O dia hoje amanheceu bem cinza, está com aparência de que vai chover, faltam 1 semana para os bebês completarem 2 meses, eles ainda não foram registrados, e Isabella passou a chamalos de Lua e Ravi . Hugo foi até ao mercado buscar suprimentos e fraudas. Assim que ele chega em casa Isabella está de pé perto da pia cortando legumes, Hugo chega perto dela e abraça por trás, ela não reluta, ele a vira bruscamente fazendo ela ficar de frente pra ele, Hugo só não contava com uma coisa, que Isabella iria aproveitar o movimento rápido para passar a fac* em seu pescoç*. Ele cai na hora agonizando. Ela fica um pouco atônita quando vê a quantidade de sangue, ele tenta falar algo mas as palavras não saem . Isabella se aproxima dele ainda segurando a faca e começa a procurar as chaves para soltar a corrente e dinheiro em seus bolsos .
— Isabella : Muito obrigado pela ideia que você me deu, Hugo, estou a tanto tempo pensando em uma forma de fugir daqui, nunca pensei na possibilidade de fazer isso.
Ela abre o cadeado e vê as marcas que tem em se tornozelo pelos anos que esteve acorrentada. Ela vai até o banheiro tomar um banho correndo para tirar o sangue, vai até os bebês e veste com roupas quentes , pega um lençol e faz uma espécie de canguru para prender o Ravi pois é o mais pesado e enrola Lua em um outro lençol, pega uma mala a menor que tem e coloca comida e as coisas dos bebês,ela quer levar o urso que Tito deu mas não cabe na mala, então ela amarra o urso na mala. Vai nas coisas de Hugo e procura por algum documento dela e acha no meio das coisas dele a sua certidão e identidade, volta ate a cozinha com um pano na mão e enrola a faca que usou e enfia no fundo da sua bolsa. Com tudo pronto ela sai sem rumo, mas antes ela pensa em algo, tentar eliminar qualquer vestígios de que ela esteve ali, limpar toda a casa levaria muito tempo, ela então vai até a cozinha abre todas as bocas do fogão,fecha todas as janelas e deixa uma vela acessa atrás da porta e sai correndo. ela vê o carro de Hugo parado e lamenta não saber dirigir.
Isabella tenta lembrar o caminho por onde veio com Hugo, afinal já se passaram exatos 3 anos que ela estava vivendo esse inferno. Hoje, Isabella está com 19 anos .
Ela se vê perdida, mas usa a cabeça para pensar e resolve seguir por onde há marcas de pneu de carro, não demora muito e ela chega até a estrada, ela fica um pouco perdida, muitos anos presa dentro daquela casa, acorrentada, agora ter que fugir, com duas crianças nos braços, ela caminha em passos largos com medo de esbarrar com Leandro no caminho, em sua cabeça passa várias coisas, até a possibilidade de a fac*da, não ter sido fatal, de não ter iniciado um incêndio e a qualquer momento Hugo aparecer atrás dela com seu carro.
Ela vê muitos caminhões e carros passando, mas tem medo de pedir ajuda, devido a tudo que passou, agora o pavor e o medo dominam totalmente ela . Ela vê um ônibus vindo e decide dar sinal, não há pontos de ônibus onde ela está , o motorista para só porque vê ela com duas crianças, o tempo está frio,já está chegando a noite e ela parece assustada.
— Oi moça, está tudo bem? Precisa de ajuda??
\*ela olha desconfiada para dentro do ônibus e vê que tem muitas pessoas lá dentro e se sente segura em falar.
— Isabella : Eu..eu...eu preciso pegar um ônibus,eu acho!
— Mas pra onde a senhora quer ir? Esse ônibus é um ônibus de viagem, a próxima parada dele é somente na rodoviária.
— Eu não sei, preciso ir pra cidade. É isso, preciso ir pra cidade grande .
— Olha, você tem certeza, moça? Eu nem poderia ter parado aqui pra te ajudar, o ônibus já está com todas os acentos ocupados.
— Moço,por favor! Já está anoitecendo, eu tenho dinheiro pra pagar, eu sento no chão nos fundos do ônibus, por favor me ajuda. Eu preciso amamentar meus filhos, não posso sentar no meio da estrada para dar de mamar a eles.
— Moça, eles são seus filhos mesmo? A senhora está muito estranha.
— Moço são sim, eu te juro. Olha só (*ela tira o lençol da frente do corpo mostrando que a roupa está molhada dos seios vazando.)
— Passageira: Motorista,deixa a moça entrar, ela parece estar com frio e cansada. Eu pago a passagem dela .
Motorista muito contrariado mas também com muita pena, deixa Isabella entrar no ônibus, Isabella vai se sentar no fundo do ônibus no chão, mas a passageira que pediu pra deixar ela entrar cedeu o lugar para ela amamentar as crianças. A moça se ofereceu para segurar um dos bebês, mas Isa ainda muito desconfiada e com medo não deixou pegar seu filho. Ela estava exausta, por tudo que passou esses anos, depois do nascimento dos bebês ela nunca mais conseguiu dormir a noite com medo de Hugo fazer algo com Lua ou Ravi . A moça percebe que ela está muito abatida, e assustada, a passageira em questão é psicóloga e trabalha com assistência social. Ela compreende desde o início que Isa estava fugindo e em estado de alerta, o esposo da passageira estava dormindo no assento ao lado, ele acorda e vê Isa no lugar da esposa. Ele olha para sua esposa com uma cara de (O que houve) e ela faz sinal pra que ele se levante pra que ela possa sentar ao lado da Isa.
— Você está melhor menina ? Prazer, eu me chamo Soraia . Como você se chama ?
— Isabella : Sim, estou melhor, obrigada! Eu me chamo Isabella.
— Que nome bonito! E seus bebês?
— Se chamam Lua e Ravi.
— Nomes lindos! Isabella, posso te fazer uma pergunta?
— Isabella : Claro? Você me ajudou!
— Soraia : Você está precisando de alguma ajuda ?
— Isabella : Porque ? (*ela pergunta desconfiada e já apertando seus filhos no colo)
— Soraia : Calma! Você não precisa ficar com medo de mim. Eu sou psicóloga, eu estou vendo o seu estado. O corpo fala, você está em alerta, trêmula, suas expressões dizem muita coisa, e seu medo está palpável.
— Isabella : Eu só preciso chegar na cidade!
— Soraia : Tem alguém te esperando lá ?
\*ela não responde e baixa a cabeça, tremendo e chorando .
— Soraia : Pode falar Isabella, alguém está atrás de você ? Você tem pra onde ir? Está fugindo de alguém?
— Isabella : Por favor, não me faz voltar lá. Você está fazendo muitas perguntas. Por favor, não me faz voltar pra lá.
— Soraia : Calma, eu não vou te fazer voltar pra lugar nenhum. Eu já disse que sou psicóloga, eu trabalho também com assistência social e está vendo esse moço em pé, é meu esposo, ele trabalha no conselho tutelar, você sabe o que é?
— Isabella : Já ouvi falar.
— Soraia : Confia em mim, eu posso te ajudar.
— Isabella : Não, a última vez que confiei em alguém, acabei presa igual um bicho acorrentado .
— Soraia : 😨😨 Como assim? Isso é sério?
Olha Isabella,você está com duas crianças, desorientada,indo pra cidade grande, visivelmente vulnerável, sem apoio, sem estrutura. As chances de você chegar lá e perder seus filhos são enormes. Você precisa aceitar minha ajuda.
— Isabella : Perder meus filhos? Porque ? Não, eu não posso perde-los .
— Soraia : Você vai ter que confiar em mim Isabella, você vai precisar me dar um voto de confiança. A mim e ao meu esposo.
Ela não diz nada, abaixa a cabeça e chora sem parar.
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Atualizado até capítulo 28
Comments
Fatima Gonçalves
CARAMBA SERÁ QUE NÃO VÃO PEGAR OS FILHOS DELA
2025-10-12
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