capítulo 5

A noite caiu sem piedade sobre a mansão Monetti. O céu estava coberto, a lua escondida. Ana sentia no corpo uma inquietação que não sabia explicar. Tudo estava silencioso… demais. Chiara já estava dormindo, abraçada ao ursinho, mas Ana não conseguiu descansar. Seu coração batia forte e sua mente não parava de repetir a cena da noite anterior: Lorenzo ferido, cansado, sangrando — e mesmo assim perigoso e impenetrável como sempre.
Ela olhou pela janela do quarto. E então viu.
Um carro preto. Parado no mesmo lugar do dia anterior. Mas agora, com os faróis apagados e as portas entreabertas. Ana desceu correndo. Tentou ligar para Lorenzo. De novo, sem sinal.
Tentou Pablo. Nenhuma resposta. O terror tomou forma. Correu de volta, pegou Chiara no colo, e a colocou num dos quartos do andar de cima. Trancou a porta, empurrou a cômoda contra ela e se escondeu no closet com a criança.
Ana Clara
Ana Clara
Shhh... a mamãe tá aqui com você, tá? Ninguém vai te machucar. Confia em mim...
Chiara apenas assentiu com os olhos marejados. Ana tremia. Não era só medo — era o instinto de proteger, mesmo que custasse sua vida.
Lá fora, homens armados atravessaram os jardins silenciosamente. Arrombaram a cerca, cortaram os fios das câmeras. Um deles sorriu.
invasor
invasor
O chefão está fora. E a menina está desprotegida. Hoje, a dívida de sangue será paga.
Dentro da mansão, o alarme foi desativado. As luzes piscavam. Os passos ecoavam pelo mármore. Eles estavam entrando.
Ana apertou a criança contra o peito. Pegou uma tesoura e manteve a respiração presa. O som de portas sendo arrombadas subia pelas escadas. Até que... BAM! A maçaneta do quarto girou.
chiara
chiara
Ele veio... o tio mau...
O primeiro chute. A porta se moveu. Mais um. A cômoda resistia, mas por pouco. Ana fechou os olhos por um segundo e sussurrou uma oração.
Por favor, Deus. Salva ela. Salva a gente. E então...
TIROS
Rápidos, certeiros. Gritos de dor. A porta foi aberta violentamente. Mas não por um inimigo. Era ele.
Lorenzo Monetti surgiu entre os destroços. Paletó rasgado, sangue na camisa, olhos cheios de fúria. Ele atirava como quem protege o que ama. Como um pai. Como um homem que não podia — e não queria — perder.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!