O apartamento que Luna e Isadora dividiam dentro do reality Compromisso às Cegas era moderno, confortável e, aos olhos do público, o cenário perfeito para um romance florescer.
Na prática, era uma panela de pressão com glitter e códigos civis.
O espaço era compacto, com cozinha americana, sala de estar integrada, banheiro compartilhado e um único quarto.
Ou seja: não havia escapatória.
Dois metros quadrados de tensão.
Era uma terça-feira. E Luna já estava de mau humor antes mesmo de abrir os olhos.
— Café sem açúcar? Sério? — murmurou, encarando a xícara.
Isadora, de cabelo preso e fones no pescoço, revisava documentos na mesa da sala, com a expressão de quem já tinha ignorado cinquenta comentários piores naquele mesmo dia.
— É o que tem. O açúcar acabou e ninguém foi comprar — respondeu, sem desviar o olhar da tela.
— Talvez se a "Rainha das Regras" descesse do salto e colocasse o pé na feira, a gente teria um pacote novo.
— Talvez se a "modelo profissional" acordasse antes do meio-dia, veria que eu fui no mercado ontem — rebateu Isadora, fria.
Luna bufou e virou de costas, de baby doll e cabelo preso num coque desleixado. Ela andava de um lado pro outro da cozinha, mais pra ser notada do que pra preparar algo.
— Vai passar o dia inteiro com essa cara de quem tá resolvendo uma crise diplomática?
— Estou resolvendo uma contestação de processo. O que é quase o mesmo.
— Uau. Que sexy.
— Vai trabalhar, Luna.
— Eu trabalho com o corpo. Meu expediente começa com uma boa luz e maquiagem decente — respondeu, já sentando no sofá com o celular na mão. — E, por acaso, a produção me pediu ensaios de fotos pro feed oficial. Coisa que exige, sabe, inspiração. Estilo. Charme.
Isadora a encarou por cima dos óculos.
— É impressionante como você consegue falar tanto sem dizer nada.
— E é impressionante como você consegue dizer tanto sem ninguém querer ouvir.
Silêncio.
As câmeras captaram o clima espesso como vapor.
Ali não havia carinho, nem esforço de aproximação.
Só sobrevivência.
A ROTINA DELAS
8h00 – Isadora levanta. Toma banho gelado. Prepara café. Responde e-mails jurídicos em silêncio.
9h30 – Luna acorda. Reclama do sol, do espelho, da ausência de pão sem glúten.
10h00 – Luna grava stories para os seguidores: "Bom dia, meus amores. Hoje acordei me sentindo... presa."
11h00 – As duas precisam gravar conteúdo juntas na cozinha.
— Vai cortar os legumes ou só vai ficar olhando? — pergunta Isadora, segurando uma faca como quem já está perdendo a paciência.
— Eu corto quando tiver uma tábua de corte cor-de-rosa. Não trabalho sob opressão visual.
— E eu não trabalho com frescura.
— Ah, Isa... você trabalha com leis. Isso é tipo frescura institucionalizada.
— E você trabalha com pose. Que é tipo atuação sem diploma.
Silêncio.
Uma cenoura escorrega da mão de Luna e cai no chão.
Ela olha. Suspira. Não pega.
Isadora pega. Lava. E murmura:
— Inacreditável.
— Grava isso: “Isadora lavando a cenoura da Barbie preguiçosa.” Vai dar ótimo engajamento.
ALMOÇO EM GUERRA FRIA
A comida até que ficou decente — arroz, legumes salteados e frango grelhado. Mas o clima era de um jantar entre divórcio e rendição.
Sentadas à mesa, as duas comiam em silêncio, até Luna perguntar:
— Você sempre foi assim?
— Assim como?
— Tensa. Reta. Cheia de protocolo.
— E você sempre foi... isso? Essa mistura de ego, perfume doce e passividade?
— Chama personalidade, amor. Coisa que você guarda num cofre junto com suas emoções.
— Prefiro guardar do que sair distribuindo.
— Então deve ser solitário.
Isadora largou o garfo. Encarou Luna.
Por um segundo, houve algo entre elas que não era briga.
Era quase... compreensão.
Mas passou.
— Lava a louça — disse Isadora, levantando da mesa.
— Tô ocupada demais digerindo sua arrogância.
— Isso não ocupa tanto tempo quanto parece. Vai logo.
NO FINAL DO DIA
Isadora trabalhava no sofá com os fones no ouvido.
Luna passou por ela com um roupão e um secador de cabelo ligado.
Barulho. Sempre barulho.
— Você precisa mesmo secar o cabelo aqui? — gritou Isa por cima do som.
— O quarto tá quente. Aqui tem ar. Se incomoda, usa fone melhor — respondeu Luna, desligando por um segundo só pra rebater.
— Sabe o que seria bom? Um dia inteiro sem você tentando me provocar.
— Sabe o que seria ótimo? Você admitir que adora quando eu consigo.
Isadora não respondeu.
Mas sorriu. De leve. Sozinha.
Porque, no fundo, sabia que Luna tinha razão.
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...Fica, leitor, que tá só começando a confusão!...
...#TeamLuna ou #TeamIsa? Ou já virou #TeamLunadora mesmo?...
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Atualizado até capítulo 53
Comments
💜🦋 Fuyuki 🐺💛
#TeamLunadora, mas a minha preferência é sempre a Isa kkkkk
2025-07-07
2
Leslie
Estou na dúvida ainda kkkk
2025-07-07
0
Leslie
adoro as brigas delas kkkkk
2025-07-07
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