajudava Mily a desvendar enigmas que deveriam permanecer enterrados. Juntas, elas despertavam forças que estavam há muito tempo adormecidas.
Lucas era o criador de conteúdo que adorava gravar as experiências do grupo em busca do sobrenatural. Com sua câmera sempre pronta, ele capturava não apenas momentos intensos e assustadores, mas também os sussurros sombrios que pareciam seguir cada um de seus passos. Sua comunidade online ansiosa por aventuras paranormais mal sabia que suas gravações atraiam algo maligno para perto deles.
Evelyn, a artista sensível, encontrava inspiração nas paredes descascadas e nas histórias silenciosas dos lugares que exploravam. Seus quadros eram um reflexo da beleza encontrada na degradação, mas também carregavam uma sensação opressiva de tristeza e desespero – como se as almas dos antigos moradores ainda habitassem cada pincelada.
Por último, mas não menos importante, Emilly era a atriz sonhadora que transformava cada exploração em uma performance emocionante. Com seu talento natural para contar histórias, ela dava vida aos relatos que surgiam durante as aventuras. Contudo, havia algo em sua atuação que às vezes parecia mais como uma invocação do que uma simples dramatização.
Certa manhã, Lucas navegava pela internet quando se deparou com uma história que o deixou inquieto: um prédio envolto em mistério e terror absoluto, amaldiçoado há muito tempo. Diziam que aqueles que ousassem cruzar suas portas nunca mais seriam vistos – devorados pelas trevas que habitavam suas paredes. Sem pensar duas vezes e movido pela adrenalina do desconhecido, ele compartilhou essa descoberta macabra com seus amigos, sem imaginar que estava prestes a abrir as portas para um pesadelo.
A proposta era ousada: passar cinco noites naquele prédio mal-assombrado. O que deveria ser uma aventura se transformaria em uma luta pela sobrevivência, onde cada sombra poderia esconder um segredo obscuro e cada sussurro poderia ser o prenúncio de algo aterrorizante.
*Um dia depois*
Ao chegarmos ao local amaldiçoado, o edifício se ergueu diante de nós como um gigante sombrio. Suas janelas quebradas pareciam olhos vazios nos observando, enquanto uma brisa gélida sussurrava segredos obscuros.
“E aí, quem vai entrar primeiro?” perguntou Konli, sua voz trêmula traindo o medo que tentava esconder.
“Hahaha, sério isso? Estão com medo? Eu entro!” declarou Sarah com um sorriso desafiador, mas sua bravata soava vazia e frágil.
"Você tem certeza de que queremos fazer isso?" perguntou
Sarah, hesitando na porta entreaberta. O olhar dela estava distante, como se visse algo que os outros não podiam.
"Vamos lá! É só um prédio velho. O que pode acontecer?" Lucas respondeu, tentando esconder seu próprio medo atrás de uma fachada de bravura.
Então atravessamos a porta...
Assim que Mily passou pela entrada rangente, uma sombra pareceu deslizar ao seu lado. Algo estava errado; seus lábios murmuravam palavras em um tom baixo que não poderiam ser claramente ouvidas.
“Gente, estou com um mau pressentimento!” Mily disse, sua voz tremendo como uma folha ao vento.
“Haha, já vai desistir? Medrosa!” zombou Konli, mas havia um nervosismo palpável no ar que não podia ser ignorado.
Enquanto exploravam o primeiro andar, um barulho vindo do andar de cima cortou o silêncio que pairava sobre aquele lugar. Era um som arrastado e irregular, como se alguém estivesse puxando algo pesado pelo chão. Eles trocaram olhares nervosos.
"Foi só o vento," Lucas tentou se convencer, mas sua voz tremia e ele sentiu um arrepio percorrer pelo seu corpo.
Evelyn começou a subir as escadas rangentes, cada passo ecoando mais altoz degrau a degrau, como um chamado para o desconhecido. Emilly hesitou por um instante, mas seguiu atrás. Ao chegarem ao segundo andar, encontraram uma porta entreaberta com uma luz fraca emanando de dentro — uma luz que parecia pulsar.
"Devemos entrar?" Emilly sussurrou, já sabendo da resposta enquanto seu coração batia acelerado.
"Claro! É agora ou nunca!" Evelyn afirmou com determinação, mas sua voz soava mais como um desafio à própria coragem.
Eles entraram na sala iluminada e ficaram surpresos ao ver um antigo diário em cima de uma mesa empoeirada. As páginas estavam amareladas e algumas escritas à mão pareciam contar a história trágica de alguém que havia vivido ali há muitos anos — alguém que havia sido amaldiçoado.
"Olhem isso!" Milly exclamou, folheando as páginas. Mas assim que ela leu em voz alta uma passagem sobre a maldição que pairava sobre o prédio, as luzes começaram a piscar violentamente e um vento gelado atravessou a sala. O ar ficou pesado e opressivo.
De repente, ouviram risadas distantes e sussurros ecoando pelas paredes — vozes distorcidas que pareciam se aproximar cada vez mais. As portas começaram a bater sozinhas e a temperatura despencou.
“Precisamos sair daqui!” gritou Lucas enquanto tentava manter a calma. Mas antes que pudessem se mover, uma sombra escura surgiu no canto da sala, contorcendo-se como se tivesse vida própria.
**PRIMEIRA NOITE...**
Eram quase meia-noite quando o relógio começou a tocar de forma perturbadora. Uma sensação de desespero tomou conta de mim enquanto meus pensamentos ecoavam: "O desespero está com você". Os minutos se arrastavam como se o próprio tempo estivesse contra nós. Então escutei barulhos estranhos nos corredores – passos pesados e arrastados que ecoavam pela escuridão. Não poderia ser um de nós; já passava das 02:00. A tensão crescia em meu peito e eu me perguntei se estava perdendo a sanidade. Fechei os olhos novamente quando ouvi um som aterrorizante na porta: *tock, tock*! Fui ver quem era, mas não havia nada. O corredor estava mergulhado em sombras impenetráveis.
Às 02:35...
Um riso infantil cortou o silêncio da noite como uma lâmina afiada. Era uma menininha! Ela ria suavemente e sussurrava atrás da porta: "Lucas, abre a porta! Vem brincar comigo." A voz dela soava doce e sedutora, mas havia algo profundamente perturbador naquele chamado. Era impossível; estávamos sozinhos naquele prédio desolado. O pânico começou a subir pela minha garganta enquanto mais uma vez eu ouvi os batimentos na porta; desta vez eu não fui atender. Sabia que aquilo não era real – ou seria? Alguma força obscura estava tentando me fazer acreditar na loucura.
*Amanhecendo...*
Em todas as portas, marcas de sangue formavam uma cena macabra, e em letras tortas estava escrita a seguinte frase: "Saiam do prédio ou irão conhecer o desespero e a morte." O medo gelado percorria minha espinha! Quem teria ousado escrever aquilo? Fui contar o que havia acontecido na noite passada, mas todos permaneceram em silêncio, como se temessem quebrar um feitiço sombrio. O silêncio era ensurdecedor! Eu só queria escapar daquele lugar e voltar para minha família. Mas Konli, com um sorriso que não chegava aos olhos, disse que não podíamos fazer isso. Ele zombou, afirmando que era tudo fruto da minha imaginação. Afinal, ele tinha razão. ou não…
As horas do segundo dia se arrastavam como se o tempo houvesse perdido seu sentido. Algo estava profundamente errado; o silêncio era opressivo, e nem uma única palavra ousava romper a tensão. À medida que o dia se transformava em noite, uma sensação de pavor começava a se instalar em meu peito. Eu sabia que precisava me preparar para a escuridão que se aproximava, mas a incerteza do que me aguardava naquele lugar demoníaco tornava meu coração acelerado e minha mente em frangalhos. O que surgiria das sombras para me amaldiçoar? As paredes pareciam sussurrar segredos malignos, e eu temia que a próxima noite fosse marcada por horrores inimagináveis.
*SEGUNDA NOITE…*
Eu sabia que passaria a noite em claro, imóvel na escuridão, enquanto uma presença maligna se aproximava. O ar estava pesado, como se a própria atmosfera estivesse impregnada de um terror indescritível. Meu coração batia descompassado, e cada estalo da casa parecia ecoar como um aviso sombrio. Algo estava lá fora, espreitando nas sombras, e a sensação de que de presença maligna naquele lugar era sufocante. A cada respiração, a angústia aumentava, como se as trevas estivessem se aproximando lentamente. O que quer que estivesse vindo não traria nada além de desespero.
Eram 02:05 quando ouvi uma voz na porta do meu quarto sussurrando: "Deixe-me entrar... Deixe-me entrar, abra a porta!" Tentava me convencer de que era apenas minha mente pregando peças. "Não é real! Nada disso é real." Mas cada passo em direção à porta me deixava mais paralisado de medo; aquela voz tornava-se cada vez mais insistente: "Abra! Abra a porta!" E então cedi ao impulso e abri a porta. O vazio me encarou. Fechei-a rapidamente, mas foi então que percebi: algo estava ali. Um ser envolto em uma capa negra pairava no ar; seus olhos brancos e arregalados eram buracos sem fundo. Ele me empurrou com força, tapou minha boca e sussurrou com uma voz gélida: "EU ESTOU COM ELA." A porta se abriu como se tivesse vida própria e eu fui lançado para fora, tomado pelo desespero. Então, o grito aterrador de Sarah ecoou pelos corredores.
O corredor estava mergulhado em trevas profundas. Eu corria sem direção, buscando o quarto de Konli enquanto o grito de Sarah reverberava como um lamento distante. Chegamos ao seu quarto, mas era tarde demais; ela já havia desaparecido, e os gritos continuavam a ecoar na escuridão! Quando o relógio bateu 02:35, um silêncio mortal tomou conta do lugar.
Sabíamos que algo maligno havia levado Sarah, e a angústia se transformava em desespero à medida que nos perdíamos naquele prédio sombrio. Cada passo ecoava como um lamento, e a sensação de que estávamos sendo observados crescia a cada instante. Procuramos em cada canto, em cada quarto, mas o vazio era absoluto; Sarah estava ausente, como se as trevas a tivessem engolido. O dia já começava a amanhecer, mas a luz não parecia trazer esperança; ao contrário, revelava sombras ainda mais profundas. O ar estava carregado de um silêncio opressivo, e uma sensação de que algo nos espreitava nas sombras tornava nossa busca ainda mais aterradora. O que poderia ter feito isso com ela? O que estava esperando por nós?"
O dia amanheceu, mas a luz parecia se contorcer em horror. Na porta de Mily, o corpo de Sarah estava enforcado, pendendo como uma marionete sem vida, seus membros torcidos em ângulos impossíveis. O sangue escorria lentamente pela madeira da porta, formando um padrão grotesco que parecia desenhar uma mensagem sinistra: 'Eu a arrastei para o inferno.' A realidade daquele momento nos atingiu como um golpe brutal; aquele lugar era realmente possesso.
O grito de Mily rasgou o silêncio, ecoando como um lamento agonizante pela morte de sua melhor amiga. A culpa a devorava, uma sombra implacável que a seguia a cada passo. Em um acesso de desespero, ela correu para fora do prédio, mas sua fuga se transformou em um pesadelo ainda mais profundo quando um carro surgiu do nada, atropelando-a com uma brutalidade insana. O impacto foi tão violento que sua cabeça foi decepada para fora do seu corpo como se lâminas afiadas a decapitassem.
Mais uma vida ceifada! O desespero nos envolveu como uma névoa densa; lágrimas escorriam como rios de dor e impotência. A certeza de que seríamos os próximos a sucumbir àquela força maligna nos assombrava incessantemente. Ninguém estava a salvo; éramos meros brinquedos nas mãos de um poder obscuro e insaciável, prontos para serem devorados pela escuridão.
*TERCEIRA NOITE…*
Na terceira noite, nos reunimos nos quartos, cada um se acomodando juntos, como se isso pudesse nos proteger.
Já passava da meia-noite quando o grito aterrador de Mily e Sarah ecoou lá fora. Era uma agonia de dor e sofrimento que cortava a alma. E então, vimos as duas morrerem, a cena em nossa mente. O relógio marcava 00:01 quando um rio de sangue começou a escorregar por debaixo da porta, invadindo o quarto e nos arrastando para a escuridão. Nós afogando nele as escuras lutavamos para sobreviver.
Quando olhei ao meu redor, percebi que Evelyn e Emilly havia sido levada pela correnteza de sangue. Às 00:23, tudo parou, mas a calma era apenas uma ilusão. O que antes éramos 6 se tornara apenas 2. Nossos amigos estavam sendo eliminados um por um, como peças de um jogo macabro.
Foi então que eu e Konli ouvimos uma risada vinda da porta, uma risada hipnotizante que parecia nos chamar. Precisávamos ser fortes e corajosos! Mas não consegui resistir; aquele riso me atraía como uma mariposa para a chama. Quando abri a porta, deparei-me com Evelyn, ensanguentada e com uma faca enfiada em seu peito. Atrás dela estava uma criatura sombria, um demônio que nós chamava pra fora!
Konli, em um ato desesperado, me empurrou para dentro do quarto, salvando-me naquele momento fatídico. Mas ele não pôde ser salvo! A coisa arrastou Konli pelo corredor, e eu só pude ouvir seus gritos agonizantes pedindo por ajuda.
Com o amanhecer se aproximando, eu estava perdido em meio ao terror. As luzes do corredor piscavam incessantemente, criando sombras dançantes ao meu redor.
E no fundo do corredor, vi uma menina com uma boneca suja de sangue que me olhava fixamente. Ela me chamava para me aproximar dela. Sem pensar, desci as escadas atrás dela e encontrei Emilly morta estirada no chão.
MANHÃ DO QUARTO DIA…
Quando o sol começou a despontar no quarto dia uma presença envolveu o andar de baixo. Duas velas negras tremulavam na penumbra, suas chamas dançando como almas atormentadas, enquanto quatro outras jaziam apagadas, como os últimos suspiros de nossos amigos que haviam desaparecido nas sombras.
Avancei cautelosamente e logo percebi que não estava sozinho. Konli, em um estado lastimável, apareceu diante de mim. Seus braços e pernas estavam amarrados, e seu corpo estava coberto de feridas ensanguentadas que contavam histórias de dor e desespero. O olhar dele era vazio, como se uma parte de sua alma tivesse sido arrancada. A sensação de que algo maligno ainda vagava por ali me envolveu.
QUARTA NOITE…
Entramos no quarto, buscando abrigo por que a noite se aproximava. As horas se arrastavam, transformando aquela noite em um pesadelo interminável. A atmosfera era pesada, e a incerteza pairava sobre nós como uma nuvem negra e ameaçadora, pronta para desabar.
Percebi que Konli havia silenciado. Quando olhei para ele, meu coração disparou: estava sentado, com o olhar fixo na porta, um olhar vazio e aterrador que parecia atravessar a realidade. Ele não desviava os olhos por nada; parecia hipnotizado por uma presença invisível e maligna. De repente, sua risada ecoou pelo silêncio da sala, uma risada maníaca que ressoava como um grito ensurdecedor no vazio.
"Konli! Acorda!" gritei, mas ele não ouvia. Seu riso frenético se intensificava enquanto palavras desconexas escapavam de seus lábios, como se ele estivesse conversando com forças que só ele podia ver. E então começou a cantar uma canção macabra que me arrepiou até os ossos...
Assim...
1, 2, não olhe para trás;
3, 4, não adianta mais correr hahaha;
5, 6, Lucas chegou a sua vez;
7, 8, 9, 10... vamos puxar seus pés.
O olhar dele se tornou negro. A canção sussurrava para mim que era minha vez agora. O terror me paralisava; eu não entendia o que estava acontecendo!
Konli correu em direção à gaveta e agarrou uma tesoura reluzente que refletia. Em um estado de delírio absoluto, repetia:
"Não é real! Nada disso é real!"
"Não é real! Nada disso é real!"
"Não é real! Nada disso é re…."
Mas antes que pudesse terminar a frase, cravou a tesoura em sua própria garganta. O sangue espirrou como uma torneira aberta, jorrando sangue nas paredes.
Eu já não sabia mais o que fazer. A culpa me consumia como uma sombra insaciável; eu havia levado todos os meus amigos à morte. Tudo por causa de uma idiotice, um desejo insensato de explorar prédios mal-assombrados, locais onde a própria escuridão parecia respirar. Havíamos mexido com forças que não pertencem a este mundo, e agora estávamos pagando o preço.
As paredes sussurravam segredos obscuros, e cada passo que dávamos ecoava como um lamento distante. Olhos invisíveis nos observavam, e a presença de algo maligno se tornava palpável, envolvendo-nos em um manto de terror. Eu podia sentir a morte à espreita, pronta para me engolir.
A lembrança dos rostos dos meus amigos, agora distorcidos pela dor e pelo desespero, assombrava minha mente. O riso que compartilhamos se transformou em gritos agonizantes, enquanto a escuridão se fechava ao meu redor. Era tarde demais para voltar atrás; havíamos cruzado um limite que nunca deveríamos ter ousado atravessar.
Agora, tudo o que restava era o eco do nosso erro. A culpa me esmagava e a certeza de que nunca escaparia daquilo me fazia sentir o frio da morte em cada fibra do meu ser.
Amanhecendo, o corpo de Konli havia desaparecido; algo maligno o havia levado. Nove horas da manhã, e a fome me consumia como uma sombra faminta. Quatro dias sem um único pedaço de alimento, e a sanidade começava a escorregar entre meus dedos.
O desespero me envolvia como um manto pesado. O medo de sucumbir à mesma sorte me deixava paralisado, como um inseto preso na teia de uma aranha voraz. Decidi que não sairia daquele quarto maldito.
Então, o rádio estourou em estática, e uma voz infantil ressoou, cortando o silêncio:
**"Ajuda... ajuda..."**
Era uma garotinha, sua voz doce agora distorcida e grotesca: "Por favor! Por favor! Me ajuda, Lucas, hahaha!"
A risada dela era como a lâmina de uma faca cravada em meu coração, dilacerando a escuridão que me cercava.
"Eu quero meus amigos de volta!" gritei em desespero, minha voz ecoando no vazio.
"Eles estão mortos, a sua carne já apodreceu," ela sussurrou baixinho, suas palavras como veneno no ar.
Vinte minutos se passaram sob o som agonizante do tictac do relógio, e eu ouvi barulhos pelo corredor — algo se arrastando lentamente em direção a mim.
Eu podia ouvir as almas dos meus amigos clamando por socorro, e o rádio se ligou novamente. A mesma voz perversa falava novamente: "Você quer seus amigos de volta?"
Permaneci em silêncio, meu coração batendo descontrolado. Até que…
Nesse instante, a porta se partiu em mil pedaços sob a força de uma tempestade sobrenatural e os 5 mortos arrastaram-se para cima de mim… Corri para baixo enquanto aquela voz sussurrava: "Saia... saia do prédio..." Mas se eu saísse, seria meu fim — eu não queria morrer.
Quando gritei "eu me rendo", a menina apareceu ao meu lado com uma boneca ensanguentada e me entregou uma faca.
Com as mãos trêmulas e o olhar vazio da morte diante de mim, peguei a faca e a coloquei no meu pescoço. Ela começou a contar:
1...
2...
E...
A lâmina cortou minha pele enquanto eu corria de volta para o andar de cima.
Estava prestes a deixar o prédio quando vi aquele demônio negro na porta, segurando a cabeça de Mily com um sorriso macabro que parecia irradiar malícia. Ele não parava de rir para mim. O medo? Era seu poder absoluto sobre mim.
Continua…