Fredenya Aeternalis: Entitas - Capítulo 1

Custos Materiae/Vennar

Era você mesmo que estávamos precisando!

Aiven continuava de costas para a porta e de frente para os ancestrais de cabeça baixa, pensando e pensando em como, quando e porquê, por quê?

Rhaikan

Então esse é o tal Aiven?

Dizia Rhiakan atrás do mesmo. Seu tom grosso, cheio de deboche e desdém daquele a sua frente.

Rhaikan

Esperava alguém mais imponente, ou pelo menos, com mais vergonha na cara.

Aiven levantou a cabeça, e a virou para trás encarando o homem da cabeça aos pés.

Aiven

Eu esperava que os ancestrais, criadores do mundo tivessem mais bom gosto para escolher ajudantes na sua equipe secundária de criminosos.

Custos Materiae/Vennar

Chega!

Custos Materiae/Vennar

Não vamos permitir esse tipo de comportamento dos dois, estamos em um tribunal e não na rua.

Custos Materiae/Vennar

Rhailkan, escolte-o!

Disse Vennar ansioso e furioso para que a condenação ocorresse logo.

Aiven

Achei que seria julgado, não escoltado por um cavalo de guerra.

Aiven ignorou completamente as palavras ditas por Vennar.

Rhaikan

Espero que sua lábia seja mais afiada do que seus princípios, porque pelo que vejo, vai precisar dela pra sair inteiro daqui.

Retrucou Rhaikan, cruzando os braços.

Cyclus Aeternus/Or'Emeth

Parem, por favor.

Cyclus Aeternus/Or'Emeth

Aiven, Rhiakan vai te escoltar até o lago de Azhura, nos vemos lá, tudo bem?

Disse Or'Emeth. Estava decepcionado. Preocupado. Confuso. Não imaginava Aiven, aquele que não só sempre esteve ao seu lado mas também dos outros, seria pego no local onde era mantido trancado à "sete chaves" com a caixa que guardava a máscara em sua mão, completamente vazia.

A máscara já havia desaparecido sem deixar rastros, da visão dos ancestrais, da casa de Aiven, de todos os cantos daquele mundo e nem Aiven sabia onde ela estava.

O lago de Azhura, ou Veritas Aeternum, também um presente da entidade antes do seu desaparecimento, o lago é como se fosse um espelho imenso, tão transparente como um.

Permitindo que aquele que andava sobre ele, era forçado a não só encarar sua imagem mas também todas as memórias daquele momento através de sua própria percepção.

Sem filtros, sem mentiras, apenas a verdade como foi percebida por si mesmo.

O lago de Azhura se localizava em uma gruta muito funda, o fundo do lago brilhava com uma luz azul iluminando todo o ambiente profundo e escuro daquele lugar e havia pequenas ondas calmas em sua superfície.

Apenas os Ancestrais, Rhaikan e sua equipe conseguiam acessar aquele lugar.

Azhura caminhou sobre as águas do lago de costas para todos ali e quando chegou no meio dele, se virou e estendeu a mão para Aiven, não era uma ordem e sim um convite.

Caminhou até a beira do lago encarando seu fundo, com coragem, fechou os olhos e pisou com os dois pés de uma vez sobre a superfície do lago.

Assim que teve certeza que ali era um lago sólido, caminhou até o lado de Azhura. O lago reagiu imediatamente. Ondas de água e luz dourada e azul, uma confusão se espalhou por aquelas águas.

O reflexo daquele que estava sendo julgado apareceu de forma distorcida e logo foi se multiplicando, no reflexo, havia várias versões de Aiven e cada uma delas o encarava de forma diferente, uns tinham o ódio, outros tinham o amor, outros tinham tristeza e outros felicidade.

Essa reação se pendurou por alguns segundos até uma explosão de água do lago acontecer.

Veritas Aeternum/Azhura

O lago se recusou a revelar...

Disse Azhura carregando uma expressão confusa em seu rosto e em seu tom de voz.

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Capítulo 1 – A recusa.