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Acordo com a voz de mamãe me chamando
mãe de Emma
‐Emma, acorde! Não temos muito tempo.‐ Ela dá-me pressa.
Emma Willians
‐Hum‐ resmungo.‐O que foi? Ainda não amanheceu mamãe.
mãe de Emma
‐Temos que sair agora, levante para trocar de roupa, já fiz as nossas malas.‐ Ela puxa-me, e eu levanto.
Emma Willians
‐estamos a ir para onde?‐pergunto enquanto tiro a camisola.
mãe de Emma
‐Depois eu explico-te, mas temos que ir agora, só assim vamos ter uma hipótese‐ diz mamãe.
Termino de vestir-me, ela puxa-me pela mão tão rápido que quase caiu na escada tentando carregar a mala, seguimos em direção a garagem, ela destranca o carro e pede ajuda para colocar as coisas no carro que parece já estar ali antes de chegarmos
mãe de Emma
‐Entre logo Emma.‐mamãe apressa-me de novo.
Entro no carro e ela dirige em direção a Br 455, só sei disso por que estamos em silêncio e eu só posso ler as placas para distrair-me,
. Percebo que mamãe está aflita, algo não está certo, quero saber o que tem de errado, mas não quero aborrecer ela, e também quero conhecer outro lugar que não seja a minha casa, fico a olhar a estrada deserta, tem várias árvores, de vez em quando vejo alguns animais, vi bastantes pássaros, Começo a ficar inquieta no banco, tô com vontade de ir ao banheiro, olho para mamãe e ela continua concentrada na estrada
Emma Willians
‐Mamãe, preciso usar o banheiro.‐digo apreensiva
mãe de Emma
‐Não pode segurar?É perigoso pararmos.‐ela responde
Emma Willians
‐Perigoso, porque é perigoso?‐pergunto
mãe de Emma
‐Não posso falar agora, dá pra segurar até chegarmos?‐ela pergunta
Emma Willians
‐Falta quanto até chegarmos?‐pergunto
mãe de Emma
‐Falta umas três horas de viajem‐ela diz
Emma Willians
‐Eu não vao conseguir segurar até lá.‐digo
mãe de Emma
‐Vou parar no próximo posto de gasolina então, mais você não vai poder demorar e nem falar com ninguém.‐mamãe diz.‐entendeu?
Emma Willians
‐sim senhora.‐digo
O quê será que mamãe está-me a esconder? Ela está até suando, tento não continuar a pensar muito nisso. O tempo vai a passar até que avisto o posto de gasolina, fico ansiosa para que o carro pare logo, estou muito apertada. Quando o carro para, eu corro em disparada a procura do banheiro, pro sorte só demorei de olhar para a lateral e logo encontrei. Quando entrei no banheiro vi estar imundo, procurei uma cabine onde estava mais limpinho e fiz o meu xixi, lavei as mãos e sai do banheiro, procurei o carro, mas ele não tava no mesmo lugar, mas o avistei em frente a lanchonete que tinha em frente ao posto de gasolina. Entrei no carro e mamãe já estava-me a esperar, ela entregou-me uma sacola do McDonald's, olhei para ela boquiaberta, eu nunca comi McDonald's,
Penso que devo começar a preocupar-me, mas não agora, agora eu vou só comer. Após comer, começo a sonolenta e pego no sono
mãe de Emma
‐Emma, acorde.‐ Ela sacode os meus ombros.‐Menina preguiçosa, levanta logo Emma.
Emma Willians
‐Oi!? mamãe, já chegamos?‐ digo, enquanto limpo os meus olhos.
mãe de Emma
‐sim, venha.‐ Mamãe desse do carro e eu sigo ela.
Enquanto olho ao redor, vejo que estávamos em um hotel, bem vagabundo por sinal. Por que estamos aqui? Tenho muitas dúvidas agora, por que parece que estamos a fugir?mamãe para em frente de uma porta e abre, ela faz sinal para que eu entre e ela entra logo em seguida. É um quarto pequeno, possui 2 camas de solteiro com um cheiro um pouco desagradável. Ainda estava de noite, então acredito eu que vamos dormir aqui.
mãe de Emma
‐Emma preciso conversar com você. ‐ mamãe diz, ela senta-se na casa e faz sinal para que eu me sente na outra cama a sua frente.‐Pensei que esse momento demoraria mais, porém a hora chegou.
Emma Willians
‐ Hora de que mamãe?‐ Pergunto já sem paciência
mãe de Emma
‐ vou-te contar do início.‐ Ela respira fundo. ‐ tem a ver com a morte do seu pai
Emma Willians
‐ Assassinato a senhor quis dizer.‐ Digo já de cara fechada
mãe de Emma
‐ Como for, o seu querido pai deu você como moeda de troca para quitar uma dívida. ‐ Ela fala friamente.‐ Você era muito pequena e não lembra, mas ele era viciado em jogos de apostas e esse foi o seu fim. O Dean Brown colocou-nos em outra casa e manteve-me viva para que você fosse cuidada até estar em idade para casar com ele
fico chocada com a informação
Emma Willians
‐NÃO, NÃO, NÃO. ‐ Digo ‐Isso não pode estar acontecendo
mãe de Emma
‐ Ele quer que você morar com ele, a mudança seria hoje.‐ ela respira fundo.‐ Por isso estamos fugindo
Emma Willians
‐ Era ele,não é?‐ Pergunto com raiva.‐ O homem que estava na sala ontem
mãe de Emma
‐Sim!‐ Ela diz sem arrodeios
Emma Willians
‐ Como escondeu isso de mim esse tempo todo?‐ estou magoada.‐ Eu tinha o direito de saber do meu futuro.
Lágrimas começam a descer pelo meu rosto.
mãe de Emma
‐ Não era necessário você saber.‐ ela diz sem paciência.‐ Deixe de drama, quem realmente sofreu com isso o tempo todo foi eu, perdi o seu pai, e tive que lhe proteger todo esse tempo agora vai dormir, amanhã vamos continuar a viajar.
Como ela consegue ser tão insensível assim? Tudo bem que ela teve que passar por muitas coisas. Eu via quando o papai batia nela, mas depois que ele morreu eu senti que ela me culpou um pouco por isso, e mudou comigo, ela começou a tratar-me com distância e frieza. Sinto falta de ter bons momentos com a minha mãe. Deito na cama sem me importar em trocar de roupa ou tomar banho, estou tão magoada e com Abraço o travesseiro e deixo as lágrimas caírem. E se ele achar a gente? Ele vai matar a mamãe também? Não, isso não pode acontecer, e eu não vou-me casar com alguém que não conheço, alguém que não amo. Lembro do livro de romance que estava a ler e desejo que a minha realidade mude, eu só queria ser amada e cuidada por alguém que eu ame também, e pensar que ficaria a minha vida toda presa novamente, servindo um que provavelmente não me ama. Conforme o tempo passa, o cansaço me ganha e eu fico sonolenta, acabo a pegar no sono.
Quando acordo ainda está de noite, olho para o lado e vejo mamãe dormindo. Respiro fundo, queria que tudo isso fosse apenas um pesadelo. Levanto e vou ao banheiro, tiro a roupa, ligo o chuveiro e entro, só um banho para melhorar o meu humor, agradeço a Deus por mamãe ter colocados alguns produtos de higiene no banheiro, estou tão a voada nos meus pensamentos que não trouxe nem roupa para o banheiro. Para trocar depois do banho. Começo a lavar o cabelo e sinto que a agua escorre pela minha pele, eu gosto da sensação, traz-me calma. Quando estou quase terminando o banho escuto um barulho alto vindo do quarto, MEU DEUS!? arrombaram a porta. Não, não, não...
Ele encontrou a gente? Escuto mamãe gritar, e barulho de coisas sendo quebradas. Eu congelo, não consegui-me mexer.
Dean Brown
‐ Cadê Emma?‐ Uma voz grossa pergunta. ‐ Você achou mesmo que poderia fugir?
mãe de Emma
‐ nos deixe em paz .‐ escuto mamãe dizer com voz de choro.
De repente a porta do banheiro é aberta. Todo o meu corpo fica gelado, a parte do chuveiro tem uma cortina, mas mesmo assim cubro minhas partes íntimas rapidamente. Não acredito que isso está a acontecer comigo
???
‐ Senhor tem alguém aqui no banheiro. ‐ Um homem diz
A cortina é um pouco transparente e consigo ver outro homem entrando no banheiro.
Dean Brown
‐ Porra, ela tá... Saia daqui. ‐ Ele manda o homem sair.
A cortina é puxada com tudo, e eu reconheço o homem, é o mesmo que estava na sala ontem, ele olha-me da cabeça aos pés. Estava a morrer de vergonha, eu nunca fiquei sem roupa na frente de um homem, abaixo a cabeça e aperto os meus braços que estão a tampar os meus seios e a minha intimidade. Ele puxa-me pelo braço, para que eu saia da parte do chuveiro. Ele pega uma toalha e enrola-me nela, fico tão aliviada que agradeço.
Emma Willians
‐ Obrigada.‐ Digo
Ele não me responde, apenas me puxa novamente pelo braço para sairmos do banheiro, eu vejo dois homens segurando a mamãe, ela não para de chorar e xingar.
Emma Willians
‐ MAMÃE. ‐ tento-me aproximar dela mais o homem não deixa
Ele continua-me puxando, dessa vez para fora do quarto, e eu começo a tentar escapar, mas a toalha começa a cair do meu corpo, eu seguro a toalha com força para que não caia. Ele guia-me até o carro e abre a porta para que eu entre, recuso-me e ele empurra-me com força, fazendo com que a toalha afrouxa um pouco. Sento no bando de trás do carro ajeitando rápido a toalha, quando olho pro lado vejo outro homem sentado ao lado, ele olha-me confuso.
Damon Brown
‐ Por quê está sem roupa?‐ Ele me questiona.
Eu permaneço calada, não quero falar nada, só quero que tudo isso acabe.
Comments
Johana Guarneros
Não consigo parar de imaginar o que vai acontecer em seguida! 😫
2025-07-09
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Bruna
no watpad tem tem mais capítulos do que aqui
2025-07-13
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