Meia noite, o detetive subia os últimos degraus do hotel abandonado.
O vento gelado cortava a pele, mas o quê realmente o deixava inquieto era o homem que o esperava no terraço
Kane estava lá, apoiado no parapeito, o paletó escuro aberto, o olhar brilhando como se a noite fosse apenas um palco montado para ele
Kane matsuda
Veio
Disse o assassino, com um sorriso satisfeito
Kane matsuda
Eu sabia quê não resistiria
Ryo sacou a arma, apontando direto para o peito dele
Ryo tanaka
Chega de jogos, kane
Mais o assassino não se moveu, apenas caminhou devagar até a arma encostar-lo
Sua voz saiu baixa, quase um sussurro
Kane matsuda
Se quer atirar, atire. Mas olhe nos meus olhos e diga que não me deseja
Ryo engoliu seco. O dedo tremia no gatilho. A respiração dos dois se misturava
E, pela segunda vez, ele cedeu
O beijo foi mais forte, desesperado, como se ambos lutassem contra algo maior do quê eles. A arma caiu no chão, esquecida. Entre o perigo e o desejo, já não havia fronteira
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