A OFERTA P1
Ao longo desses dois anos, Ysaac aprendeu muito, mais do que já havia aprendido. Ele começou uma investigação para saber a sua origem. Com uma fome insaciável por respostas, Ysaac se envolveu com algumas pessoas perigosas, ganhando as suas confianças e realizando pequenos trabalhos. Em troca ele queria respostas. Os seus dons adquiridos os ajudaram muito e ele aprendeu a controlar. Na maioria das vezes...
Também havia descobrido um pouco mais sobre Azael em livros e em casos que algumas pessoas relatavam. Que deram de cara com um home de aparência e nome angelical, mas que não passava de uma fachada para esconder algo bem mais obscuro.
O vento daquela manhã carregava o cheiro salgado do mar e o amargor de fumaça das chaminés pobres. Ysaac caminhava pelas ruas estreitas do vilarejo, o capuz baixo escondendo o seu rosto para evitar olhares. A cada passo, os seus olhos percorrem becos e esquinas.
Um menino maltrapilho, não mais velho do que ele, olhava fixamente para um cesto de maçãs. O vendedor estava distraído discutindo preços. Com um movimento rápido, Ysaac deixou cair uma moeda no balcão e, sem esperar troco, colocou a fruta na mão do garoto. Não havia sorrisos, apenas um aceno tímido.
Ele repetia gestos assim desde que voltou ao seu mundo. Pequenos atos, quase invisíveis, mas que aliviavam um pouco o peso que via nos olhos alheios. Ainda assim, sua mente permanecia inquieta. Enquanto caminhava pela praça principal, uma voz rouca o chamou
Era um homem idoso, curvado sobre um cajado, com os olhos turvos como vidro rachado. Ele o olhou de cima a baixo e disse, quase num sussurro
???
Esse cabelo… esses olhos… já vi antes. A mulher que o carregava chorava como se o mundo tivesse acabado.
Ysaac
onde!
* coração acelerado *
Perguntou, contendo o impulso de agarrar o velho pelos ombros. O ancião indicou um caminho para o lado leste, onde as catedrais já cediam espaço a ruínas.
???
Perto da estrada para as montanhas. Faz muitos anos… mas talvez ainda encontre rastros.
Sem perder tempo, Ysaac seguiu o rumo indicado. A estrada estava silenciosa, com casas abandonadas e janelas quebradas. E foi ali, ao atravessar um beco estreito, que algo o fez parar.No centro de uma mesa de pedra, que não deveria estar ali, havia uma pequena xícara, ele sentiu que já havia visto aquela xícara.
Ysaac olhou ao redor. Nenhum passo, nenhuma sombra ou barulho. Mas sentiu o ar pesado, carregado por uma presença que ele conhecia bem.
A voz suave, quase melódica, ecoou como um sussurro que não vinha de lugar nenhum. Seu estômago se contraiu. Azael. Não precisava vê-lo para saber que ele o observava, e que cada gesto seu, cada investigação, estava sob seu olhar.
De repente a porta de uma casa se abre lentamente. Do outro lado estava aquele mesmo lugar da primeira vez que viu Azael. Ele não estava lá, havia apenas a mesma mesa, cadeiras e o chá. Ysaac respira fundo. Poderia simplesmente virar as costas, seguir as pistas deixadas pelo velho e continuar seu caminho. Mas sabia que nada de bom iria acontecer se quebrasse a sua promessa.
Com passos lentos, aproximou-se da mesa, a porta se fechando logo depois.
De repente, a cadeira à sua frente não estava mais vazia. Azael estava ali, alto e impecável, o contraste angelical de sua aparência apenas acentuando o perigo que exalava.
Ysaac
Eu não marquei hora então...
Murmurou, sentando-se mas sem tocar na xícara.
Azael
Você cresceu
* olhou-o de baixo para cima*
Ysaac
E você envelheceu
* era mentira*
O Demônio sorriu. Não havia raiva, apenas um interesse silêncioso, como um colecionador que encontrou uma peça rara.
Azael
Você está longe de casa
Azael comentou, servindo seu chá sem pressa.
Azael
Seguindo rastros que talvez nunca levem a nada. Por que tanto esforço?
Ysaac
Por que não consigo viver sem saber de onde eu vim, quem sou
Ysaac
Eu fugi por muito tempo, achando que seria melhor. Não vou mais.
Em um ato de estresse, Ysaac pega um bolinho que estava em uma sesta em cima da mesa, o colocando todo na boca. Teve que escutar Azael o repreendendo pela falta de etiqueta.
Azael
Então está disposto a pagar o preço que for para ter respostas.
* toma um goleiro do chá *
Ysaac
Depende. Vai ser você quem vai me cobrar?
Azael inclinou-se levemente para frente, com um sorriso cínico em seus lábios, pegou um bolinho também.
Azael
Talvez. Ou eu talvez já esteja cobrando
O silêncio se instalou, pesado. Ysaac sabia que tinha duas escolhas, ou ele levantava e ia em bora, ou aceitar a oferta e passa a jogar no campo do Diabo, onde cada movimento seria calculado por ele.
Baeony
O cara ta perseguido o coitado kkk
Baeony
Perdão qualquer erro de Português, revisei na pressa
Baeony
Obrigado por lerem. Até a próxima
Comments
🩵TIGRESA BLUE🩵
Azael: Calma nada eu quero ele agora 😒
Azael: ELE É SÓ MEU 😈
2025-08-10
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🩵TIGRESA BLUE🩵
Você veio do seu pai e da sua mãe 😌👍🏻
2025-08-10
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🩵TIGRESA BLUE🩵
Cheiro de safadesa 👁🫦👁💅🏻
2025-08-10
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