A noite caiu sobre Palermo como um véu escuro, e eu observava tudo do meu escritório. Cada rua, cada beco, cada ponto de fuga estava registrado na minha mente. Don Vercetti acreditava que tinha tempo para planejar, mas mal sabia que estávamos há dias à frente, estudando cada passo dele.
Lorenzo estava ao meu lado, meu braço direito, pronto para transformar cada estratégia em realidade. Ele conhecia meu pensamento antes mesmo de eu falar. Cada detalhe da operação, cada infiltração silenciosa, cada aliado que havíamos comprado ou manipulado, estava sob nosso controle.
— Comece — ordenei, a voz firme, fria, mortal.
Ele assentiu e deu os sinais necessários. Em poucos minutos, nossas equipes se espalharam pelos territórios estratégicos de Vercetti. Nenhum som fora do lugar. Nenhum erro. Cada movimento, cada passo, calculado para enviar a primeira mensagem: não se mexe com a Salvatore.
Minutos depois, recebemos os primeiros relatórios. Um aliado de Vercetti, que julgava sua lealdade firme, agora estava sob nossa influência, pronto para entregar informações críticas. Outro, que havia tentado desafiar nossos movimentos discretos, percebeu tarde demais que estava cercado. A mensagem estava clara: qualquer falha, qualquer traição, custaria caro.
— Ele já sente nosso controle — murmurei, observando os relatórios — e ainda não sabe de metade do que fizemos.
Lorenzo sorriu de canto, discreto. Ele sabia que cada movimento nosso não era apenas poder, mas uma lição. Ele era o braço que executava minha vontade, garantindo que nenhum detalhe escapasse. Onde eu decidia, ele agia. Onde eu planejava, ele cumpria.
Enquanto as primeiras operações terminavam, senti a frieza que sempre me acompanhava crescer. Não havia emoção, não havia prazer. Havia precisão. Havia estratégia. Havia medo. Palermo começava a perceber que a Salvatore não brincava.
E então, a primeira mensagem direta chegou a Don Vercetti. Um aviso silencioso, mortal, calculado: uma de suas operações fracassou antes mesmo de começar. Nenhuma pista de quem estava por trás, apenas a certeza de que a Salvatore estava em cada sombra.
— Ele está reagindo — disse Lorenzo, analisando o movimento dos homens de Vercetti — Mas ainda não percebeu a extensão do nosso alcance.
Sorri, gélida, satisfeita. Essa era a beleza do poder. Antes que o inimigo pudesse reagir, já estávamos cinco passos à frente. Antes que pensassem em atacar, já haviam perdido o controle.
— Perfeito — murmurei — vamos continuar. Que ele sinta a presença da Salvatore em cada canto da cidade. E lembre-se, Lorenzo: cada passo nosso deve ser calculado. Nenhuma ação por impulso. Apenas precisão e medo.
Ele assentiu, fiel, leal e mortal como sempre. Meu braço direito. Minha extensão. Meu reflexo no mundo real. Juntos, estávamos mostrando a Don Vercetti que a Salvatore não apenas governa Palermo. A Salvatore assola qualquer um que ouse desafiá-la.
E a noite estava apenas começando.
A sala estava silenciosa, exceto pelo som distante da cidade lá fora. Don Vercetti estava à minha frente, arrogante, achando que ainda tinha algum controle sobre a situação. Ele não fazia ideia de que cada passo, cada decisão, cada aliado que acreditava estar ao seu lado já estava sob nosso controle.
Eu estava calma. Fria. Mortal. Lorenzo permanecia ao meu lado, meu braço direito, pronto para agir em qualquer instante. Juntos, éramos a tempestade que Vercetti não sabia como enfrentar.
— Liara Salvatore — começou ele, tentando soar confiante — você acha que pode me intimidar com… jogos mentais?
Sorri, devagar, sem emoção.
— Não são jogos. — Minha voz cortou o ar como lâmina — É controle. Cada passo seu, cada decisão sua, já está dentro do nosso alcance. E você ainda não percebeu.
Lorenzo fez um gesto discreto, e três de nossos aliados infiltrados se posicionaram nas saídas, fechando qualquer possibilidade de fuga. Vercetti percebeu o movimento tarde demais. O medo começou a tomar conta dele, mesmo sem entender completamente.
— O que quer, Liara? — sua voz vacilou.
— Quero que entenda uma coisa — respondi, aproximando-me, cada passo medido — Palermo agora é meu. Seu território, suas operações, seus aliados, todos estão sob controle da Salvatore. Você tentou me desafiar, e isso foi seu maior erro.
Lorenzo, ao meu lado, observava cada reação, cada microexpressão, pronto para agir no instante exato. Ele era meu braço direito, meu reflexo no mundo real, o executor que garantia que minhas ordens fossem realidade.
— E se eu recusar? — ele ousou, a voz mais firme do que antes, mas o medo era evidente.
— Recusar não é uma opção — disse, gelada. — Você já perdeu antes mesmo de começar. Cada aliado seu que julgava leal, cada ponto que pensava estar seguro, agora serve a nós. Você está cercado. Não apenas fisicamente, mas mentalmente. Cada movimento seu é previsível, cada passo já calculado.
Vercetti engoliu em seco. O silêncio caiu pesado na sala. Ele sabia que a única escolha agora era aceitar ou desaparecer.
— Faça sua escolha — sussurrei, fria, mortal, implacável.
E então, pela primeira vez, percebi o brilho do medo real em seus olhos. O tipo de medo que só alguém que enfrenta uma Salvatore sente.
Lorenzo colocou a mão no meu ombro, discreto, reforçando que estava ali, sempre ao meu lado, sempre pronto para transformar minha vontade em ação. Eu não precisava dizer nada. Ele sabia. Como sempre sabia.
Vercetti finalmente se curvou, resignado. Sabia que estava derrotado. Sabia que eu havia vencido antes mesmo da batalha começar. Sabia que eu era Liara Salvatore, e que meu braço direito garantia que nada escapasse do nosso controle.
— Muito bem — murmurei, fria, olhando-o nos olhos — Palermo é meu, Vercetti. Lembre-se disso. Sempre.
Enquanto ele era escoltado para fora da sala, observei Lorenzo.
— Preparados para a próxima — disse, sem emoção, mas com toda certeza do mundo.
Ele assentiu, silencioso.
E naquele instante, ficou claro: onde Liara decide, o mundo se curva.
E onde Lorenzo age, minhas ordens se tornam lei.
Juntos, não havia inimigo invencível. Não havia traição que sobrevivesse. Não havia poder que não fosse controlado.
O império Salvatore estava consolidado. E ninguém jamais esqueceria que a filha da Salvatore governa com sangue, medo e precisão.
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Atualizado até capítulo 81
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