A manhã seguinte chegou envolta por uma calma estranha. Felix acordou antes do despertador, ainda deitado no quarto de Hyunjin, com os corpos entrelaçados sob um cobertor leve. A luz suave da janela iluminava os traços de Hyunjin, que dormia profundamente, os lábios entreabertos e uma mão ainda pousada no quadril de Felix como se dissesse fica.
Felix sorriu. Ficaria. Por quanto tempo Hyunjin quisesse.
Quando saiu do quarto, já vestido e com o coração ainda aquecido pela madrugada, deu de cara com Seungmin no corredor.
Felix
Bom dia
Seungmin o olhou de cima a baixo, depois desviou o olhar para a porta atrás dele. Um pequeno sorriso malicioso surgiu no canto da boca.
Seungmin
Dormiu bem?
Felix
Dormi... ótimo.
Seungmin deu um tapinha leve no ombro dele.
Seungmin
Só cuida do nosso príncipe, tá? Ele é todo emoção, mas não sabe se proteger muito bem.
Felix arregalou um pouco os olhos.
Felix
Você... sabe?
Seungmin
Lixie, o clima entre vocês dois grita mais alto do que o Changbin quando perde no Mario Kart. Claro que sei.
Durante o café da manhã, os olhares começaram a se cruzar com mais intenção. Han olhou para os dois quando Felix ofereceu a última panqueca a Hyunjin sem hesitar. I.N franziu a testa quando os dedos deles se tocaram por acidente — ou não — ao pegar o mesmo copo.
Changbin só suspirou e murmurou:
Changbin
Finalmente
Bang Chan observava em silêncio, como quem já sabia de tudo há muito tempo, mas estava esperando que eles mesmos percebessem.
Depois da refeição, Hyunjin foi pegar mais café e, sem querer, Felix ficou sozinho com Lee Know à mesa.
Minho
Você parece feliz
Felix
Estou
Minho
Só não esquece que tudo que é bonito também pode ser frágil. Cuida disso com carinho.
Felix olhou diretamente para ele e sorriu, sincero.
Felix
Eu vou. Prometo.
Pouco depois, Hyunjin voltou com dois cafés e, mesmo na frente de todos, entregou um deles a Felix com um toque rápido na mão. Dessa vez, ninguém comentou. Mas o silêncio era cheio de entendimento.
Naquele dormitório barulhento, o amor agora andava descalço pelos corredores — e todos estavam aprendendo a acolhê-lo.
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