Coração de Ferro (BakuDeku)
Capítulo 3 – Pequenos Gigantes, Grandes Encontros
A manhã chegou mais rápido do que Izuku esperava. Quase não dormiu, nervoso por conta do novo emprego. Vestiu uma camisa social verde-clara, calça jeans escura e um tênis limpo, mas já meio gasto. No espelho, tentou dar um jeito no cabelo rebelde, em vão.
𝗜𝗻𝗸𝗼
(sorrindo da porta)
Você tá lindo, meu filho. As crianças vão adorar você.
𝗜𝘇𝘂𝗸𝘂
Eu tô parecendo um espantalho estagiário…
𝗜𝗻𝗸𝗼
(rindo)
Um espantalho muito doce. Boa sorte.
Izuku caminhou pelas ruas de Musutafu até chegar na pequena creche. Um prédio simples, colorido, com uma cerca branca e desenhos de girafas e nuvens nas paredes. O letreiro dizia:
“Creche Particular Pequenos Gigantes”
Ele engoliu seco, respirou fundo e entrou.
𝖳𝖺𝗄𝖾𝗒𝖺𝗆𝖺(𝖣𝗂𝗋𝖾𝗍𝗈𝗋𝖺)
Izuku Midoriya?
𝗜𝘇𝘂𝗸𝘂
Sim! É um prazer, senhora Takeyama.
𝖳𝖺𝗄𝖾𝗒𝖺𝗆𝖺(𝖣𝗂𝗋𝖾𝗍𝗈𝗋𝖺)
Você parece mais novo ainda pessoalmente. Mas vamos ver se tem jeito com criança.
𝖳𝖺𝗄𝖾𝗒𝖺𝗆𝖺(𝖣𝗂𝗋𝖾𝗍𝗈𝗋𝖺)
Hoje é seu primeiro dia, então vai me acompanhar e ajudar no que precisar.
Izuku assentiu, ajeitando a mochila no ombro.
A manhã começou com a recepção dos pequenos. Crianças de 3 a 6 anos entravam uma a uma, algumas sorridentes, outras chorando, com suas mochilinhas coloridas.
Foi ali que Izuku a viu pela primeira vez.
Uma garotinha de cabelos brancos como neve, pele pálida e olhos rubros, com um pequeno curativo no braço e um laço amarelo na cabeça. Ela segurava firme a mão de um homem alto, loiro, com expressão fechada e postura protetora.
𝖳𝖺𝗄𝖾𝗒𝖺𝗆𝖺(𝖣𝗂𝗋𝖾𝗍𝗈𝗋𝖺)
(baixinho para Izuku):
Aquela é a Eri. Muito tímida. Quase não fala. O homem com ela é o pai
𝖳𝖺𝗄𝖾𝗒𝖺𝗆𝖺(𝖣𝗂𝗋𝖾𝗍𝗈𝗋𝖺)
Katsuki Bakugou. Lutador profissional, mas não se engane pelo jeito dele… é um pai excepcional. A mãe da menina… sumiu faz um tempo.
Izuku observou em silêncio, sentindo uma estranha empatia. Não sabia explicar, mas aquela menininha parecia... carregada de algo mais.
𝗞𝗮𝘁𝘀𝘂𝗸𝗶
(ajoelhando-se diante da filha)
Você lembra do que o papai disse, né?
𝗘𝗿𝗶
(sussurrando)
Que eu sou forte...
𝗞𝗮𝘁𝘀𝘂𝗸𝗶
Isso. E que vou te buscar depois. Qualquer coisa, é só chamar uma professora, certo?
Eri assentiu com a cabeça e soltou lentamente a mão do pai, indo para dentro.
Bakugou se levantou e lançou um olhar direto para Izuku, por instinto. Era como se analisasse cada centímetro do jovem.
𝗞𝗮𝘁𝘀𝘂𝗸𝗶
(rígido)
Você é novo aqui?
𝗜𝘇𝘂𝗸𝘂
(engolindo em seco)
Sou, sim. Izuku Midoriya. Estudante de pedagogia. Só ajudante, por enquanto.
𝗞𝗮𝘁𝘀𝘂𝗸𝗶
Hm. Qualquer coisa com ela… me liga. Qualquer coisa.
Bakugou assentiu, sério, e foi embora sem dizer mais nada.
Quando Eri entrou na sala, não disse uma palavra. Sentou no canto e abraçou o próprio joelho, observando os outros brincarem.
Izuku se aproximou com cuidado, segurando dois bonequinhos de madeira: um coelhinho e um dinossauro azul.
𝗜𝘇𝘂𝗸𝘂
(sorrindo gentilmente)
Esse coelhinho tava te procurando. Ele disse que ouviu falar de uma menina muito corajosa por aqui… Será que é você?
Eri o olhou, assustada, mas sem responder.
Izuku não forçou. Colocou os brinquedos no chão ao lado dela e se afastou devagar.
Uma hora depois, ele a viu brincando sozinha com o coelhinho.
No fim do dia, quando Bakugou voltou para buscá-la, Eri correu até ele e disse, baixinho:
𝗘𝗿𝗶
O coelhinho me achou hoje...
Bakugou franziu a testa, confuso.
Ela apontou discretamente para Izuku, que arrumava alguns blocos ao fundo da sala.
𝗞𝗮𝘁𝘀𝘂𝗸𝗶
(olhou de novo para Izuku, com mais atenção desta vez)
Tsk… Veremos.
Comments
Lili
Quero maissss !! Amo suas histórias!
2025-08-14
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