“Perfume Antigo” (DekuBaku) - Capítulo 1

10 anos depois…

Izuku Midoriya, agora com 26 anos, havia retornado ao Japão após conquistar sucesso como empresário. Com 1,90m, corpo musculoso, terno impecável e feromônios naturalmente sedutores, era o sonho de qualquer Ômega… e o alvo da inveja de vários Alfas.

Por fora, era todo controle. Por dentro, ainda carregava a lembrança de olhos vermelhos e explosivos que não via há uma década.

Já Katsuki Bakugou, agora com 24 anos, era um Ômega difícil. 1,70m, corpo definido, atitude feroz e boca suja. Mesmo nos cios mais intensos, nunca aceitou a aproximação de nenhum Alfa. Ganhou fama por socar um Alfa no meio do cio só por tentar marcá-lo sem permissão.

Ele trabalhava como tatuador e vivia sozinho. Independente, fechado e ainda cheio de raiva.

Naquela tarde abafada de verão, o destino os colocou frente a frente novamente.

Studio de Tatuagem — 15h23

O som da porta se abrindo. O cheiro invade o ambiente. Um cheiro antigo, familiar… amadeirado, intenso, que fazia o estômago de Katsuki virar.

♥︎𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 (24)

(rosnando) …Você só pode estar de brincadeira comigo.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

(um sorriso gentil, mas os olhos atentos) Oi, Kacchan.

♥︎𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 (24)

Não me chama assim. Eu não sou mais aquele idiota da escola, Midoriya.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

É… percebi. Agora você tatua gente.

Bakugou cruzou os braços. A tensão entre eles era quase física. Os feromônios de Izuku vazavam levemente — ele nem parecia perceber, ou fazia de propósito.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

Eu queria… uma tatuagem. Algo que me fizesse lembrar quem eu era.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

Achei que ninguém melhor do que você pra marcar isso em mim.

Bakugou engoliu seco. Aquilo era uma indireta? Ou só mais uma provocação típica de Alfa?

♥︎𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 (24)

Deita. Tira a camisa. Eu vou gravar essa merda em você de um jeito que não vai esquecer nunca.

Izuku obedeceu. O corpo exposto, musculoso, firme. Katsuki se aproximou com a máquina de tatuagem, mas foi o cheiro que o afetou primeiro. Um leve tremor o percorreu.

Estava perto de seu cio. E Izuku… percebia.

O estúdio ficou em silêncio. Até o leve ruído da máquina ser abafado pelo som da respiração pesada de Bakugou se alterando.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

(voz baixa) Você ainda tem o mesmo cheiro. Apimentado… doce… e um pouco irritado.

Bakugou fechou os olhos.

♥︎𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 (24)

Cala a boca. Se falar mais uma vez, eu vou cravar essa agulha no seu pescoço.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

Já fez isso, lembra? Quando me chamou de traidor e mandou eu sumir da sua vida.

A máquina parou. Katsuki jogou-a de lado, deu um passo pra trás… e o Alfa se aproximou.

Silenciosamente. Devagar.

Encostou o nariz na curva do pescoço do Ômega, inalando fundo. O corpo menor estremeceu.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

(sussurrando) Ainda me provoca do mesmo jeito, Kacchan.

Bakugou não respondeu. Os olhos estavam entreabertos. Sentia as glândulas do pescoço latejarem. Quentes. Ativas.

O hálito de Izuku tocou sua pele…

…e então, a primeira lambida veio. Lenta. Quase reverente.

O Ômega estremeceu. A mão instintivamente apertando o ombro do Alfa, como na imagem.

♥︎𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 (24)

(ofegante, entre dentes) Você não tem ideia do quanto eu te odiei, Midoriya.

♡︎𝐼𝑧𝑢𝑘𝑢 (26)

E do quanto me desejou?

♥︎𝐾𝑎𝑡𝑠𝑢𝑘𝑖 (24)

Cala essa boca.

Mas não havia mais raiva na voz. Só confusão. Calor. E saudade.

A história deles não tinha acabado.

Apenas estava começando outra vez.

Continua…

Capítulo 1 — O Reencontro