A seis anos atrás, eu estava no mais fundo poço. Estava tão escondida na minha própria tormenta que, quando Deus falou comigo dizendo que eu seria missionária, minha única reação foi questionar o porquê de Deus me colocar para ser aquilo que eu não estava conseguindo fazer nem por mim mesma. Eu queria gritar e chorar, dizer que, pela primeira vez, Deus errou comigo. Lembro como se fosse ontem: eu entrando no meu quarto, dobrando os meus joelhos e questionando, dizendo em voz alta: “Não faça isso comigo, eu não tenho força nem para me salvar, não tenho forças para suportar o processo, imagine salvar outras pessoas.” Depois, eu chorei. Chorei tanto que dormi ajoelhada. No outro dia, vejo a mensagem da minha líder dizendo que orou por mim; ela disse que Deus havia falado com ela: “Diga a minha filha que ela será uma pescadora de almas e eu serei a força que ela precisa. Estou renovando cada pedacinho dela.” Eu chorei. Não foi de tristeza, foi de alívio. Ele me respondeu, ele não me abandonou.
Hoje, seis anos depois, vejo que não foi o meu fim; foi só o começo da melhor coisa que Deus poderia ter feito por mim. Ele havia me enxergado além da tormenta. Hoje, eu estou voltando depois de quatro anos da minha primeira viagem missionária. Estou tão feliz que a alegria não cabe em meu corpo. Não vejo a hora de ver meus irmãos, ver meus pais, minhas melhores amigas e rever minha tão amada igreja.