Capítulo 3

Estava tão feliz com aquela notícia e ao mesmo tempo triste pois sabia que minha madrasta faria de tudo para que meu pai não me deixe sair de casa

-O que houve por que está triste, a notícia não te agradou?

-Não é isso, estou muito feliz, mais e que…

-O que tem de errado Elizabeth?

-Não é nada. Digo sorrindo. -A senhora poderia me fazer um favor?

-Claro se tiver ao meu alcance

-Queria pedir para não comentar isso com meu pai e nem com a minha madrasta

-Mas por que não ? Pergunta desconfiada

-Não é nada demais e que eu queria fazer uma surpresa para eles

-Tudo bem não vou comentar nada. Diz sorrindo

-Eu poderia usar a sala de informática?

-Claro

-Obrigado. Digo e saio da sala

A diretora Helena sempre foi legal comigo, ela conhecia minha mãe quando era adolescente

Ela disse que sou a cara dela, até os cabelos ruivos foi dela que puxei. Fico muito feliz em saber que sou parecida com ela

Quando chego na sala de informática fico vendo algumas imagens da universidade, e fico lembrando de quando fui fazer a prova presencial….

Flashback On

Pedi pra minha diretora falar pro meu pai que ia ter um passeio de escola ,por que não queria que eles soubesse disso por enquanto

Sai de casa 19 horas peguei um ônibus em rumo a são Paulo são 10 horas de viagem, coloquei o fone de ouvido e escostei a cabeça no vidro do ônibus

Não vi a hora passa e acabei pegando no sono, acordei com o homem do ônibus me chamando 5:30 da manhã dizendo que tínhamos chegado no terminal do Tietê

Desci do ônibus comprei um café forte pra despertar e fui rumo a faculdade chegando lá fiquei impressionada a faculdade e muito grande e linda, tinha muitas pessoas caminhando por ali provavelmente para fazendo a prova também

Fui em rumo a sala que ia fazer e entrei me sentei na cadeira, abaixo minha cabeça um pouco e sinto uma cutucada nas costas

-Não pode dormir aqui viu

Escuto uma menina falando atrás de mim

-E não pode conversar na sala também. Digo levantando minha cabeça e falo seca. -Ah e pra tua informação não tava dormindo

Termino de falar e viro pra frente

-Nossa que grossa, gostei quer ser minha amiga. Diz ela me cutucado denovo

Essa menina é louca

-Não dispenso. Digo e olho pro homem que entra na sala, o mesmo se apresenta e começa a distribuir as provas

As provas durou 4 horas e meia, termino e saio da sala tava morrendo de fome. Paro quando escuto uma voz atrás de mim

-Eii arrogante quer ir almoçar comigo. Diz a menina da sala

Como não conheço nada e tô morrendo de fome acabei aceitando

-Tudo bem, bora. Digo e vou caminhando na frente dela

-Você não é de papo né, me chamo Bruna e você. Diz estendendo a mão

- Elizabeth. Digo apertando sua mão

- vamos ser grandes amigas prevejo. Diz animada

-Nem sei se vou passar. Digo e continuo caminhando

Almoçamos e depois ela me acompanha até a rodoviária

-De onde você é?

-Você é bem curiosa né

Estava tão distraída com a conversa que acabei esbarrando em alguém

-Desculpe, não vi você. Digo olhando para pessoa

Era um homem de pele branca e olhos verdes penetrante, cabelos pretos é alto

-Eu que devo pedir desculpas estava apressado e acabei não vendo você. Diz olhando nos meus olhos

E aquele momento parece ter parado, parecia que estava hipnotizada com aqueles olhos verdes

-Ei você tem que pegar o ônibus de volta para sua cidade. Diz a Bruna me trazendo de volta a realidade

-Ah é mesmo. Digo piscando e voltando a andar

Ele dá um pequeno sorriso de canto e volta para seu caminho, me despedir da Bruna e pego ônibus na rodoviária

Chego em Uberlândia às 9 horas da noite, e não sei por que mais aquele menino volta a minha mente o resto do caminho

Flashback Off

Saio dos meus pensamentos com uma pessoa me chamando

-Ei garota deveria ir pra casa já tá muito tarde.Diz o guarda da escola

Desligo o computador e saio

Olho no relógio de pulso e já são 18 horas da noite, meu pai deve ter chegando do trabalho uma hora dessa

Quando chego vejo seu carro estacionado na frente, respirei fundo tomando coragem para poder entrar

-Aonde você estava? Pergunta meu pai assim que coloco meus pés na sala

Sabia que deveria ter entrado por onde sempre entro

-Estava na escola

-Tem certeza?

-Claro que tenho certeza se quiser pode ligar para escola para confirmar. Digo com raiva por conta da sua desconfiança

-Não foi isso que seu irmão disse

-É o que ele disse.

-Que ele foi te buscar na escola e você não quis vir com ele, e saiu com um garoto da escola

E esse e meu pai Benjamin Forbes

Um pai escroto que prefere acreditar em qualquer outra pessoa em vez de acredita na sua própria filha

-E é claro que você acreditou nele

-Eu estou te perguntando. Diz sério

-Não vou falar nada já que você já decidiu em quem acredita. Digo e saio dali indo para meu quarto

Quando passo pela cozinha a cobra está com sorrisinho no rosto

-Você deveria comer querida está muito magrinha. Diz cínica

-Estou sem fome. Digo e passo direto

Quando chego no quarto tranco a porta e me sento na cama, pego uma foto da minha mãe que tenho na gaveta, a única foto que tenho dela

Ela era tão linda

As vezes fico pensando como poderia ter sido minha vida se ela estivesse viva, como meu pai me trataria

Será que ele me odeia por eu ter sobrevivido e ela não ?

Essa pergunta sempre me assombrou e eu nunca tive coragem de perguntar a ele

Me deito na cama abraço sua foto contra o peito buscando algum consolo

Me proteja mamãe onde você estiver

E assim choro até pegar no sono

Benjamin Forbes

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