°•|Casa Eichen|•°

NovelToon
NovelToon
Me disseram que eu vou pra uma casa de menores infratores.
Não parece justo... Eu sei que mentir é errado, sei disso, mas... eu só queria proteger meu pai.
Ele disse que a mamãe era perigosa, que ela tinha feito coisas horríveis e que ele só tinha feito o que precisava pra salvar a mim e a ele.
Disse que, se eu contasse outra história, se eu dissesse que tinha sido eu, tudo ia ficar bem.
Que eu seria forte. Que era por amor.
Então eu fiz. Eu menti. Eu disse o que ele pediu, do jeitinho que ele mandou.
Achei que tava fazendo a coisa certa. Achei que tava salvando ele. Salvando a gente.
Mas quando perguntei por ele...
Um dos policiais olhou pra mim com uma cara estranha.
Disse que meu pai tava decepcionado comigo.
Que eu era um monstro. Que ele nunca mais queria me ver.
Disse que eu fiz algo imperdoável...
Mas como? Se eu só fiz o que ele pediu? Se eu só queria ajudar?
Eu me pergunto, o tempo todo: será que eu sou tão ruim assim?
A porta da cela se abriu de repente. Um policial entrou com passos duros, olhos sem paciência.
policial qualquer
policial qualquer
*Rosna, agarrando seu braço com força.* Vamos logo, moleque.
°•|Lee Félix|•°
°•|Lee Félix|•°
*Com uma expressão dolorosa no rosto.* T-tá machucando...
policial qualquer
policial qualquer
Cala a merda da boca.
Eu preferia o outro policial... aquele que me interrogou primeiro.
Ele parecia mais calmo, mais gentil. Me deu água. Me ouviu.
Por um momento, eu quase acreditei que alguém ia entender.
Que alguém ia enxergar que eu não sou um criminoso.
Que eu só sou... um filho. Um filho que tentou fazer a coisa certa.
Que tentou ser leal. Mesmo que, talvez, tenha sido pra pessoa errada.
NovelToon
Quando a gente chegou, eu vi um monte de policiais.
Tinha carro da polícia parado na frente, uns caras com cara séria, alguns com rádio preso no ombro.
O prédio era enorme, meio velho, com umas paredes altas em volta, como se fosse um colégio misturado com cadeia.
Lá em cima, pintado com tinta escura e meio torta, estava escrito: “Eichen: Casa para Menores Infratores.”
Fiquei olhando aquele nome por um tempo. Soava meio estranho… “Casa”. Não parece uma casa. Parece qualquer outra coisa, menos isso.
Assim que entrei, mandaram eu levantar os braços e me revistaram.
Pegaram minha mochila e tudo o que eu tinha no bolso.
Disseram que aqui a gente não pode usar joias, nem cinto, nem nada pessoal.
Falaram que vão guardar tudo até o fim da nossa "sentença", que é tipo um castigo gigante que demora meses ou anos pra acabar.
Me deram uma roupa azul. Calça, blusa, e um chinelo branco que parece meio grande pro meu pé. Senti frio sem minhas coisas. Nem deixaram eu ficar com o colar que meu pai me deu quando eu era pequeno.
Depois, uma mulher me mostrou o lugar. Andamos por uns corredores compridos, tudo muito limpo, cheirando aquele produto forte que usam pra limpar chão. Ela falava um monte de coisas e eu tentava entender tudo ao mesmo tempo.
Aqui não é bem uma prisão… mas também não é liberdade.
A gente tem uma rotina certinha.
O café da manhã é às seis da manhã, bem cedo, num refeitório grandão cheio de mesas compridas.
Depois disso, temos aula, tipo escola mesmo, com quadro, professor e tudo.
Quando as aulas acabam, a gente almoça. À tarde, todo mundo ajuda a limpar alguma coisa: os banheiros, os corredores, o pátio... sei lá, depende do que mandarem.
Depois vem o tempo de lazer, que pode ser jogar bola, desenhar, ou às vezes só sentar num canto.
Ah, também tem um horário com o psicólogo. Toda semana, tem um encontro com ele. Uma toda de conversa. Dizem que é pra ajudar a gente a entender o que fez, ou o que tá sentindo...
Uma vez por semana, tem check-up com médico.
Se a gente fizer alguma coisa errada, tipo brigar ou desobedecer, ganhamos uma advertência.
Se for algo mais sério, vamos pra solitária. Falaram que ninguém gosta de ir pra lá.
As celas são chamadas de "quartos", mas continuam sendo celas.
Tem camas de solteiro, um ventilador de teto, um armário pra dividir, e uma janelinha alta com grades. Elas fecham às 22h30, e depois disso ninguém sai.
A mulher que me acompanhava parou na frente de uma porta cinza com a numeração 26032018.
°•|Lydia|•°
°•|Lydia|•°
Você vai compartilhar cela com quatro meninos, Felix. Seungmin, Jeongin, Changbin e Minho.
°•|Lee Félix|•°
°•|Lee Félix|•°
*Responde baixo, olhando pro chão.* ...Ok.
°•|Lydia|•°
°•|Lydia|•°
*Sorri.* Fica tranquilo, tá?
°•|Lydia|•°
°•|Lydia|•°
Ah, outra coisa. Você vai ter uma consulta individual com o psicólogo toda semana.
°•|Lee Félix|•°
°•|Lee Félix|•°
Tudo bem, senhora...
°•|Lydia|•°
°•|Lydia|•°
Lydia. Pode me chamar de Lydia.
°•|Lee Félix|•°
°•|Lee Félix|•°
Tá bom... Senhora Lydia.
Ela bateu na porta, depois a abriu.
°•|Lydia|•°
°•|Lydia|•°
Vamos conhecer seus colegas de quarto.
Respirei fundo antes de entrar.
Sinceramente… achei que aqui seria pior. Pensei que ia ter gritos, grilhões, gente malvada o tempo todo. Mas, por enquanto, é só estranho. Muito estranho. Como se eu tivesse acordado dentro de um lugar que não é meu. E talvez… nem eu saiba mais direito quem eu sou.
°
|
~Continua...
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
Oii, gente
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
Tudo bom??
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
Passando pra avisar que não sei realmente como é um reformatório
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
E que todas essas descrições sairam de vozes da minha cabeça
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
Então, né
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
não sei se, de fato, um reformatório é assim
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
Mas creio que não
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
É isso
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
Tchauu
°•|Autor|•°
°•|Autor|•°
beijinhos da Nana 😙♥️

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!