༻Entre o Mundo dos Vivos e Mortos - - capítulo 𝟏 ::

Você não lembrava exatamente o momento em que tudo aconteceu. Um acidente, uma luz forte, e de repente… silêncio. Quando abriu os olhos novamente, percebeu que o mundo estava diferente. As cores pareciam mais frias, o vento passava por você como se não existisse, e, o mais estranho, ninguém parecia notar sua presença.

~ 𝐒/n

— Eu… morri? *você murmurou, olhando suas próprias mãos translúcidas.

Os dias seguintes foram confusos. Você vagava pelas ruas, gritando por ajuda, mas ninguém jamais respondia. Até que, numa noite, quando decidiu entrar em um prédio cheio de risadas e música alta, algo inesperado aconteceu.

Era a sala de prática do Stray Kids.

Hyunjin dançava em frente ao espelho, enquanto Bang Chan ajustava o som. Você apenas entrou, sem esperança de que alguém notasse. Mas então, um par de olhos se fixou em você.

~ Han

— Quem… é você? *perguntou Han, parando no meio da coreografia.

Você congelou. Seu coração inexistente quase bateu de novo

~ 𝐒/n

— Você… consegue me ver?

Han arregalou os olhos e cutucou Changbin:

~ Han

— Hyung, eu não tô louco, né? Tem alguém bem ali!

Aos poucos, todos os membros olharam na sua direção. Diferente do resto do mundo, eles conseguiam te ver.

Felix foi o primeiro a dar um passo à frente, a voz trêmula:

~ Lix

— Mas… você parece… um fantasma.

Você assentiu, sentindo lágrimas que já não caíam de verdade.

~ 𝐒/n

— Acho que é exatamente isso que eu sou.

Bang Chan respirou fundo, tentando manter a calma.

~ Channie

— Então… você tá presa aqui. Mas por que só a gente consegue ver você?

Ninguém tinha respostas. Mas, a partir daquele dia, sua vida — ou melhor, sua existência — mudou.

Hyunjin uma vez comentou:

~ Jinnie

— Talvez você tenha aparecido pra gente por um motivo. Tipo… não tá sozinha.

Os meninos começaram a conversar com você durante os ensaios, a dividir histórias, até a brincar, como se fosse parte do grupo. Alguns tinham medo no início, outros se sentiam estranhamente confortáveis com sua presença.

E, mesmo sendo apenas um fantasma, pela primeira vez desde sua morte, você sentiu que ainda podia pertencer a algum lugar.