A verdade e a desgraça!

...Melissa 15 anos...

hoje vai ser diferente. Eu acordei decidida a não aceitar os abusos do Bernardo, mas já vou falando que essa decisão vai mudar totalmente a minha vida.

Eu sinto que meus pais não vão ficar do meu lado, isso eu tenho certeza!

andei vendo alguns empregos para mim não ficar na rua, porém ninguém aceita uma menina de 15 anos que precisa estudar e ter só meio período só no trabalho.

Mas independentemente do que aconteça! não importa. Hoje acaba essa história de terror.

já são 18:00 horas da tarde. Quase chegando em casa com minhas amigas, vejo Bernardo em frente de casa me esperando. Parece que o diabo já sabia. Respirei fundo, me despedi das minhas amigas e fui entrando para dentro de casa. Bernardo vendo que eu não ia nem ao menos parar para cumprimenta-lo segurou meu braço e me encarou. e com a maior cara de pau disse:

Bernardo: Melissa, vamos namorar? Você aceita ser minha namorada?

Eu incrédula ouvindo daquelas palavras absurdas, olhei em seus olhos firmemente e disse:

Melissa: nunca, jamais, nem morta!! Eu tenho nojo de tudo o que você fez comigo, nojo de você, você é um monstro, me abusou, tirou minha infância, me fez ter medo de viver. Eu nunca vou ficar com Você, por vontade!! você Só me teve pq fez a força. Seu covarde!!!

só senti o calor da mão dele no meu rosto, uma tapa forte um, tapa com ódio.

Bernardo: sua vagabund@ você quer dar para outro né? você é uma vadia!! isso não vai ficar assim. Escreve o que eu tô falando!

Entrei pensando. "meus pais precisavam me salvar do filho psicopata deles".

Já dentro de casa com a minha bochecha queimando, e com as marcas dos dedos dele no meu rosto, joguei a mochila de canto e fui fazer a janta e pensando comigo de hoje não passa.

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Naquela noite depois da janta chamei meus pais para uma reunião enquanto Bernardo tomava banho. Eles estavam relutando pra conversar Comigo, vieram arrastando os pés, sentaram e me encararam, e a expressão foi tipo: " hã que você quer anda logo".

fui breve sem rodeio e contei...

Melissa: mãe, pai, eu tenho um assunto delicado para contar a vocês, a mais ou menos quatro anos o Bernardo me abusa.

nessa hora meus pais se olharam, minha mãe se levantou de forma brusca, e já veio gritando.

Judite: Eu sabia que era uma péssima ideia te adotar, culpa tua (Diogo)!!! que sempre quis ter uma filha mas também nunca a amou. olha a bomba que explodiu agora em cima de nossas cabeças.

Eu não quero mais você em casa. Você já tem 15 anos e vai caçar seu rumo.

Diogo: culpa é minha??? Eu não adotei ela sozinho! eu não me responsabilizo. eu disse a você que crianças adotadas são problemáticas. Olha o que ela fez com nosso filho, o seduziu!! e ele como um homem não suportou a tentação lógico!!!

Melissa: eu não tô ouvindo isso de vocês? Como assim vocês vão ficar do lado dele? eu não pedi para ser @bus@d@ com 12 anos.

desde então eu recebo ameaças e a culpa é minha?

Bernardo chegou bem na hora da confusão e da gritaria. Judite, que aqui eu nem chamarei mais de mãe, correu para abraçar o seu filho querido, o beijando e pedindo desculpas por ter permitido que eu entrasse na vida deles. Nessa hora me faltava lágrimas de tanta dor, eu só tinha eles, porque fazer isso comigo? Eu me perguntava, enquanto digeria todas aquelas facadas na alma.

Nessa hora ele entendeu tudo. ele sabia que eu tinha feito. eu tinha contado!

Bernardo por sua vez me olhou com ódio e posse, já foi logo dizendo tudo o que ele havia prometido, me acusou me culpou e todos acreditaram, na verdade, não tinha nem o que discutir ali, eu nunca ganharia essa luta.

fui para o meu quarto peguei uma mala coloquei minhas roupas, peguei tudo o que eu podia uma coberta um travesseiro um lençol, umas roupas, escova de dente, enchi a mala, e por um instante só por um momento, eu pensei que minha mãe teria pena de mim sabe? pensa que ela não era carinhosa, não era a melhor de todas, mas me mandar embora? porque tão cruel assim? eu não sou uma criança, mas adulta ? também já é demais!

pensei que ela viria e pediria para eu não ir, mas não houve um pio naquela casa, eu saí sem olhar para trás. e foi aí que eu entendi que eu sempre estive sozinha e continuarei sozinha.

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22:58 da noite numa sexta-feira , meu celular com a bateria cheia, pelo menos isso .

Liguei para algumas amigas da escola e perguntei se poderia posar apenas uma noite, Ninguém me ajudou, ninguém pode, ninguém. E para falar a verdade já não esperava mais de ninguém, se meu pai não me quis, me tirou minha mãe, os adotivos não me amavam, Porque elas iam me ajudar.

Fui andando até uma praça distante, não queria ser vista por ninguém, me acomodei em um ponto de ônibus afastado e ali fiquei.

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Desde já, agradeço muito por lerem. Eu espero que gostem!

Se gostarem curtam e sigam, para que eu me sinta mais motivada a escrever mais 🩷

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