capítulo 4

  Eram 10h da manhã, quando acordei com o toque do meu celular. Eu havia ficado até às 2h da madrugada, pesquisando sobre a empresa, sobre as passagens, sobre gastos, eu estava muito ansiosa. Então atendi o celular, ainda sonolenta.

  — Tenho uma coisa pra te contar– disse Kai – Chegarei  aí em 15 minutos.

Levantei correndo da cama, se Kai disse 15 minutos, então em 10 ele estaria na minha porta. Escovei os dentes e arrumei o cabelo, e meu Deus será que ele não lembrava que, tinha uma amiga no pico da ansiedade?   Meu celular vibra mais uma vez, uma notificação. Theo.

Theo_ bom dia linda.

Eu_ bom dia!

Deixei bem claro que eu não queria assunto, não com ele.

Theo _ estou próximo do seu apê, será podemos conversar? Precisa ser hoje, agora na verdade.

A campainha tocou, provavelmente era Kai. Eu não estava afim de falar com o Theo naquele momento. Eu só queria mesmo receber o Kai, pois queria é saber o que meu amigo estava tão ansioso para me contar, que o fez levantar cedo da cama. Provavelmente coisa boa.

Eu_ Pode ser então.

Theo_ daqui apouco estou chegando 😘❤️.

Não respondi. Qualquer sinal de afeto, ele interpretaria como um sinal de que tinha algo entre a gente. Ele era um homem bonito, de tirar o fôlego, mas com um ego enorme. Foi um encanto, nosso primeiro encontro, mas acabou quando eu disse que eu queria ser uma escritora, e ele não deu a mínima, e começou a desconversar e me beijar, me fazendo subir em seu colo no banco de traz do seu carro, depois de ter ficado um tempão ouvindo sobre ele ir morar em outro lugar e trabalhar para si próprio.

Nesse momento, pude ver que ele não serviria para uma vida a dois comigo.

Não troquei de roupa, fui correndo para a sala. Kai odiava ficar esperando. Quando cheguei, ele estava abraçando minha irmã, aproximando-se do seu rosto pra um futuro beijo. Como eu, Mari estava de pijama e não fazia questão alguma de trocar, como se Kai não tivesse praticamente acabado de sair daqui, oque era horrível, só de olhar para eles minha mente me levou a horas atrás, quando eu abafava os ouvidos, ouvindo aquele ranger de cama.

— Preciso dos seus documentos!– disse Kai ao se afastar de Mari e caminhar até o sofá– Para a sua alegria, eu tenho um amigo que trabalha nessa parte de passaporte, e hoje de manhã, eu entrei em contato com ele e pedi um favorzinho.

Eu não me aguentei, gritei como uma desesperada pela sala, abraçando os dois. Em seguida campainha tocou novamente, Mari foi abrir a porta, mas Kai a impediu, fazendo um gesto que ela não estava apropriada para atender, então ela foi ao quarto, trocar de roupa.

Com um sorriso largo, abri a porta. Theo estava parado, com um olhar Sério, seus braços soutos ao lado do corpo e visivelmente, ombros tensos.  Blusa preta colada e, calça jeans escura.

— Hum! Oi pra você também– disse Theo, ao passar pela porta e aproximando seu rosto e tentando um beijo.

— Oi! – falei enquanto jogava minha cabeça para o lado, desviando dele.

 Theo entrou na sala e ao notar que não estava sozinha, muda o seu semblante, se virando para e mim, descartando a presença de Kai.

— Preciso falar com você! – seu olhar vai diretamente para Kai e voltando para mim– é particular.

Meus amigos nunca gostaram de Theo, como diz Mari, o santo na bateu. Pedi ao Kai que fosse para o quarto, nós deixando a sós.

— pronto, pode falar.

— Eu vim te fazer uma proposta! Eu estou indo para outra cidade, com um trabalho melhor. Eu vim te chamar para ir comigo.

Levei um susto. Como assim? ir embora e com ele? . Seus olhos passaram minuciosamente pelo meu corpo, me fazendo lembrar do baby doo que eu estava vestida.

—Primeiro, eu não posso, segundo, eu não quero. E só pra reforçar... Eu não quero. Na verdade eu nunca quis.

Theo olha para mim, com seu maxilar travado, inclina a cabeça levemente para baixo, e abre um meio sorriso, deixando os dentes amostra, mudando sua  postura completamente, e num movimento rápido , suas mãos seguram, grande parte do meu rosto.  

— Você se acha muito né – disse com a boca bem próxima do meu ouvido, me fazendo sentir seu hálito quente.

—Sim! E outra, eu também estou de partida– digo isso e seu aperto fica mais forte, me trazendo dor– estou indo para Itália.

— Então desejo que voce se de muito mal nessa viajem, e depois volte com o rabo entre as pernas me ligando e pedindo pra eu te buscar.

Empurrei com força suas mãos para longe.

— E é nessa hora que você acorda! Porque pode dar tudo errado, eu posso voltar, com o rabo entre as pernas como você disse mas, eu nunca vou te ligar, eu não preciso de você. Há! Sai da minha casa.

— Sua maldita!

Theo veio em minha direção, com muita fúria. Por um instante, o medo passou por mim. Gritei o Kai tão desesperada que, num instante, ele já estava segurando pelo colarinho de Theo e o colocando para fora. Eu só conseguia ouvia os palavrões contra mim só lado de fora e depois tudo se acalmou.

— Eu sempre soube que ele não prestava, mas como diz a Fernanda; para de falar isso das pessoas.– disse Mari com uma voz fina, como se imitando a minha.

Revirei os olhos para ela, e fui para cozinha eu precisava tomar um café bem forte.

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