Finalmente chego em casa após um extenuante dia de trabalho. A exaustão se dissipa imediatamente ao me lembrar do doce semblante da minha linda esposa, que irradia felicidade e alegria ao meu lado. Cada vez mais apaixonado, sou grato por tê-la como minha companheira nessa jornada da vida. Comemoramos um ano de casados e temos construído uma existência plena e repleta de felicidade juntos. Meu amor por ela é imenso e deposito uma confiança inabalável em seu caráter.
Embora nossa moradia seja modesta, sinto que isso é apenas temporário, pois almejo proporcionar-lhe uma vida repleta de alegrias e conforto. A felicidade transborda quando estamos juntos, e por esse motivo, decidi sair mais cedo do trabalho para surpreendê-la com um momento especial.
À primeira vista, nossa porta pode parecer comum e sem adornos, mas basta pensar que minha amada esposa está do outro lado para que ela se torne a mais bela do mundo. Contudo, algo parece estar fora do lugar. Gemidos misteriosos ecoam de trás da porta.
Um sentimento de apreensão toma conta de mim. Será que ela se machucou, sofreu um acidente ou até mesmo um ladrão? Preciso resgatá-la. Minha ansiedade aumenta enquanto tento abrir a porta, cometendo erros sucessivos na tentativa de abri-la. Quando finalmente consigo abri-la, sou recebido por um ambiente vazio, exceto pelos gemidos que agora parecem carregar um tom de prazer, ao invés de dor.
O medo toma conta de mim ao considerar a possibilidade de abrir a porta do nosso quarto e testemunhar algo que preferiria jamais imaginar. Com cautela, deslizo a porta para revelar o que está escondido. Os gemidos cessam de imediato. Minha esposa, com uma voz trêmula e repleta de preocupação, pergunta: "Amor, é você?" Fico hesitante, observando a porta entreaberta. Percebo um estranho odor emanando do quarto. Respondo, com voz trêmula: "S-sim, sou eu."
O silêncio agonizante domina o ambiente. Uma sensação de apreensão profunda se instala, pois temo que tudo que ela me disse possa ter sido uma mentira. O receio de não ter sido suficiente para ela me consome. Imploro internamente para que os fatos me provem errado.
"Ei, não entre. Não estou me sentindo bem", ela diz, com uma mistura de pavor e desespero, suplicando para que eu não adentre o quarto onde a mulher que costumava estar nua na minha frente quase todos os dias. O coração acelerado, pondero sobre a decisão, mas a angústia é insuportável. Decido abrir a porta, precisando enfrentar a verdade. O que se desvela diante dos meus olhos é uma cena que jamais desejei presenciar.