mudando de casa #3

Eduarda Oliveira

Olá! Sou Eduarda Oliveira, mas todos aqui me chamam Duda. Sou carioca, moradora da favela do rato molhado. Tenho 1/ 68 de altura peso 54 kilos, tenho 22 anos moro sozinha, pois o meu pai eu nunca conheci, a minha mãe morreu de câncer, quando eu tinha 7 anos, e desde então eu fui criada pela minha vó que faleceu a dois anos, de enfarto. Eu moro na casa que a minha avó me deixou, como herança, pois a minha mãe era filha única. Tenho uma única amiga, que mora a três casas dps da minha. Adoramos curtir o baile que tem aqui na favela.

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Rafaela Souza

Sou Rafaela Souza! A típica carioca que ama uma boa balada e uma boa praia, tenho 1/48 de altura, peso 50 kilos, tenho 20 anos, moro com a minha mãe, o meu pai faleceu esse ano de cirrose ele era alcoólatra e não aceitava ajuda para se curar. Conheço todo mundo aqui na favela em que eu moro. Mas tenho a minha melhor amiga Duda, ela mora quase do meu lado. Sempre estamos juntas, eu já a chamei para vir morar aqui comigo e com a minha mãe, já que ela perdeu a sua mãe e a sua avó. Mas ela diz que não quer morar aqui para não ser mais uma boca para a minha mãe alimentar, já que nem eu e nem ela trabalha. Eu estou muito preocupada com ela, pois o seguro de vida que ela recebeu com o falecimento da sua avó está acabando.

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Eduarda Oliveira

Me levanto cedo, me arrumo, e saio mais uma vez à procura de um emprego, e como sempre eu não consigo nada. Já estou ficando preocupada, pois o dinheiro que eu recebi de indenização, do falecimento da minha avó está acabando, e mal tenho que comer em casa. A Rafa já me chamou para ir morar junto com ela e a mãe dela, mas eu não acho justo, a tia Gorete trabalhar para sustentar nós duas. Ao chegar, depois de tanto andar atrás de um trabalho, tomo banho, coloco uma roupa e vou à casa da Rafa, para conversar um pouco. Chego lá, não preciso chamar para entrar, então eu abro o portão e vou chamando a Rafa. Ao entrar, a tia Gorete me fala que Rafa não está e que foi na padaria comprar pão, e manda-me sentar, para esperar Rafa chegar, e aproveitar e tomar café tbm. Quando eu vou dizer que não é preciso, a tia Gorete, já vem falando que não aceita, não como resposta,

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 Gorete Souza

-duda minha filha, eu sei tudo o que vc está passando, e tbm sei que a Rafa já te chamo para vir morar com nós e vc não aceitou. Então como uma mãe, eu quero que vc venha morar aqui em casa com nosco e com isso vc pode alugar a sua casa e ter um dinheirinho, para poder gastar com as suas necessidades. E quanto à comida, nós três comemos oq tiver para comer e caso seja preciso você terá o dinheiro do aluguel e pode ajudar com uma quantia para as compras. Eu não quero que você responda agora, quando você for embora e estiver sozinha, você pensa com carinho e depois dá-me a resposta.

Eduarda Oliveira

Eu ouço oq a tia Gorete falou e digo que eu vou. A Rafa chega, tomamos café e conversamos. Eu conto, como foi mais uma vez ir atrás de trabalho, e não conseguir. A noite chega a tia obriga-me a jantar com elas, eu janto e vou para casa. Tomo um banho e deito-me, eu penso em que eu vou fazer, já que está difícil arrumar trabalho, como eu vou sobreviver, entre pensamentos eu acabo dormindo. — Eu acordo num lindo jardim florido, estou sentada num balanço me balançando, sentindo a brisa fresca no meu rosto, vejo a minha mãe vindo de encontro a mim, ela vai para trás do balanço, e fica-me empurrando levemente, e começa a falar que eu preciso fazer oq e certo apoiar em quem vai me dar apoio, e que sozinha eu não conseguirei. Ela tbm fala que ela sempre vai estar ao meu lado guiando os meus passos. E de repente eu não sinto mais o seu balanço, eu olho para trás e não vejo mais ela, então eu começo a chamar, mãe, mãe, cadê vc. Eu acordo ofegante e suada, só aí eu percebo que eu tive um sonho, mas que parecia real.

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Levanto-me e mais uma vez vou à procura de trabalho, e volto mais uma vez frustrada, por não conseguir, mas com uma decisão já tomada. Vou para casa, começo a arrumar a casa, faço a última comida que eu tenho, tomo banho e vou para a casa da Rafa. Eu entro e a vejo deitada no sofá, eu sento-me ao seu lado, e pergunto por tia Gorete ela me diz que ainda não chegou do trabalho. Não demora a porta se abrir, revelando tia Gorete que nos cumprimenta com boa noite! ela senta ao nosso lado, e pergunta-me como foi o meu dia hoje, se eu consegui o trabalho, eu respondo-a.

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— Então, tia! Eu mais uma vez fui atrás e não consegui nada. A última comida que eu tinha, eu fiz hj, mas essa noite eu tive um sonho com a minha mãe, e ela ajudou-me na minha decisão por isso eu estou aqui, para dizer que se eu não for incomodar msm eu aceito vir morar aqui com vcs. E assim que eu conseguir alugar a minha casa eu faço questão de dar uma ajuda nas despesas da casa.

Ao terminar de falar, Rafa pula em cima de mim, feliz por eu aceitar ir morar com elas, a tia fala que eu fiz oq e certo e que tudo vai ficar bem. Eu agradeço-a, fico mais um tempo ali e vou para casa. No dia seguinte eu não vou atrás de trabalho, fico em casa para arrumar as minhas coisas. Rafa vem para ajudar-me, e acaba tendo uma ideia de fazer um bazar, para vender os móveis que eu não vou mais usar, após guardar as minhas roupas, documentos e fotos de recordação, nas malas eu despeço-me da minha casinha, e saímos, eu tranco a porta. Chegamos na casa da Rafa, contamos para a tia a ideia da Rafa, ela dizer ser uma boa para não perder os móveis, mais que eu traga a tv e a minha cama para colocar no quarto da Rafa que vai dividi- lo comigo, eu concordo e vamos para o quarto arrumar as minhas coisas. No outro dia já montamos o bazar e conseguimos vender todos os móveis, a um preço acessível, e consegui um bom dinheiro. Dei uma parte do dinheiro à tia para ajudar com as despesas e fiquei com a outra parte, já coloquei a placa de aluga-se na casa para alugar.

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A semana passou, hoje vai ter um baile aqui na favela, estamos nos arrumando para ir, já que tem um bom tempo que não curtimos. nós despedimos da tia Gorete, que fala para termos cuidado na rua já que a um tempo desse teve uma tentativa de invasão, falamos para ela que vamos nos cuidar e saímos. O baile está bombando, bebemos, dançamos, conversamos e fizemos algumas amizades com pessoas que vem de fora pra curtir o baile daqui. Os meninos da boca estão na mesa do lado da nossa, alguns deles tentam se engraçar para o nosso lado, mais o camaleão que é o dono dq logo coloca eles no lugar deles. camaleão foi criado junto com nós desde pequeno, e sempre tivemos uma boa amizade, ,só não temos muito contato por conta da vida que ele leva agora. Mas ele nunca faltou com respeito com nós duas e sempre nos diz que não é para ficarmos dando moral para esses caras. Camaleão msm de longe sempre ajudou a minha vó, ele sempre foi grato a ela, por ela o livrar várias vezes de se dar mal com os policiais. Alguns caras da boca não vão com a nossa cara por não ficar dando mole para eles, só por que eles portam armas, andam de moto pela favela e pegam as mulheres que querem. Mas eu nem ligo por eles me chamarem de marrenta da favela, eu não dependo deles pra nada, msm eu precisando e sabendo que o camaleão ajuda até com cesta básica para quem precisa, eu nunca fui pedi-lo, para depois não ter que ficar devendo favor a boca de fumo. Continuamos curtindo até ficarmos bêbadas e iremos embora para casa.

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