Meu coração batia tão alto que parecia ecoar dentro do bar inteiro. Respirei fundo e me levantei do banco. A bebida ainda queimava na garganta, mas foi a raiva que me moveu.
Caminhei até ele, firme, como se estivesse decidida há anos.
Ele nem me olhou no início. Continuava lendo alguma coisa no celular, completamente alheio ao caos que eu era.
Parei ao lado dele, sem cerimônia.
Madeline: — Eu quero transar com você.
Ele ergueu os olhos devagar, como se estivesse esperando que aquilo fosse uma piada. Mas quando me encarou, seu olhar era penetrante, sério, como se me enxergasse por dentro.
Damian: — Hm. Direta. Isso é raro.
Madeline: — Não estou em busca de elogios. Só de uma resposta.
Damian — Você sempre aborda homens assim? Ou hoje é uma noite especial?
Madeline — Hoje é a noite em que perdi tudo. Então não, não é especial. É só desesperada mesmo.
Ele riu. Um som grave, irônico, debochado.
Damian: — E você achou que sexo comigo resolveria alguma coisa?
Madeline: — Achei que talvez me lembrasse que eu ainda sou desejável. Que alguém poderia me olhar e me querer. Mesmo que por uma noite.
Ele pousou o celular, cruzou os braços e me analisou com um olhar tão afiado quanto uma lâmina.
Damian: — E se eu dissesse que não tô interessado?
Madeline — Seria só mais uma rejeição na minha lista. Não vai doer mais do que já doeu hoje.
Comecei a virar o corpo para ir embora, engolindo o orgulho mais uma vez, quando a voz dele me alcançou, firme e baixa.
Damian: — Eu aceito.
Parei. Virei devagar, sem acreditar no que ouvi.
Madeline: — O quê?
Damian: — Sua proposta. Sexo. Eu aceito. — Ele se inclinou ligeiramente, seus olhos brilhando com um desafio contido.
Damian-Mas você vai ter que aguentar o tipo de homem que eu sou. Eu não finjo carinho. Não faço promessas. E não aliso feridas.
Minhas pernas fraquejaram. O peso das emoções, da coragem súbita, da noite inteira… me engoliu de vez.
O mundo girou.
Madeline — Ótimo… então… está… feito.
E então… tudo escureceu.
Senti meu corpo ceder, o chão sumir, a visão ficar turva. Antes que pudesse cair, braços fortes me envolveram, impedindo o tombo.
Damian — Porra…
Ele me segurou contra o peito, firme, confuso. O bar inteiro olhou. Ele olhou para o barman, que apenas deu de ombros.
Barman: — Eu avisei.
Damian passou o braço pelas minhas pernas e me ergueu com facilidade. Meu corpo mole contra o dele. Minha cabeça desmaiada em seu ombro.
Damian — Que merda você foi se meter, hein, mocinha?
Sem pensar muito, ele saiu com passos longos e seguros do bar me carregando como se eu não pesasse nada.Me levando direto para sua casa.
E sem saber… direto para a parte mais perigosa da minha vida.
Na manhã seguinte
A claridade atravessava as cortinas de linho, suave, invadindo o quarto com um calor morno e silencioso. Pisquei devagar, sentindo a cabeça latejar como se uma banda inteira tivesse tocado dentro dela.
Demorei alguns segundos para perceber que não estava no meu quarto.
Lençóis brancos. Travesseiros macios. Um ambiente amplo e elegante. Luxuoso… moderno.
Meus olhos arregalaram de repente.
Madeline - Onde… eu tô?
Tentei me mover e foi quando senti.
Nada.
Nada de tecido na pele. Nada de pijama.
Levantei o lençol de uma vez.
Madeline- Puta merda! — sussurrei, assustada. Eu estava nua.
O pânico me subiu pelas veias como um incêndio. O que eu fiz? Com quem? E por quê?
Na minha mente, flashes da noite anterior começaram a aparecer. O bar. A bebida. O barman idiota.O homem.O homem lindo com olhos frios e sorriso sarcástico.
Madeline - Damian… — murmurei, como se o nome explicasse alguma coisa. Como se isso aliviasse o fato de eu estar pelada numa cama desconhecida.
A porta se abriu.
E lá estava ele.
Usava apenas uma calça de moletom cinza, baixa demais na cintura para o meu próprio bem. O abdômen definido parecia esculpido em pedra, e os ombros largos denunciavam o tipo de homem que não apenas impunha respeito mas o arrancava.
Trazia uma bandeja nas mãos. Nela, um copo d’água, um comprimido… e um robe dobrado.
Damian — Ah, você acordou. Ainda bem. Achei que ia dormir mais um século.
Fiquei imóvel como uma estátua.
Madeline: — O que aconteceu?
Ele caminhou com a tranquilidade de quem sabia exatamente o que estava fazendo, apoiou a bandeja na poltrona ao lado da cama e me lançou um olhar debochado.
Damian: — Depende do que você quer saber. A parte em que você chegou no bar oferecendo sexo… ou a parte em que desmaiou nos meus braços antes mesmo de eu responder?
Madeline (vermelha): — Eu tô… pelada.
sorrindo com um canto da boca
Damian - É. Percebi.
Puxei o lençol até o queixo, sentindo meu rosto pegar fogo.
Madeline: — A gente…?
Damian: — Não. — Ele respondeu de imediato, se sentando na poltrona com um suspiro divertido. — Você vomitou. Muito. Principalmente… nas suas roupas.
Madeline (indignada): — Eu… o quê?!
Damian (rindo): — É, docinho. Uísque barato não combina com estômago vazio e dor de coração. Foi um show.
Madeline (enfiando o rosto nas mãos): — Meu Deus…
Damian: — Fique tranquila. Lavei o que deu, joguei fora o que não deu, e deixei esse roupão aqui — ele apontou para o tecido bege no braço da poltrona — pra você não sair correndo pelada pela casa. Seria interessante… mas a vizinhança não merece tanto privilégio.
Olhei pra ele completamente atordoada.
Madeline: — Você me viu vomitada, desmaiada e… pelada?
Damian (dando um gole na água dele): — Vi você desmaiando, sim. Pelada, só porque precisei tirar suas roupas sujas. E vomitada? Bom, digamos que já vi coisas piores.
Fiquei muda. A vergonha me dominava. Mas por algum motivo… ele não ria de mim com escárnio. Ria com leveza. Como se não estivesse me julgando, apenas aproveitando o espetáculo que eu fui.
Damian (se inclinando): — Toma isso. Vai te ajudar. — Ele estendeu o copo e o comprimido. — E quando estiver se sentindo humana de novo… a gente conversa.
Madeline (pegando o copo, tímida): — Sobre o quê?
Damian (piscando): — Sobre você ter me oferecido sexo… e ainda não ter voltado atrás.
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Atualizado até capítulo 48
Comments
Marisa Sampaio
kkk k Madallenne vç deu um vexame.
2025-08-05
0
Fatima Gonçalves
E QUE VEXAME
2025-08-08
0
Fátima Lima
🤣🤣🤣🤣
2025-08-06
0