Dean ergueu o namorado nos braços, como se ele fosse uma princesa e o levou até o banheiro. A água começou a correr na banheira, enchendo o silêncio com seu murmúrio quente. Enquanto esperava, acomodou-o na beirada da privada, os olhos fugindo do contato — ainda havia um peso no ar, um eco desajeitado da noite anterior.
O banheiro estava cheio de vapor quando Dean ajudou o namorado a se sentar na beirada da privada. A água da banheira corria, mas nenhum dos dois realmente pensava em tomar banho — só precisavam de um pretexto para ficar ali, naquele espaço pequeno e quente, onde o ar parecia carregado com tudo o que não conseguiam dizer.
O corpo do garoto ainda estava macio sob as mãos de Dean, como se a noite tivesse remodelado ele de alguma forma. E talvez tivesse. Os olhos vermelhos, a respiração acelerada, a maneira como ele evitava encarar Dean diretamente — tudo gritava o que as bocas não ousavam repetir.
"Cê tá... bem pequeno?..... Olha desculpa por....." Dean perguntou, sabendo muito bem a resposta.
O namorado engoliu seco. Okay era pouco. Okay não cobria o jeito que suas pernas ainda doíam, nem o calor que subia no seu rosto toda vez que lembrava — dos gemidos, das mãos dele nas costas, do peso de Dean sobre ele como se não houvesse amanhã. E não havia. Só aquela pressa desesperada, a embriaguez tirando todo o resto, e depois... Bem. Depois, o desastre.
"A gente vai se atrasar pra aula", murmurou, mudando de assunto. Mas era mentira. O que ele realmente queria dizer era: Quero que você me pegue de novo agora, mesmo sabendo que não podiam. Nem ali, nem tão cedo. Dean parecia ler seus pensamentos — sempre parecia — porque soltou um riso baixo, quase um rosnado, antes de puxá-lo pela cintura, e taca-lhe um beijo feroz.
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