"Caminhos Entrelaçados"

📱 Grupo ‘Casa da Vovó Soo-jin’ – Minji 🍃, Yuna 💼, Vovó 🎋
Avó Soo-jin
Avó Soo-jin
> [08:14] Vovó Soo-jin 🎋: Vocês vão à cachoeira hoje? O caminho está cheio de lírios.
Minji
Minji
> [08:15] Minji 🍃: Podemos ir, sim. Mas Yuna ainda está se acostumando com os insetos.
Yuna
Yuna
> [08:15] Yuna 💼: Estou batalhando contra uma borboleta que acha que meu cabelo é um ninho.
Pensamento interno — Minji 🍃
Minji
Minji
> Ela tem um humor inesperado. Chegou cheia de pressa interior, mas já está a rir com a vovó. E com os lírios. Acredito que ela não percebe que fala com as flores como se fossem velhas amigas. > Será que ela lembra de quando esteve aqui antes?
📱 Mensagem direta — Minji 🍃 → Yuna 💼
Minji
Minji
> [08:47] Minji: Preparei um caderno e lápis para você. Caso queira escrever ou desenhar durante a caminhada.
Yuna
Yuna
> [08:47] Yuna: Eu não desenho.
Minji
Minji
> [08:48] Minji: Mas talvez desenhe pensamentos.
Yuna
Yuna
> [08:48] Yuna: Você sempre fala assim... como quem planta palavras.
Pensamento interno – Yuna 💼
Yuna
Yuna
> Minji tem olhos como lagoas quietas. Olhar que não exige respostas, só presença. O campo parece seguir o ritmo dela — ou talvez seja o contrário. > E eu? Eu pareço um relógio barulhento aqui.
O sol filtrava-se por entre as árvores enquanto elas seguiam a trilha sinuosa. Minji andava com passos lentos, tocando as folhas como quem pede licença à natureza. Yuna, apesar dos tênis novos e da mochila estruturada, tropeçava em raízes expostas e distraía-se com libélulas que atravessavam o seu caminho. — Tem certeza de que essa trilha é segura? — Yuna perguntou, fingindo calma. — Para quem respeita o silêncio, ela sempre foi — respondeu Minji, com sorriso leve. Chegaram à cachoeira depois de vinte minutos. A água caía com força mansa. Yuna tirou os sapatos, molhou os pés e sentiu a tensão dissolver-se com a correnteza.
📱 Mensagem de voz – Yuna 💼
Yuna
Yuna
> “Eu lembrava disso… mas não com detalhes. Lembrava do som da água… e da senhora Soo-jin dizendo que esse lugar curava dores de dentro. Eu achava que era só poesia. Hoje, talvez não seja.”
Mensagens – Minji 🍃 → Yuna 💼
Minji
Minji
> [11:12] Minji: Não é só poesia. É memória líquida.
Yuna
Yuna
> [11:13] Yuna: Você devia escrever livros.
Minji
Minji
> [11:14] Minji: Eu desenho silêncio. As palavras escapam-me.
Yuna
Yuna
> [11:15] Yuna: E mesmo assim elas me encontram.
📱 Grupo ‘Casa da Vovó Soo-jin’ – Vovó 🎋
Avó Soo-jin
Avó Soo-jin
> [12:01] Vovó Soo-jin 🎋: Minji-ya, encontrou o colar que deixei com os lírios? Era da sua mãe.
Minji
Minji
> [12:02] Minji 🍃: Não ainda. Mas vou procurar.
Yuna
Yuna
> [12:03] Yuna 💼: Ela usava um colar de lírios?
Avó Soo-jin
Avó Soo-jin
> [12:04] Vovó Soo-jin 🎋: Sim. Era dela desde jovem. Você brincava com ele quando tinha cinco anos, Yuna. Chamava de “pétalas guardadas”.
Yuna
Yuna
> [12:05] Yuna 💼: Eu não lembrava disso...
Pensamento interno – Yuna 💼
Yuna
Yuna
> Porque esses lugares carregam tanto de nós que esquecemos? Um colar, uma trilha, uma frase dita há vinte anos. E agora, tudo parece tão perto. Como se a minha infância estivesse me espiando. > Será que posso... voltar, sem perder o que me tornei?
De volta à casa, Minji convidou Yuna para ver os seus desenhos. O ateliê ficava ao lado do quarto de Soo-jin, com janelas amplas voltadas para o campo. Pincéis descansavam em potes de barro. Croquis de flores, animais e cenas de infância espalhavam-se em papéis amarelados. — Você pintou isso? — Yuna perguntou, apontando para uma imagem de duas mãos entrelaçadas sob um céu cor-de-rosa. Minji assentiu. — São mãos que se reconhecem antes dos corpos entenderem — disse, tocando levemente a borda da folha. Yuna sorriu, mas seu olhar vagava entre desenhos e lembranças.
📱 Grupo ‘Casa da Vovó Soo-jin’ – Yuna 💼
Yuna
Yuna
> [17:47] Yuna: Vovó Soo-jin, posso dormir aqui essa noite?
Avó Soo-jin
Avó Soo-jin
> [17:48] Vovó Soo-jin 🎋: A casa sempre teve espaço para corações em trânsito.
Minji
Minji
> [17:49] Minji 🍃: Posso preparar o futon com cobertas de lavanda.
Yuna
Yuna
> [17:50] Yuna 💼: Nunca vi alguém preparar silêncio com tanta gentileza.
Pensamento interno – Minji 🍃
Minji
Minji
> Ela vai dormir aqui. Pela primeira vez desde que chegou, parece estar menos armada. E pela primeira vez, senti vontade de escrever uma carta, mesmo sem saber o que dizer. Talvez desenhe uma.
Yuna observava o céu estrelado da varanda. Minji estava ao lado, com um caderno no colo. Avó Soo-jin dormia, envolta em cobertas antigas que ainda carregavam cheiro de flores secas. — Obrigada por hoje — disse Yuna, quebrando o silêncio. — Obrigada por voltar — respondeu Minji, sem hesitar. O vento dançava entre as folhas. As magnólias dormiam. Mas entre elas, algo começava a germinar — não um amor declarado, mas um afeto presente, constante, como raízes que se preparam para florescer.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!