César Mioto _ Capítulo 4
_ acordei mais cedo que o de costume, preferi fazer o desjejum na cozinha e a senhora Gardênia se juntou a mim
Gardênia:_ Eu estou muito feliz em ter você aqui - ela esfregou as minhas costas com as mãos - seu avô não falava de outra coisa, ele dizia que queria que você voltasse, e assumir esse lugar
César:_ Eu não penso em ficar - ela me olhou e vi seus olhos marejarem - daqui a uma semana irei embora
Gardênia:_ Eu compreendo - ela pegou a caneca de café e tomou um gole - talvez você mude de ideia
César:_ Difícil - ela sorriu para mim sem mostrar os dentes - Já tomou o seu remédio?
Gardênia:_ Parece o seu avô falando - me virei fica quase que de costas para ela - sim, já tomei o meu remédio
Peguei o carro do senhor César e fui para a cidade encontrar com o André.
Eu comecei um negócio a pouco tempo com o Duke Johnson, um tipo de fusão, mas não quero ficar só lá, quero expandir o meu negócio para o Brasil e deixarei o André afrente de tudo
André:_ Quanto tempo - nos cumprimentamos com um aperto de mão
César:_ Sim, mais de dez anos - nos conhecemos em uma palestra sobre a tecnologia e suas consequências com o meio ambiente - Soube que comprou a Tek Bond
André:_ Só vinte porcento das ações - ele deu de ombros - você também quer comprar algumas ações?
César:_ Não, quero começar um do zero - mostrei a ele um pouco do meu projeto
André:_ Isso tá muito bom - ele pegou o celular e me mostrou - olha isso é um novo projeto que nós estamos trabalhando, é voltado para área da ciência. Se tudo der certo nós faremos muitas melhorias para os agricultores
César:_ Hum... Eu gostei, parece um bom negócio - ele confirmou - isso aqui é prótese?
André:_ Sim, é um projeto que ainda está na segunda fase, mas nós tivemos bons resultado logo na primeira fase
César:_ Posso analisar esses papéis com mais calma - ele me entregou as cópias - obrigado!
André:_ Eu pensei que você havia me chamado porque sabia que o escritório ficou com o caso do seu avô e nós que faremos a leitura do testamento - olhei para ele por cima do papel, sim eu tinha total consciência
César:_ Não se preocupe, não te procurei a fim de saber sobre o testamento, ele só tinha aquelas terras e eu não tô nem aí para aquele lugar - André negou, se curvando um pouco na mesa
André:_ Seu avó andou fazendo uns negócios ao qual lhe deu muitos lucros nos últimos anos - agora algumas coisas começaram a fazer sentido
César:_ Me contando assuntos confidenciais, vou te denunciar para OAB - nós dois rimos - talvez eu tenha o que você precisa
André:_ Você é muito mistérioso, mas muito competente com o que você quer, gosto disso - ele se levantou - tenho que ir, minha esposa está me esperando
César:_ Claro, vai lá - nós despedimos
Voltei para a fazenda e assim que coloquei os meus pés na casa, estava o Jorge, Breno e Ágata
Ágata:_ Para onde você levou o cavalo do meu filho? - seu tom autoritário me lembro uma época que eu não tinha voz
Breno:_ Aquele cavalo é meu! - olhei para ele
César:_ Não. O cavalo é da senhora Mioto - Ágata revirou os olhos - eu sou o único herdeiro dela - passei por ele sem dizer mais nada
Jorge:_ E eu sou o viúvo dela - olhei para ele
César:_ Mas não o herdeiro - voltei a caminha para o meu quarto, mas parei quando lembrei que não vi a senhora Gardênia na sala. Fui ao quarto dela - senhora Gardênia
Gardênia:_ Oi meu filho - ela estava deitada na cama toda enrolada - o que aconteceu?
César:_ Eu quem te pergunto - ela sorriu fraco - está se sentindo mal ?
Gardênia:_ Minha pressão - ela apontou para a jarra ao lado da cama - você coloca um pouco de água para mim?
César:_ Claro - entrei no quarto já que estava parado na porta - posso ver seus remédios?
Gardênia:_ São esses comprimidos aí - entreguei o copo com água a ela - você tá mais parecido com o seu avô, ele queria tanto ver você
César:_ É melhor você descansar - peguei a cartela de comprimidos sem ela ver
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Atualizado até capítulo 37
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