Dentro do celeiro haviam pessoas acorrentadas, nos braços e pernas. Algumas
eram conhecidas, e outras não.
Notei que não pareciam bem, aparentavam insanidade. Seus olhos estavam vermelhos e sangrando. Tinham unhas enormes, que mais pareciam garras... gritavam, arranhavam e se mordiam.
O que aconteceu com aquelas pessoas?
Estariam contaminadas com algum tipo de vírus? Talvez alguém as estivesse usando
em experiências.
O medo me paralisou. Era como se tivesse
que suportar uma carga enorme sobre meus
ombros. Reuni a coragem que me restou e
me esforcei para correr, pois as pessoas
precisavam saber o que estava acontecendo.
Corri sem olhar para trás. Naquele momento começou a chover, a água deixou o chão escorregadio, e minha visão embasada.
Enquanto corria sem rumo, senti uma forte pancada nas costas, e cai batendo o rosto
no chão.
Fiquei desorientada, sem saber o que me atingiu, e um gosto de sangue misturado
com terra preencheu minha boca.
Isabel- AI! COF...COF
Alguém me levantou bruscamente pelos cabelos.
Irina- Óh, tá doendo? É uma pena, porquê eu
só comecei.
Isabel- Pôr...por quê está fazendo isso?
Irina- Não finja ser ingênua. Fale...quem mandou você aqui?
Isabel- Vim trabalhar no lugar...- Fui interrompida.
Irina- Acredito em você.- Falou enquanto segurava meus cabelos com apenas uma
mão e acariciava meu rosto com a outra.
Isabel- Posso ir?
Quando a olhei fiquei impressionada com a beleza da mulher, ela tinha olhos azuis turquesa brilhantes, boca rosada em forma
de maçã, pele perfeita e traços delicados.
Também possuía força e agilidade
sobrenaturais.
Irina- Você não pode ir, porque sabe demais.
Sei que descobriu o segredinho que guardo
no celeiro.
Isabel- Não sei de nada.
Irina- Além de curiosa é mentirosa, mas têm um aroma maravilhoso de lírios do campo- Falou enquanto cheirava meus cabelos.
Isabel- Não vou contar pa-para ninguém.
Minhas roupas estavam encharcadas, o frio estava tão extremo que eu mal conseguia sentir meu corpo.
Haiden- Solte-a Irina!- Ordenou autoritário.
Aquela voz me parecia familiar, tinha um tom Suave e melodioso, que de alguma forma me acalmava. Me esforcei para lembrar a quem pertencia, mas estava confusa demais para assemelhar qualquer coisa.
Irina- Porque eu faria isso? Vou entrega-la
para meus bichinhos.
Haiden- Ela é Isabel, você sabe que não pode machuca-la.
Ele me conhece?- Perguntei a mim mesma.
Quando o rapaz saiu da escuridão finalmente pude ver seu rosto. Não acreditava em meus olhos...
Era Haiden, quando ele partiu tinha dezenove anos de idade e apesar de terem se passado anos, sua aparência continuava a mesma,
excerto pelos olhos, que antes eram
castanhos e naquele momento estavam azuis.
Não era possível que fosse ele, não
acreditava que meu irmão fosse capaz
de se envolver em algo tão monstruoso.
Irina- Bem, acho que teremos uma reunião familiar, não é irmão? Não faça isso Haiden. Se fizer quebro o pescoço dela .
Não percebi nenhum movimento vindo dele, mas obviamente ela notou algo.
Haiden- Você não percebeu que ela não está bem?- Deixe-me ajuda-lá. - Falou dando alguns passos cuidadosos adiante.
Irina- Desafiaste regras antigas por ela! Quantas vidas mais estais disposto a
a sacrificar por ela?
Haiden- Entregue ela a mim, e depois
conversamos sobre isso.
Irina- Sabe Haiden acho que vou resolver
resolver este problema agora mesmo.
- Ameaçou, depois sorriu revelando presas pontiagudas.
Haiden- Essa decisão não cabe a você. Eu mesmo farei isso.
Queria falar, protestar ou confronta-lo, mas
era como se meus lábios estivessem selados.
Irina- Ótimo, Porque já estou cansada de
perder meu tempo com este assunto, mas
ainda pretendo ajuda-lo- Falou olhando em meus olhos como se buscasse algo.
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Atualizado até capítulo 33
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