1-O Nascimento Errado
A primeira vez que Ellayn sentiu o toque do mundo foi em silêncio.
Nenhum sino soou, nenhuma festa foi feita. Os salões do castelo de Norvalen, que costumavam vibrar e comemorar com qualquer nascimento de sangue nobre, se mantiveram frios, calados…
Seus pais haviam esperado um alfa
Durante meses, a Rainha Seraphy carregou o orgulho do futuro do trono em seu ventre. O povo falava de um herdeiro feroz, uma força bruta que lideraria exércitos e manteria o sangue da linhagem Drakhal.
Todos os familiares do castelo estavam não aposentado da Rainha. Avós, irmão, primos, sobrinhos e netos.
Criada
M-Majestade…o senhora precisa fazer mais força, e-está quase…
Seraphy
*lacrimejando e soando* E-eu…e-eu não consigo~
Amália
*passa um lenço úmido em sua testa* Shih minha querida, acalme-se…
A rainha sangrava sobre os lençóis de linho enquanto se esforçava no parto, e o rei, do outro lado da câmara, mantinha os punhos cerrados e os olhos fixos na porta, esperando a notícia que, por direito e orgulho, lhe era esperava: um filho alfa, forte, destinado ao trono, como fora seu pai, e o pai antes dele.
Mas quando os gritos da Rainha cessaram e o choro do bebê rompeu o ar abafado do quarto, houve apenas silêncio.
Criada
*treme meio hesitante* É-é um menino, Vossa Majestade.
Criada
*enrola o bebê em um pequeno lençol*
Criada
*olha para a rainha hesitando de entregar o bebê* M-mas Vossa Majestade…
Seraphy
*abre um leve sorriso ofegante e estica os braços* D-Deixe-me vê-lo…
Mas quando a criança nasceu, frágil, com cheiro doce e natureza rendida…os familiares se aproximaram, suas expressões confusas e incertas.
Aelric
*franze o cenho* Que cheiro é esse!?
Braegor
*se aproxima sério observando*
Nireon
*sobressalto* Ô-ômega?
Cecília
*pula de alegria batendo palmas feliz e sorrindo* Eu vou ter um irmãozinho ômega!!
Seraphy
*arregala os olhos* O-oque…!?
Seraphy
N-não…i-impossível! *pega o bebê não braços rapidamente*
ㅤ
h-hn…~ *biquinho choroso*
Todos se aproximaram da cama da Rainha, atônitos ao ouvir
Cecília
Mamãe, deixe-me pega-lo! *sorri e estica os bracinhos pegando o bebê delicadamente*
Cecília
Q-que tal chamamos de…E-Ellayn!? Em homenagem ao vovô!? *sorri e levanta o olhar olhando para todos*
Em questão de segundos, o silêncio se instalou nos aposentos.
Suas faces duras como pedras refletindo desgosto e desprezo.
Rhagor
*olha para o bebê e faz cara de nojo* Arg! Jogue-o fora!
Azariel
Não encoste nessa aberração, Cecília!
Cecília
*sobressalto e faz uma expressão de raiva* Não fale do meu irmãozinho assim!
A rainha virou o rosto para o lado, exausta e pálida, com os olhos marejados
Seraphy
*vira o rosto para o lado* T-Tire-o daqui i-imediatamente…~
Cecília
M-mamãe, n-não diga besteiras… *aperta levemente o bebê nos braços*
Já o rei Orthran, rígido como mármore, não deu um passo à frente. Não o olhou. Apenas se levantou e saiu, com a capa arrastando o peso da frustração e desagrado.
A criada então segui as ordens da Rainha, retirou o bebê dos braços de Cecília, irmã mais venha de Ellayn. E saiu com o bebê nos braços sem dizer uma palavra
Anos se passaram e desde então, Ellayn passou a viver como uma vergonha velada. Cresceu entre irmãos e primos alfas, todos treinados para guerra, política e dominação. E ele? Confinado aos cantos do castelo, trancado como uma peça de porcelana rachada, sempre silenciada e isolada de todos.
Ninguém o tocava com carinho, sempre o maltratavam por ser “diferente” e “inferior” a toda sua família.
Seus pais raramente diziam seu nome. A presença dela era tratada como algo vergonhoso, algo que simplesmente não deveria ter acontecido.
— Fraco. — Era oque eles diziam.
— Um erro da Lua. — cochichavam os empregados e todos que o via.
Ele aprendeu, ainda engatinhando, que seus choros incomodavam. Que seu cheiro despertava desprezo nos alfas da casa. Que sua presença era vista como uma falha de sangue.
Enquanto os filhos dos duques recebiam treinos e armaduras, Ellayn recebia silêncio, isolamento, frieza. Não era tocado com ternura. Não era olhado com orgulho.
Ellayn aprendeu cedo a temer qualquer voz mais alta, qualquer olhar direto. As mãos de seu pai nunca o seguraram, mas os gritos dele, e os castigos por cada passo “errado”, marcaram-no como ferro quente. Cresceu sabendo que não era bem-vindo.
Ellayn não tinha um aposentado descente é digno da sua posição como príncipe e filho do Rei, pelo contrário, Cresceu confinado a um “aposentado” completamente desproporcional a sua posição.
Era pequeno, sujo e úmido. Havia baratos e ratos espalhados pelo teto.
Seu “aposento” ficava separado dos demais parentes, longe de tudo e de todos. Se encontrava na última porta do enorme corredor do castelo.
Com a medida que crescia, acabou se tornando “criado”, da sua própria família.
Eles o batiam, o humilhavam e o maltratavam.
E o que seus pais diziam a respeito? Absolutamente nada. Não se importavam com ele, era considerado apenas um “criado”
Mas exeto uma pessoa, sua irmã Cecília.
Ela sempre se manteve próxima a Ellayn, sempre levava refeições escondia para ele, sempre o ajudou e esteve por perto. Que o ensinou a dar os primeiros passos, que o ajudou a ler, a escrever e a ter o princípio básico da educação.
Em seus aniversários, quem sempre estava lá com Ellay no seu aposento com um delicioso bolo e uma vela cantando parabéns, era Cecília.
E agora, Ellayn já se encontra com 19 anos…
Relevem os erros de digitação!
Comments
anjo🥰😇
JÁ ESTOU ANSIOSA PARA OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS /Applaud/
Mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas mas por favor autora ☺️, eu quero mas
Você arrasando como sempre ❤️❤️❤️
2025-08-08
2
💜🦋 Fuyuki 🐺💛
A única que parece prestar
2025-07-07
2
𝓒om 𝓐mor, 𝓡uby
mais uma obra boaa!
2025-07-07
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