Capítulo 10

Cassi estava esperando ansiosamente por notícias do homem, sua última mensagem era de que ele se apresentaria ontem à noite, mas desde então ela não teve mais notícias dele, o que a deixou muito nervosa, andando de um lado para o outro enquanto sua mãe espera sentada no sofá, finalmente, alguém bate na porta da mansão, quando ela abre há apenas uma caixa de plástico, era grande, Cassi olha para todos os lados, mas não se vê ninguém, seja quem for deve ser uma brincadeira ou pode ser uma armadilha. Ela chamou uma empregada para desvendá-la ali mesmo, a jovem empregada gritou assim que viu o conteúdo, até caiu para trás de horror; Cassi e sua mãe se aproximaram e ficaram chocadas com o conteúdo, era o homem que elas haviam enviado, ele estava em posição fetal naquela caixa e seu rosto parecia ter morrido ao ver algo aterrorizante, seus olhos estavam abertos e era possível ver diversas feridas em seu rosto, as mulheres imediatamente chamaram os guardas para levá-lo embora, Cassi começou a chorar abraçando sua mãe, se aquele homem estava morto e se ele foi torturado, significa que Elina agora sabe quem o enviou.

- Reforcem a segurança\, não deixem ninguém passar sem mostrar sua face e identificação\, não recebemos convidados neste momento.

A concubina ordenou, ela deve proteger a segurança de sua filha a todo custo, ela tem que garantir que seja ela a vencedora. Cassi, ao entrar, não demorou a desmaiar por ver aquele homem naquelas condições. Por outro lado, Elina observou tudo de cima de uma árvore frondosa, Alexis estava com ela e pode ver o sorriso satisfeito da garota diante do que aconteceu. Ela nunca pensou que seria capaz de ser uma pessoa tão fria, incapaz de sentir pena por suas irmãs. Pelo menos agora ela entende por que não quer ajudar Jordan, já que descobriu que ela só queria usá-la.

- Não gostaria de tê-la como inimiga\, princesa Elina.

- Não se preocupe\, Jovem Alexis\, mesmo que não fosse minha aliada\, enquanto não for como aquelas pessoas\, nunca seria minha inimiga.

Além disso, em seus últimos momentos, ele foi o único que se preocupou com ela, embora não saiba o que aconteceu depois, pois a última coisa que pode lembrar é ter estado em seus braços e dali tudo se tornou escuro. Até hoje todas as noites ela se pergunta: como é que o tempo retrocede? Será que foi Alexis? São perguntas que ela gostaria de poder responder.

Ao retornar para sua mansão, ao descer do carro, Jenna estava parada na entrada de sua mansão e, ao ver Elina, correu para pegar suas mãos.

- Irmã Elina\, estou com medo... o ferimento da flecha ainda dói e percebi que alguém está me seguindo...

- Que terrível\, então você não deve sair\, pode ser perigoso.

Elina afastou as mãos, chegou a passar por ele para não continuar conversando com Jenna, mas parou, virando-se um pouco.

- Até eu posso ser perigoso para você... da próxima vez que vier aqui\, talvez saia em um saco de cadáver.

Um calafrio percorreu o corpo de Jenna, não pelas palavras, mas sim pelo olhar que Elina lhe havia mostrado. Elina continuou seu caminho enquanto Jenna deu alguns passos para trás, batendo no ombro de Alexis, que a ignorou e seguiu Elina. Jenna sabia muito bem quem ele era, mas não entendia por que estava com Elina, já que eles geralmente não se viam, muito menos sozinhos. Depois que Alexis entrou na mansão, ele quem fechou a porta, mas, naquele momento, colocou o indicador nos lábios em sinal para Jenna ficar em silêncio. Jenna estava se sentindo muito desconfortável naquele lugar, então ela apressadamente decidiu voltar para sua mansão. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas seria melhor contar a Jordan sobre a visita que Elina havia feito, pois ela não sabia se isso afetaria o plano dele.

Elina e Alexis seguiram para a sala de jantar, já que era tarde e eles não tinham comido nada desde a manhã.

- Se essa garota nos viu\, imagino que ela contará ao meu irmão - disse Alexis.

- Não importa\, assim ele começará a temer e saberá que seu plano não está indo tão bem quanto pensava - respondeu Elina.

- Tem certeza de que quer continuar com isso? Você sempre sentiu carinho pelo meu irmão - perguntou Alexis.

- Isso foi quando éramos crianças e o pouco carinho que eu tinha por ele foi embora quando soube de suas intenções - explicou Elina.

- Eu entendo e mesmo que seja meu irmão\, não vou tolerar sua atitude - afirmou Alexis.

Não importava se eram apenas aliados no jogo, Elina ajudaria em tudo o que pudesse.

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