Segredos à Meia-Noite em Seul: Uma Sinfonia
Segredos à Meia-Noite em Seul! Pensamentos.
Hana suspirou, observando a fumaça do chá verde dançar preguiçosamente no ar. Seul, com suas luzes vibrantes e promessas sussurradas, parecia distante através da janela. Casada com Donghyo há cinco anos, ela se sentia como uma turista em sua própria vida.
Donghyo, um arquiteto ambicioso, passava a maior parte do tempo no escritório, absorto em projetos grandiosos e prazos implacáveis. Quando estava em casa, era um fantasma gentil, um sorriso rápido e um beijo na testa antes de se perder novamente no labirinto digital do trabalho.
Hana se lembrava dos primeiros anos, das mãos dadas nos parques de cerejeiras, dos jantares à luz de velas e das promessas sussurradas de um amor eterno. Agora, as cerejeiras floresciam sem que eles as vissem juntos, os jantares eram silenciosos e as promessas ecoavam como fantasmas em um quarto frio.
Ela tentava preencher o vazio com aulas de cerâmica, encontros com amigas e longas caminhadas pelos movimentados mercados de Seul. Mas a sombra da solidão a seguia como uma segunda pele.
Uma noite, Donghyo chegou em casa mais cedo do que o habitual, com um brilho estranho nos olhos. Ele anunciou que havia sido promovido e que precisaria se mudar para Busan por pelo menos um ano para supervisionar um novo projeto.
O coração de Hana afundou. Busan era longe, não apenas em quilômetros, mas em significado. Era a confirmação de que o abismo entre eles era maior do que ela jamais imaginara.
"E nós, Donghyo?", ela perguntou, a voz embargada. "O que vai ser de nós?"
Ele hesitou, o brilho em seus olhos vacilando. "É uma oportunidade incrível, Hana. Para mim, para nós. Pense no futuro."
O futuro. Uma palavra que antes cintilava com promessas e agora soava como uma sentença. Hana sabia que precisava tomar uma decisão. Continuaria a viver nessa dança dolorosa de amor e distância, ou ousaria trilhar um novo caminho, mesmo que isso significasse se perder para se encontrar novamente?
A resposta, ela sabia, estava em algum lugar entre as luzes de Seul e as ondas distantes de Busan.
Quinze anos haviam se esvaído como areia entre os dedos de Hana. Quinze anos de um casamento que, aos olhos do mundo, era invejável. Donghyo, o marido perfeito: bem-sucedido, atencioso e provedor. Mas, nos recônditos do lar, Hana sentia-se como uma peça de decoração, admirada, mas raramente tocada.
Donghyo não era um homem ruim. Pelo contrário, era um homem bom, talvez até demais. Bom demais para perceber o vazio que crescia em Hana, a sede de conexão que a sufocava. Ele a amava, à sua maneira, com a dedicação de quem cumpre um dever, não com a paixão de quem encontra um refúgio.
As noites eram longas e silenciosas. Hana se perdia em livros, em filmes, em conversas imaginárias com um Donghyo que existia apenas em suas memórias. Ele chegava tarde, exausto, beijava-lhe a testa e desabava na cama, alheio ao turbilhão de emoções que a esposa escondia sob um sorriso amargo.
Um dia, em uma galeria de arte local, Hana conheceu Jihoon. Um jovem artista, vibrante e cheio de vida, com um sorriso que iluminava o ambiente. Jihoon era o oposto de Donghyo: espontâneo, apaixonado e presente. Ele via Hana, não como a esposa de um homem importante, mas como uma mulher com sonhos e anseios.
As conversas fluíram naturalmente, como se ambos se conhecessem há anos. Jihoon falava de arte, de música, de suas viagens pelo mundo. Hana, por sua vez, sentiu-se à vontade para compartilhar suas frustrações, seus medos e suas esperanças.
A cada encontro, a atração entre eles se intensificava. Hana se sentia culpada, dividida entre o amor leal por Donghyo e a chama irresistível que Jihoon acendia em seu coração. Ela sabia que estava à beira de um precipício, mas a sensação de estar viva, de ser vista e desejada, era embriagadora demais para resistir.
Jihoon não a pressionava. Ele entendia a complexidade de sua situação e respeitava seus sentimentos. Mas, em seus olhos, Hana via um convite, uma promessa de um amor que a preencheria por completo.
Em uma noite chuvosa, após uma exposição de Jihoon, Hana se viu diante de uma encruzilhada. Ele a convidou para tomar um café em seu ateliê, um espaço acolhedor e cheio de cores. Ao entrar, Hana sentiu que estava prestes a cruzar uma linha, a embarcar em uma aventura que poderia mudar sua vida para sempre. O coração de Hana batia forte, enquanto ela olhava nos olhos de Jihoon, sentindo a intensidade de suas emoções. O que aconteceria a seguir? Só o tempo diria.
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Atualizado até capítulo 54
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